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Candidatos a governador de Pernambuco vão participar, nesta sexta-feira (14), de um debate promovido pelo Movimento LGBT Leões do Norte. O encontro será no Clube Metrópole, no Recife, a partir das 19h. Confirmaram participação, os postulantes Julio Lossio (Rede), Maurício Rands (Pros), Dani Portela (PSOL) e Simone Fontana (PSTU). 

De acordo com a ONG, que atua em defesa da promoção dos direitos humanos e da cidadania da comunidade LGBTQI+, a intenção é “de sensibilizar o futuro governante do Estado com as temáticas” de saúde, educação, empregabilidade, segurança e outros que interessam a essa parcela da população.  

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Apesar do Leões do Norte ter informado a confirmação do candidato à reeleição, Paulo Câmara (PSB), não há previsão de participação na agenda do governador. 

O debate faz parte das atividades que antecedem a 17ª edição da Parada da Diversidade de Pernambuco, marcada para acontecer no próximo domingo (16), na Avenida Boa Viagem, Zona Sul do Recife, a partir das 9h. 

O primeiro bloco do debate entre os candidatos a governador de Pernambuco que acontece em Caruaru, nesta quarta-feira (3), girou em torno da política tributária do estado. Os postulantes de oposição Armando Monteiro (PTB) e José Gomes (PSOL) afirmaram, durante o embate com o ex-secretário da Fazenda, Paulo Câmara (PSB), com quem concorrem o pleito, que o modelo vigente prejudica “os pequenos” e não atrai desenvolvimento social. 

Defensor da política de micro e pequenos empresários, Armando criticou a antecipação da Secretaria da Fazenda estadual em antecipar o recolhimento de impostos e tributos. “O manejo da política de incentivos precisa pensar no que gera para o estado e agrega de valor”, cravou. 

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Para o petebista, o pequeno empreendedor tem financiado o desenvolvimento estadual. “O atual governo antecipa o pagamento do imposto na fronteira. O pequeno financia o estado. Ele (o micro e pequeno empresário) é penalizando no seu capital de giro. Portanto pagar o imposto na frente e financiar o estado é algo que penaliza e não contribui para o desenvolvimento do estado”, observou o postulante. 

Na réplica, Câmara questionou Armando quanto às defesas nacionais da presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, sobre a desoneração de impostos e a forma de investimentos. De acordo com o socialista a política nacional, caso fosse seguida penalizaria o desenvolvimento de Pernambuco. . “A política de Dilma é totalmente equivocada quanto aos impostos. Fazia com que o Brasil e os estados deixavam de ter atrativos para investimentos. Se tivéssemos seguido não teríamos os investimentos”, ressaltou em defesa.

Focando no Polo de Confecções do Agreste, Gomes afirmou que tem faltado “auxílio concreto” da gestão estadual para a região. “O governo tinha colocado como fiador os pequenos produtores do polo. Eles são fiadores do crescimento e isso é culpa do atual governo. Para eles nada, para as indústrias que vem de fora benesses”, disparou criticando a política de desonerações de impostos para os investidores que vem de fora de Pernambuco. Para solucionar o problema, o candidato garantiu que, se eleito, fará conselhos regionais para minimizar os problemas e regionalizar o desenvolvimento.  

Sem dar colher de cá para Armando e reforçando o discurso de que ele e Câmara compõem uma mesma frente de defesa, Gomes disparou contra os rivais. “É muito evidente que este modelo penaliza o pequeno para investir no grande. Não somos contra que se cobre e se pague os impostos necessários. Você também tem colocado em seu programa que é precisa haver incentivos e renúncias fiscais. As duas candidaturas penalizam o pequeno”, finalizou. 

Durante a primeira etapa do debate, Câmara foi questionado apenas sobre o desenvolvimento das estradas e rodovias estaduais. Antes disso, todos os candidatos frisaram em um minuto o motivo pelo qual deveriam ser eleitos. Câmara reforçou o discurso da continuidade, Gomes abordou a necessidade de reverter o desenvolvimento social do estado e Armando focou na experiência política já adquirida.

A disposição das ferramentas de propaganda eleitoral nas ruas do Recife tem gerado embates constantes entre as coligações que disputam o governo estadual. Nesta terça-feira (15), visando amenizar os protocolos gerados com denúncias das chapas e os propondo “um acordo de cooperação”, a Comissão de Propaganda do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE) se reuniu com os partidos para traçar estratégias sobre a utilização de ferramentas como bandeiras, cavaletes e carros de sons. 

