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RIO DE JANEIRO - Pelo menos seis pescadores morreram nos dois naufrágios de barcos pesqueiros que ocorreram na madrugada desta sexta-feira (8), na Baía de Sepetiba, região oeste do Rio. Segundo a Capitania dos Portos do Rio, os acidentes deixaram 21 vítimas, todos pescadores, sendo que dez foram resgatados com vidas e seis ainda estão desaparecidos. 

Até às 15h não havia informação sobre o estado de saúde dos sobreviventes, que foram levados para unidades de saúde em Santa Cruz, na Zona Oeste. Dois corpos foram localizados nesta tarde, por volta das 14h e 16h. 

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Os trabalhos de resgate estão sendo realizados com bombeiros do Grupamento Marítimo de Sepetiba, dos quartéis de Angra dos Reis e do grupo de Busca e Salvamento da Barra da Tijuca, além de militares da Marinha e Capitania dos Portos.

Alguns pescadores e um mergulhador profissional, Jeferson Barbosa, parente de uma das vítimas está ajudando nas buscas. Ele é primo de Lucas da Silva Barbosa, 22 anos, comandante do barco Lucas Mar, que ainda está desaparecido. O responsável pela outra embarcação, Milemar, não sobreviveu. O capitão de mar e guerra da Capitania dos Portos do Rio, Sérgio Salgueirinho, explicou que o mau tempo dificulta a operação.

"É o que mais interfere, porque a gente não consegue trazer meios maiores para cá e também a condição de busca por aeronaves fica prejudicada. Mas, independente disso, nosso esforço é o máximo, com todas as embarcações possíveis da Marinha e também dos bombeiros empregadas aqui, para que a gente aumente as nossas chances de busca. Quanto antes a gente encontrar os desaparecidos, maior chance deles estarem vivos". 

Segundo o capitão, os sobreviventes apresentavam sinais de desorientação e hipotermia. A Marinha abriu um inquérito para apurar as causas do acidente. "O fator meteorológico pode ter contribuído. Há outros fatores também, materiais, operacionais, que também deverão ser considerados na investigação. Nós vamos identificar todas as causas e as responsabilidades. Agora o que mais interessa é buscar os desaparecidos", afirma.   

Apenas o barco Milemar havia sido encontrado até o início da tarde, a cerca de sete metros de profundidade. As equipes de resgate acreditam que os desparecidos estejam presos na embarcação ou que teriam sido levados pela correnteza. 

Familiares do comandante Lucas Barbosa, desaparecido, esperam por notícias. Foto: Mellyna Reis/LeiaJáImagensFamílias aguardam notícias

A base das equipes de resgate está montada na Ilha da Madeira, localizada no Porto de Itaguaí. Muitas famílias da região vivem da pesca, entre elas, a de Lucas Barbosa, um dos comadantes. "Ele foi criado no mar. Desde novinho ele já trabalhava, já ia pescar. É uma pessoa muito dedicada", desabafou a tia da vítima, Eliana Barbosa, que foi acordada com a notícia do acidente. 

Foi o tio, marido de Eliana, quem vendeu o barco ao jovem, há cerca de quatro anos. A mãe e o pai do pescador, que é filho único e tem uma filha de cinco meses, estão em choque e não tiveram condições de ir ao local. 

"Ele saiu às 18h com o grupo e essa tempestade pegou ele aí na frente. O pessoal [sobrevivente] disse que foi um tornado. Primeiro veio um estrondo muito forte, depois veio uma onda muito gigantesca, que virou o barco de proa à popa", contou.  

A Capitania dos Portos confirmou que o alerta sobre as condições do mar foi dado há mais de 24h, por meio do aviso aos navegantes e reforçado por e-mail encaminhado pela Delegacia de Itacuruçá, vinculada à Marinha.

"Não existe impedimento do barco ir para água, da mesma maneira que um carro não é impedido de sair do seu prédio quando o tempo está ruim. Cabe a cada comandante de embarcação avaliar. A Marinha divulga o seu alerta de mau tempo justamente para se evitar que se exponha a vida humana a um perigo no mar que já é previsível", esclareceu o capitão Sérgio Salgueirinho.

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O fim de semana está começando e as programações para curtir a folga começam a ser pensadas. Uma das opções mais procuradas para tirar a carga de estresse do trabalho, rever os amigos e recarregar as baterias para a nova semana é o famoso boteco. Se você, internauta, pensou exatamente nesta opção, a boa notícia é que Recife está recebendo a sétima edição do Festival Roda de Boteco, um circuito gastronômico com a participação de 20 estabelecimentos que oferecem petiscos especiais, música e propagação da cultura popular.

O festival foi criado em 2004, em Vitória (ES). Na sétima edição, o número de cidades aumentou para cinco, duas somente em Pernambuco, que além da capital também terá atividades em Caruaru, no Agreste, a partir do dia 12 de outubro. Neste período, a organização contabiliza a participação, em todo o país, de três milhões de “botequeiros”, como eles mesmo preferem ser chamados.

