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Depois de três dias seguidos de adiamentos por causa das más condições do mar, a etapa de Bells Beach, na Austrália, a segunda da temporada de 2019 do Circuito Mundial de Surfe, teve sequência nesta segunda-feira. Após a realização das últimas três baterias da primeira fase e as quatro da segunda, o Brasil conseguiu a classificação de quatro surfistas para a terceira rodada, fazendo com que o País siga com 10 representantes na disputa - entre eles Gabriel Medina e Italo Ferreira.

Na praia de Winkipop, palco alternativo da etapa de Bells Beach, quatro brasileiros entraram em ação nas três baterias restantes da primeira fase masculina. Dois deles venceram seus dois rivais e avançaram direto à terceira rodada - foram os casos de Deivid Silva e Peterson Crisanto. Willian Cardoso, em segundo no confronto vencido pelo bicampeão mundial John John Florence, também avançou. Jessé Mendes ficou em terceiro e caiu para a repescagem.

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No novo formato de disputa das etapas do Circuito Mundial, a segunda fase conta com quatro baterias de três surfistas cada. Os dois primeiros avançam e o último é eliminado. Este foi o destino de Jessé Mendes, que obteve 11.46 pontos na terceira bateria e por pouco ficou atrás dos australianos Reef Heazlewood (12.67) e Mikey Wright (11.50).

Na sequência, dois brasileiros entraram na água pela quarta bateria da segunda fase e avançaram às etapas eliminatórias em Bells Beach. Michael Rodrigues venceu com 12.83 pontos e Caio Ibelli obteve 11.07, eliminado o francês Joan Duru, que fez apenas 7.64.

Pela terceira fase, 32 surfistas farão 16 baterias na luta por uma vaga nas oitavas de final. Dos 10 brasileiros na disputa, seis deles duelarão em suas baterias: Peterson Crisanto x Michael Rodrigues, Filipe Toledo x Caio Ibelli e Willian Cardoso x Yago Doria.

Atual campeão mundial, Medina enfrentará o local Reef Heazlewood. Vencedor da primeira etapa de 2019, em Gold Coast, Italo Ferreira buscará a classificação contra o também australiano Jack Freestone. Os outros dois brasileiros são Jadson Andre (contra John John Florence) e Deivid Silva (contra o anfitrião Wade Carmichael).

Os surfistas brasileiros vão em busca de mais uma vitória na segunda etapa do Circuito Mundial de Surfe, que começa na Austrália nesta quarta-feira (tarde de terça no Brasil, com chamada às 17h30) com Italo Ferreira usando a lycra amarela de líder do campeonato. O tradicional Rip Curl Pro Bells Beach terá a presença de 11 brasileiros no masculino e uma no feminino.

Na primeira etapa do ano, Italo levou a melhor com um show de aéreos e belas manobras e passou a liderar o circuito no ano que define os classificados para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, na estreia do surfe no programa. No final do ano, os dois brasileiros mais bem ranqueados vão carimbar a vaga na competição.

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Italo vem embalado e vai competir justamente na etapa que foi vencedor no ano passado. Ele sabe que é uma competição difícil, mas tem o sonho de "balançar o sino" de campeão novamente. Para isso, terá de começar bem, na quarta bateria da primeira fase, contra o havaiano Ezekiel Lau e o também brasileiro Caio Ibelli.

Quem tentará melhorar a sua posição é o atual campeão mundial Gabriel Medina. Ele ficou em quinto lugar na etapa de abertura e agora vai começar a sua caminhada em Bells Beach contra os australianos Ryan Callinan e Harrison Mann. Já Filipe Toledo terá pela frente os norte-americanos Griffin Colapinto e Kelly Slater, 11 vezes campeão mundial.

"É bom para ir logo aquecendo as canelas. Se pretende vencer, tem logo que já ir colocando seu ritmo", afirmou Filipinho, que considera Kelly Slater uma lenda. Os dois têm uma boa relação e o norte-americano chegou inclusive a ajudar o brasileiro com dicas quando ele estava disputando o título mundial em Pipeline, no Havaí, no ano passado.

O brasileiro tem como objetivo ganhar a etapa para superar a sua melhor posição histórica, um quinto lugar, conquistado em 2013 e 2017. "Quero apenas ter boas oportunidade na bateria. O surfe está no pé. Se as ondas vierem para mim, vou mostrar o meu surfe e é isso que mais quero", explicou.

No novo formato de baterias criado pela WSL (Liga Mundial de Surfe, na sigla em inglês), os duelos eliminatórios entre apenas dois atletas começam logo na terceira fase e vão até a final. Ou seja, os erros são fatais. "Tudo vai depender muito das condições do mar, mas teoricamente é sempre escolher as maiores e manobrar forte nas partes mais críticas nas sessões da onda", comentou o surfista de Ubatuba (SP).

Além dele, Medina e Italo, o Brasil terá ainda na etapa Jadson André, Caio Ibelli, Michael Rodrigues, Yago Dora, Deivid Silva, Willian Cardoso, Jesse Mendes e Peterson Crisanto. No feminino, a única representante é Tatiana Weston-Webb, pois Silvana Lima está machucada e ainda não competiu este ano no Circuito Mundial.

O prazo para a competição terminar vai até o próximo dia 27 e a previsão de ondas para os primeiros dias na Austrália não é das mais animadoras. A tendência é que o evento ocupe boa parte da janela de disputa, aguardando melhores condições para o final do período. Vale lembrar que Bells Beach tem fundo de pedra, água gelada e ondas para a direita.