Como primeira medida delimitadora, além do que é permitido ou não pelas resoluções 23.400 e 23.404, o juiz titular da Comissão, Alexandre Freire Pimentel, deixou claro que vai se nortear pelas regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para impor as normas para o uso de propagandas de rua. O espaço mínimo de espaço que deverá ser deixado nas calçadas será 1,50 m para que um cadeirante, por exemplo, tenha a possibilidade de movimentar a cadeira de rodas. 

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“Se uma via não tem espaço suficiente peço que não ponham bandeiras, cavaletes e mesas. Havendo espaço não vamos proibir o que a Lei permite”, afirmou o magistrado. Outra regra já estipulada é que será vetada a colocação dos equipamentos de propaganda na Avenida Agamenon Magalhães, uma das principais da cidade, por impossibilitar o trânsito dos pedestres. 

Gerando um embate jurídico entre as equipes, a Coligação Pernambuco Vai Mais Longe, do candidato Armando Monteiro (PTB), sugeriu a utilização da Carta Aberta divulgada nessa segunda-feira (14) como base para a instituição das regras. No documente, Armando propõe que seja extinto o uso das bandeiras, cavaletes e mesas em todo o estado. Já a representação da Frente Popular, de Paulo Câmara (PSB), “rechaçou” a ideia e afirmou que usará todas as estratégias permitidas por Lei. 

“Estamos seguindo o que diz a Lei Eleitoral. Vamos respeitar a mobilidade, mas colocaremos as propagandas nas ruas. A intenção pode até ser boa, mas na realidade eles querem no fundo prejudicar o nosso candidato. Se fossemos discutir isto ficaríamos aqui num ponto de vista mais político. Pugno a coligação adversária”, alfinetou o advogado Carlos Neves, da Frente. 

“Imagina se a nossa coligação igualar o número de propagandas do outro candidato. A cidade vai virar um caos. O que propomos é para desafogar a poluição visual e sonora e não prejudicar ninguém”, rebateu Marcelo Tenório, advogado da chapa petebista. A Pernambuco Vai Mais Longe aproveitou o ensejo para protocolar a Carta Aberta no Tribunal.

 

Rodízio das propagandas

Entre outros pontos discutidos durante a reunião está a adoção de um sistema de rodízio, já utilizado durante a última eleição governamental em 2010, garantindo assim um espaço igualitário aos candidatos majoritários. A sugestão inicial abrange uma alternância da propaganda nas principais avenidas da capital pernambucana, divididas em três grupos, e de acordo com as normas de trânsito estadual.  

Durante uma discussão acalorada, os juristas não acordaram como será efetuada o rodízio da propaganda nas ruas do Recife. “Nós estamos de acordo com o que for proposto pelo TRE", bradou Walber Agra da Pernambuco Vai Mais Longe. “Precisamos nos reunir com a nossa comissão jurídica e avaliar as proposições antes da aprovação”, retrucou Carlos Neves da Frente Popular. 

Sem uma proposta fechada, o juiz Alexandre Pimentel afirmou que vai encaminhar, até esta quarta (15), um plano para a alternância das propagandas e aguardará até 24 horas após, ou seja, até o início da sexta-feira para que o acordo seja firmado. 

Denúncias

Qualquer cidadão pode encaminhar denúncias sobre o excesso de propaganda eleitoral nas ruas, quer seja o uso indevido de bandeiras, cavaletes e mesas ou a veiculação de jingles em carros de sons. Para efetuar a queixa, os eleitores devem encaminhar um email, de preferência com foto, para a Comissão de Propaganda do TRE. O endereço eletrônico é propaganda@tre-jus.br.

O presidente nacional do PSB, governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos, decidiu que a legenda lançará ao menos 13 candidatos a governador para as próximas eleições. O número, segundo a jornalista Vera Magalhães, servirá para turbinar a campanha de Campos ao Palácio do Planalto. O pessebista teria afirmado, aos aliados, que esta é a conta mínima para ter um bom tempo de TV na corrida presidencial. 

A regra é usar os horários, nos estados, para tornar o presidenciável e o número do PSB mais conhecidos. A legenda já definiu que terá palanques em oito estados e no Distrito Federal. A extimativa é ganhar espaço em mais quatro, até março. O PSB vai sediar a campanha para a presidência da República em São Paulo, inicialmente no diretório estadual do partido e depois em um espaço próprio para Campos.

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O governador de Pernambuco, agora, deu um freio nas viagens para esperar o nascimento de Miguel, seu quinto filho. Mas tem convocado aliados ao Recife para continuar a montar seus palanques estaduais.

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