Tópicos | calcificação

Uma equipe de 49 pesquisadores liderada pelo neuropsiquiatra João Ricardo de Oliveira, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), descobriu o terceiro gene (PDGF-B) ligado à formação de calcificações no cérebro. A anomalia atinge apenas 1% dos jovens no mundo, mas chega a 20% entre as pessoas com mais de 80 anos. 

A doença ocorre a partir da formação de material ósseo dentro do cérebro, onde o tecido não deveria existir. Essas calcificações começam a se formar no cerebelo e nos núcleos da base, que são estruturas relacionadas a várias funções. Apesar dos estudos avançados, não se descobriu as causas exatas ligadas a esse fenômeno.

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“O que dificulta é o fato dos sintomas das calcificações serem semelhantes aos da esquizofrenia, mal de parkinson e até mesmo ao da enxaqueca. Quando se estuda amostra de sangue e de urina desses pacientes não se detecta nenhuma alteração bioquímica e hormonal. Somente uma tomografia é capaz de identificar a anomalia”, explica Oliveira.

Ao longo dos anos de pesquisa os estudiosos descobriram que a deficiência ocorre através da transmissão genética, mas também pode estar relacionada a outros fatores. Os três primeiro genes explicam apenas metade das famílias com essa doença e por isso ainda é necessário buscar novos genes.

“São achados importantes para descobrir a origem das causas dessas calcificações. Isso é fundamental para definir estratégias como aconselhamento genético, onde se diminui a chance da doença ser transmitida e planejar novos tratamentos”, afirmou.

O grupo internacional encabeçado pelo professor pernambucano também desenvolveu um modelo animal para estudar os efeitos e medicamentos para a doença. Atualmente não existem tratamentos específicos para as calcificações do cérebro, somente remédios que tratam os sintomas e não as causas.

“Nós utilizamos camundongos que simulam a doença em humanos. Neles o estudo e a triagem de medicações serão feitas de forma mais rápida. Nós já desenvolvemos um ensaio clinico para pacientes brasileiros que fazem uso de medicamentos prescritos para doenças com outros tipos de calcificação e acreditamos que essa medicação pode beneficiar outros pacientes”, concluiu.

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