Demorou quatro dias, mas finalmente os surfistas caíram na água neste sábado para a terceira etapa do Circuito Mundial de Surfe, realizada de Bells Beach, palco da última das três disputas da 'perna australiana' da competição. E a espera dos organizadores para as melhores condições do mar foi positiva para três brasileiros, que garantiram classificação direta para a terceira rodada: Gabriel Medina, Adriano de Souza e Filipe Toledo, que conseguiu uma nota 10.

A primeira vitória da chamada "Brazilian Storm" veio na terceira bateria do dia, na qual Gabriel Medina conseguiu superar os rivais Stuart Kennedy e Leonardo Fioravanti e vibrou bastante com o desempenho na rodada de abertura.

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"Estou muito feliz em ter vencido na primeira fase. O mar está um pouco lento e com ondas pequenas, então está difícil de surfar. Depois da eliminação em Margaret River, vim para cá e treinei bastante para chegar aqui e fazer bonito. Vejo que está dando resultado", disse Medina.

Na sétima bateria, Adriano de Souza mostrou muita paciência para conseguir virar sobre Joan Duru e Caio Ibelli. O campeão mundial em 2015 comentou as dificuldades que teve por conta da troca no palco de disputa, que passou da praia de Bells Beach para Winkipop.

"É uma onda completamente diferente e mexe um pouco com seu foco. Também muda o tamanho das pranchas, geralmente eu uso uma 5'10" (1,78m) e aqui usei uma 5'7" (1,70m) feita no Brasil como experimento", explicou. "É a única prancha que eu tenho desse tamanho e, se continuar aqui, vai ser só ela que vou usar".

Outro que não se deixou impressionar com o começo melhor dos adversários foi Filipe Toledo. Em suas segunda e terceira ondas, o brasileiro já conseguiu notas 8,17 e 8,93. À vontade, Filipinho ainda conseguiu um 9,70 e depois, já sem nenhuma pressão, conquistou um 10 unânime dos juízes.

"Tenho tudo a meu favor, estou me sentindo muito bem. Tenho o suporte da minha família, minha esposa e minha filha. Não é fácil você vir de uma derrota e num outro campeonato logo em seguida, totalmente diferente, ter que mudar todo o plano, e já conseguir um resultado bom também", disse ao sair da água.

Jadson Andre, os irmãos Miguel Pupo e Samuel Pupo, Caio Ibelli, Ian Gouveia, Wiggolly Dantas são os outros brasileiros que não passaram pela primeira etapa e agora terão de disputar uma rodada eliminatória.

Longe de apresentar o seu melhor surfe, Gabriel Medina caiu na terceira fase da etapa de Bells Beach e terminou com o modesto 13º lugar na Austrália. O brasileiro, campeão mundial de 2014, foi eliminado neste domingo pelo novato australiano Davey Cathels por 15,40 (8,57 e 6,83) a 12,07 (6,47 e 5,60). Assim como na última temporada, Medina tem enfrentado dificuldade na perna australiana do Circuito Mundial. Em Gold Coast, ele também deixou a desejar.

O dia foi bom para outro estreante. Caio Ibelli deu mostras de que não será apenas um coadjuvante na elite do surfe mundial. O paulistano surpreendeu o havaiano John John Florence, com uma onda nos minutos finais e ganhou a disputa por 15,54 a 15,50.

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O resultado colocou o campeão mundial júnior de 2012 ao lado dos brasileiros Italo Ferreira e Wiggolly Dantas na quarta fase da competição.

O potiguar conseguiu um 9,33 nos últimos segundos de sua bateria para vencer Sebastian Zietz por 17,00 a 15,83. Já o paulista de Ubatuba avançou em Bells Beach ao bater o australiano Adrian Buchan.

Ao final das seis últimas baterias da terceira fase, a Liga Mundial de Surfe (WSL) encerrou a disputa. A chamada para o round 4 está marcada para esta segunda-feira, às 18 horas (de Brasília).

No ano passado, após as duas primeiras etapas do Circuito Mundial de Surfe, Gabriel Medina já tinha 15.200 pontos, com um primeiro e um quinto lugar. Na edição deste ano, quando defende o título mundial conquistado em 2014, ele soma 6.950 pontos, com um 13º e um quinto lugar.

Apesar das dificuldades que vêm encontrando, ele espera render mais em Margaret River, a terceira etapa do ano, que tem início no dia 15 de abril. "Estou me sentindo bem, sei que Margaret é uma onda complicada também, mas espero conseguir surfar", disse.

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Ele se refere aos problemas que teve na etapa de Bells Beach, quando foi eliminado nas quartas de final pelo compatriota Adriano de Souza. Em uma bateria equilibrada, mas em condições ruins do mar, ele acabou perdendo por 11,60 contra 8,33. O mar mexido e o vento forte atrapalharam os dois atletas.

"Não fui bem. Foi uma bateria complicada, não tivemos boas ondas e simplesmente não consegui surfar. É sempre difícil contra o Adriano", admitiu Medina, que no ano passado em Bells ficou em nono e neste ano melhorou a posição.

Vitorioso diante do campeão do mundo, Adriano reconheceu que o mar não estava apropriado, mas as perspectivas para os próximos dias não são tão boas e a organização deve definir a competição ainda nesta quinta-feira de madrugada.

"As ondas estavam muito difíceis, tivemos problemas para encontrar as melhores e eu me concentrei em me posicionar bem. Queria muito vencer a bateria e estou muito feliz. Tentei manter o pensamento positivo na minha mente, seguir em frente e pensar em cada passo que eu dei até aqui. Vou me concentrar no mar agora e espero que dê tudo certo", afirmou.

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