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De acordo com o produtor do Festival, Carlos Alberto Santos, a intenção é bastante clara: “Existia uma lacuna, já que os festivais eram sempre voltados para restaurantes. Focamos nos botecos, que são uma instituição democrática, onde você sorri, chora, comemora, começa e termina relacionamentos, faz negócios. Então, boteco é um elemento importante da sociedade e que faz parte da cultura". Em 2013, o tema do Roda de Boteco é 'Juntar os amigos a um mesa de boteco'.

Um dos pontos fortes do Roda de Boteco é a competição que existe para escolher o melhor bar, boteco e atendimento. “Os estabelecimentos têm que criar um petisco inédito que será vendido pelo preço único de R$ 19,90, acompanhados de uma cerveja bem gelada. Premiamos as categorias bar e boteco separadamente porque o regulamento leva em consideração a estrutura de cada local”, explica Santos. Os primeiros, segundos e terceiros lugares nas categorias Bar e Boteco ganham troféus, além de R$ 1 mil para o campeão, valor que será distribuído aos profissionais da cozinha. Na categoria Melhor Atendimento, o garçom campeão também recebe R$ 1 mil. O segundo e o terceiro ganham R$ 750 e R$ 500, respectivamente.Tutuzinho é a aposta do Capitania para este ano

Apesar do predomínio ser de estabelecimentos localizados no Recife, o circuito inclui outras cidades da Região Metropolitana. A reportagem do Portal LeiaJá realizou um “boutecotour”, ou seja, um tour de botecos por três opções de estabelecimentos do festival deste ano. A primeira parada foi no Capitania, em Olinda, vencedor da categoria bar na edição do ano passado. Lá, a principal estrela é o Tutuzinho - que traz costelinhas de porco acompanhadas de tutu mineiro, preparado com linguiça, bacon, torresmo, crispim de couve e um caldo que é segredo da casa. O prato foi experimentado pela primeira vez pelo administrador Sávio Godoy. “Muito gostoso. Nós, inclusive, pedimos porque vimos vocês fazendo a reportagem. Sobre o festival, acho que é uma iniciativa importante, já que nós temos essa tradição de botecos", analisou.

Para um dos proprietários do Capitania, a repercussão do evento traz bons frutos. "É um festival diferente dos outros. Participamos no ano passado e gostamos muito da repercussão. Tanto que o petisco que venceu em 2012 (Siri na Lata) segue até hoje em nosso cardápio. Não existe comissão de júri, quem avalia é o próprio cliente", comentou Rafael Elihimas.

A segunda visita aconteceu ao Caldeirão Furado, localizado em Ouro Preto, também em Olinda. O boteco é estreante no festival, que para o proprietário Sávio Ferraz é visto como uma janela de expansão. “Pelo fato do meu estabelecimento estar no subúrbio, eu acho que é a chance de dar uma alavancada porque muitas pessoas ainda não o conhecem. O Caldeirão Furado tem um potencial que não deixa a desejar para nenhum público”, avaliou.

No Caldeirão, o petisco concorrente é Copo de macaxeira - uma mistura de Carne de sol desfiada na manteiga de garrafa e atolada no purê de macaxeira ao leite de coco, servida em um copo de macaxeira frita. A ideia foi do próprio dono do local, em parceria com a esposa. “Está aprovadíssimo. Com uma cerveja bem gelada, é a combinação perfeita”, comemorou a técnica em segurança do trabalho Alane Melo.

Para não perder o embalo, o “boutecour” ainda teve como saideira um bacalhau gratinado com mix de queijos sobre uma camada de purê de batata. O petisco recebeu o nome de Bacalhau à Baronesa, que homenageia o ingrediente principal prato e o local, a Bodega do Barão, situada no bairro de casa forte, no Recife. “É uma receita caseira e passada de geração a geração. Aprendi com a minha mãe e sempre que fazíamos em casa era um sucesso. Por isso, resolvemos trazê-la para o festival”, detalhou Larissa Trindade, proprietária do local.

Garçom Jonas Botelho afirmou que está trabalhando muito para vencer o concurso de melhor atendimentoDepois de conhecer algum dos estabelecimentos que fazem parte do Festival, o público tem a oportunidade de votar nas categorias que concorrem aos prêmios. O garçom Jonas Botelho detalha o que está fazendo para vencer o concurso. “Tem que correr muito e divulgar nosso trabalho. Na minha visão, um bom garçom também tem que ser simpático e paciente”, concluiu.

O Festival Roda de Boteco segue até o dia 12 de outubro na Região Metropolitana do Recife. Os vencedores da disputa deste ano serão anunciados no dia 21 do mês que vem. A lista completa dos estabelecimentos participantes está disponível no site do evento. Outros detalhes da cobertura do Festival são destaque do Programa Classificação Livre, que vai ao ar na próxima quarta-feira (25), aqui, no Portal LeiaJá.

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