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Cinco dias após o rompimento da McLaren com a Honda, o chefe da equipe britânica, Eric Boullier, admitiu nesta quarta-feira (20) que os três anos de parceria com a fornecedora de motores do Japão foi um "desastre". O acordo entre as duas partes será encerrado no fim do ano. A partir de 2018, a McLaren utilizará motores Renault.

"Quando você olha para os últimos três anos, foi um verdadeiro desastre para nós em termos de credibilidade e de conseguir novos patrocinadores", disse Boullier, em entrevista ao site da Fórmula 1. "Olhando para a frente: tenho certeza de que nos próximos cinco anos a McLaren vai estar na posição em que ela pertence."

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Boullier avalia que a equipe vai precisar de até três anos para recuperar as boas performances e a credibilidade diante dos patrocinadores. E aposta que o novo fornecedor de motores fará toda a diferença na recuperação da equipe diante dos seus rivais no circuito da F-1.

"Estamos em nono lugar do campeonato. Com um motor de nível top, acho que estaríamos em quarto agora. E somente com o dinheiro que vamos receber da FOM [empresa que administra a categoria] vamos cobrir os gastos com os novos motores", afirmou o chefe de equipe da McLaren.

Claramente insatisfeito com o rendimento da equipe nos últimos anos, Boullier agradeceu aos proprietários da McLaren pela decisão de trocar de fornecedor de motores. "Agradeço aos sócios porque foram corajosos o suficiente para tomar esta decisão esportiva para não prejudicar a McLaren. Eles poderiam apenas ter sido: 'vamos esperar a Honda acordar'."

O chefe de equipe admitiu em parte que o futuro de Fernando Alonso na equipe foi decisivo para a troca de motores. O espanhol nunca escondeu sua insatisfação com o baixo rendimento da equipe nos últimos anos e ameaçou deixar o time ao fim deste ano, quando se encerra seu atua contrato. A McLaren, com a mudança, passará a ter motores com a Renault, que foi a equipe pela qual Alonso faturou seus dois títulos mundiais.

"Sim e não quanto a Alonso. Mas, para ser honesto, ainda não estamos neste estágio [de acertar sua renovação]. Ele apenas quer um carro competitivo e disse isso claramente nos últimos meses. É o lado dele. O nosso lado é respeitar o nosso DNA competitivo. Sempre estivemos entre as três melhores equipes. O Top 3 é o nosso lugar."

Boullier evitou revelar informações sobre a negociação de Alonso com a equipe, mas demonstrou confiança quanto ao acerto. "Somos muito próximos. Fernando quer ficar. Dá para ver isso até na sua linguagem corporal e pelo jeito como fala. Há questões de marketing que ainda precisamos resolver e nisso Zak Brown está trabalhando", afirmou o dirigente, referindo-se ao chefe de marketing da equipe.

Na véspera de voltar a pista de Barcelona, para nova bateria de testes da pré-temporada da Fórmula 1, o chefe da McLaren, Eric Boullier, mostrou otimismo quanto ao rendimento do seu time na temporada 2016. Ele previu uma "evolução maciça" da McLaren no campeonato, em comparação a 2015, apesar dos resultados aquém do esperado na primeira bateria de testes, na semana passada.

Nos primeiros dias de ação no circuito de Barcelona, a McLaren figurou quase sempre entre os últimos colocados e enfrentou problemas mecânicos. Na melhor apresentação do time, logo na segunda-feira, o inglês Jenson Button foi o sexto mais rápido, entre 12 pilotos que foram para a pista. Mas foi quase dois segundos mais lento que o alemão Sebastian Vettel, o líder do dia.

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Os primeiros números, contudo, não desanimaram Boullier. "Estamos tendo grande melhora, obtendo uma evolução maciça. Teremos um crescimento maciço neste ano", projetou o principal dirigente da equipe, que aposta na maior liberdade das fornecedoras para melhorar o rendimento dos motores.

Ele garante que a McLaren trabalhou duro nos últimos meses para avaliar cada peça do novo carro em busca de um rendimento melhor. "Não deixamos nenhuma pedra intocada. O carro do ano passado foi virado do avesso. Tentamos corrigir qualquer fraqueza e tivemos uma avaliação positiva no primeiro teste", afirmou.

