Tópicos | Boca Aberta Jr.

O deputado federal Emerson Miguel Petriv, conhecido como Boca Aberta (Pros), que é pré-candidato a prefeito de Londrina-PR, escolheu para ser vice o seu próprio filho, o deputado estadual Matheus Viniccius Ribeiro Petriv, o Boca Aberta Jr (Pros). A decisão é uma forma de proteger seu mandato caso seja eleito.

Boca Aberta responde a vários processos na Câmara de Deputados. Ele também já foi alvo de pedidos de cassação. O parlamentar diz que colocar o filho como vice é uma medida necessária caso os opositores queiram abrir um processo de impeachment.

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"O sistema não aceita pobre, defensor do morador do barraco, da periferia no poder. Se cassarem a gente, no caso de uma vitória, tem meu filho. É Boca Aberta do mesmo jeito", disse ele em entrevista ao Uol.

Boca Aberta foi o vereador mais votado de Londrina em 2016, mas teve seu mandato cassado por quebra de decoro parlamentar por fazer uma vaquinha virtual para pagamento de multa eleitoral. Em 2018, foi condenado por perturbação de sossego por ter entrado em uma área destinada a médicos em uma UPA de Londrina. Em novembro de 2019, foi acusado de cuspir, xingar e agredir oficial de Justiça que queria entregá-lo uma intimação.

O parlamentar também é conhecido por situações inusitadas. Em julho de 2019, presenteou o então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, com um troféu semelhante ao da Liga dos Campeões. Neste ano, propôs um projeto de lei para que políticos corruptos tenham as mãos amputadas.

"Respondo a mais de 280 processos, mas isso é tudo acusação de injúria e difamação de políticos da região", disse na entrevista. 

Na última quarta-feira (16), o Ministério Público Federal do Paraná ajuizou uma ação civil pública contra Boca Aberta e Boca Aberta Jr. por improbidade administrativa. Segundo o órgão, o deputado federal caracterizou seu veículo com cores da Polícia Militar para ludibriar cidadãos desinformados, colocou placas especiais em seus veículos particulares de forma indevida e um desses automóveis foi pago com verbas públicas federais, gerando um prejuízo ao erário de R$ 21,6 mil. Já seu filho é acusado de usar um dos veículos caracterizados como uma espécie de 'trio elétrico’ em eventos políticos, o que reforçaria a prática de promoção pessoal indevida. O MPF pede o afastamento do deputado federal do mandato atual e a suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos para pai e filho.

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