Tópicos | Casa Grande & Senzala

Casa Grande & Senzala (1933) é um clássico. O mais belo livro escrito no século passado sobre o Brasil e substancialmente relevante para a compreensão desse país, graças às suas posturas metodológicas inovadoras, e às ousadias de revisão da nossa história que ele empreendeu, pioneiramente, abrindo o confronto com as teorias racistas de intérpretes consagrados do país. Gilberto Freyre, o autor da consagrada obra, é o grande intérprete da formação brasileira. Um verdadeiro descobridor do Brasil. Um novo Cabral.

Uma obra atual, mesmo após 80 anos, que continua a influenciar outras obras e pensamentos, uma obra germinante. Ninguém mais conseguiu isso. Nesse momento de um novo Brasil, precisa-se reler Gilberto Freyre. Antecipador, ele viu um novo Brasil que viria aí. Onde o vasto império da técnica permitirá que os homens pensem no enfrentamento dos desafios e conquistas, com adesão às formas da preservação do humano.

Desde Casa Grande & Senzala até relatos sobre os bares da capital francesa, as memórias do pintor pernambucano Cícero Dias, que nos deixou, aos 95 anos, em 2003, são de encher os olhos e o coração de qualquer um. Na sua autobiografia, intitulada Eu Vi o Mundo, todos é possível se aprofundar nas histórias e experiências, no século 20, desse fascinante artista plástico.

A novidade é que, agora, chega ao público a edição Nós Vimos o Mundo, com depoimento da companheira do pintor, a francesa Raymonde Dias, nos trazendo detalhes do amor vivido pelos dois. Certamente, uma leitura riquíssima e imperdível.

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