Apesar das declarações otimistas, Boullier disse que não quer criar falta expectativa nos fãs. "Eu definitivamente não quero estimular nenhum expectativa equivocada. Isso seria errado para todos, inclusive para os pilotos", ponderou.

A McLaren e as demais equipes voltam para a pista espanhola nesta terça-feira para nova bateria de testes coletivos da pré-temporada da F1. A atividade vai até sexta-feira (4).

O chefe da Lotus, Eric Boullier, afirmou que a Fórmula 1 deve reduzir os custos caso queira manter as equipes atuais. Boullier acredita que 80% das equipes que fazem parte da categoria são a favor da redução, porém o restante das equipes estão impedindo um consenso e isso está criando um impasse entre elas. Com isso, as equipes com menos poder aquisitivo, onde a Lotus se inclui, enfrentam um déficit financeiro muito grande.

Visando melhorar a situação financeira da equipe, o proprietário da Lotus, o Grupo Genii Capital, está negociando a venda 35% da sua participação na equipe, para a empresa Infinity, afim de garantir seu futuro. Já a Sauber anunciou uma parceria com um trio de investidores russos, após rumores de que a equipe estava beirando a falência.

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“O problema é que equipes como Red Bull, Ferrari e Mercedes, ainda podem gastar muito dinheiro no carro, diferente de nós. Para manter uma equipe competitiva, precisamos manter um orçamento mínimo com nossas receitas. No início da década de 90, uma equipe top gastava em média 40 milhões de euros, já em 2008, uma equipe top gastava 100 milhões de euros. Temos que abaixar esses custos”, afirmou.

“O problema é que 80% das equipes são a favor dessa redução, e 20% não são. Não acho justo que apenas três equipes na Fórmula 1, consigam arcar com as despesas, temos que encontrar uma forma de diminuir esses gastos”, completou.

Boullier afirmou que as conversas com a FIA sobre o controle de custo, junto com a parceria da Infinity, vai fazer com que a equipe consiga ter uma tranquilidade financeira a longo prazo.

“Estou feliz que as conversas avançaram com a FIA e anunciamos um novo parceiro na semana passada, com isso, estaremos seguros financeiramente por muito anos. Não chegaremos no mesmo patamar da Ferrari e Mercedes, porém poderemos manter um nível competitivo”, finalizou.

Preocupado com o interesse declarado da Red Bull, o chefe da Lotus, Eric Boullier, garantiu nesta sexta-feira que fará esforços para manter Kimi Raikkonen na equipe em 2014. O finlandês tem contrato somente até o fim deste ano e é o principal alvo da Red Bull para substituir Mark Webber, que deixará a categoria depois da atual temporada.

"Queremos Kimi. Estamos conversando com ele e procurando algum entendimento sobre onde estamos e o que estamos construindo, porque ainda somos uma equipe nova, com apenas quatro anos de existência. Acho que, até agora, ele tem sido feliz aqui", afirmou Boullier, que reconhece a preocupação quanto ao futuro do finlandês.

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"Ele está sem contrato conosco [para 2014]. Será a decisão dele, obviamente. A Red Bull o está perseguindo. E Kimi vai decidir o que quer fazer, o que é melhor para ele. É interessante ir para a Red Bull, mas ele sabe quais são as possibilidades que tem conosco", disse o chefe de equipe da Lotus.

As declarações de Boullier foram uma resposta ao chefe da Red Bull, Christian Horner, também presente na entrevista coletiva desta sexta-feira, em Silverstone, na Inglaterra. "No final das contas, acho que nosso diferencial será o equipamento que teremos a sua disposição. Qualquer piloto quer estar no ambiente mais competitivo possível. Acho que isso vale para Kimi", declarou o dirigente.

Horner, contudo, afirmou que Raikkonen não é a única possibilidade para a Red Bull, em 2014. "Não estamos olhando somente para Kimi. Temos também o Daniel Ricciardo e Jean-Eric Vergne, que são rivais na briga por esta vaga. Ainda temos tempo para avaliar todas as opções disponíveis". Ricciardo e Vergne são os atuais pilotos da Toro Rosso, que é uma espécie de time B da Red Bull.

Ciente do interesse da equipe tricampeão da Fórmula 1, Kimi Raikkonen já se manifestou na quinta, mesmo dia em que Webber anunciou sua saída da categoria no fim do ano. E o finlandês avisou que terá uma "decisão difícil" pela frente.

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