Tópicos | Caso Madeleine McCann

O homem suspeito de assassinar Madeleine McCann - a menina britânica de 3 anos que desapareceu no Algarve, em Portugal, em 2007 - terá julgamento programado para fevereiro de 2024, segundo afirmaram nesta quarta-feira, 29, o promotor alemão que trabalha no caso.

Christian Brueckner é acusado de cinco crimes sexuais diferentes, três deles envolvendo menores de idade.

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Ele será julgado sob acusações de estupro de uma jovem irlandesa de 20 anos, de uma mulher idosa e de uma jovem adolescente.

O promotor afirma que os dois últimos casos foram ocorreram em uma pequena casa de campo próxima ao local onde Madeleine McCann desapareceu em maio de 2007.

As outras duas acusações referem-se ao suposto assédio sexual de uma jovem alemã de 10 anos, um mês antes do desaparecimento de Madeleine, e a um incidente de exposição pública em 2017, na frente de um grupo de crianças em um parquinho.

"O julgamento está programado para começar em 16 de fevereiro, uma sexta-feira e meio período, mas deve haver tempo suficiente para ouvir todas as acusações", afirmou o promotor Hans Christian Wolters.

"Todos estão disponíveis naquele dia, e assumindo que não haja muitos contratempos por parte do advogado de Christian, o Sr. Fulscher, ouviremos a resposta dele às acusações."

O advogado de Brueckner lançou uma última tentativa legal no início deste mês para tentar excluir uma das testemunhas-chave do caso.

A alegação foi rejeitada e o advogado de Brueckner passou a aceitar a data de início do julgamento.

Um homem que apresentou à polícia uma denúncia sobre Christian Brückner, o principal suspeito no desaparecimento de Madeleine McCann, que aconteceu em 2007, disse que sua primeira abordagem foi ignorada em 2008. Segundo ele, sua denúncia só foi levada a sério quando ele entrou em contato novamente, nove anos depois. As informações são do jornal The Guardian.

O homem alemão, identificado por Helge B, disse que relatou ao Scotland Yard a suspeita do envolvimento de Brückner no sequestro da criança, mas não teve resposta. Em 2017, ele contatou a polícia novamente.

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Ao jornal alemão Bild, Helge disse que revelar sua conexão com Brückner arruinou sua vida. Ele admitiu ter cometido pequenos crimes com Brückner quando ambos moravam perto da Praia da Luz, em Portugal, o resort de onde Madeleine desapareceu em 2007.

Helge disse: "liguei para o Scotland Yard em 2008, para a linha direta de Maddie. Disse-lhes que conheço alguém que tem algo a ver com isso e dei a eles o nome dele. Eles anotaram meus dados pessoais, meu número de telefone, mas nada aconteceu. Nada! Eles nem sequer me retornaram a ligação. Pensei comigo mesmo: acho que eles entrarão em contato em algum momento".

Após ser libertado da prisão em 2017, depois de ser condenado por tráfico de pessoas, Helge disse que o 10º aniversário do desaparecimento da menina o levou a entrar em contato novamente com a polícia. Ele disse que dois policiais foram encontrá-lo e, mais tarde, ele foi interrogado formalmente.

Em 2018, ele foi contatado pela polícia criminal alemã, BKA, para testemunhar em um julgamento em que Brückner foi condenado por estuprar uma mulher idosa americana em 2005. Brückner está preso na Alemanha após essa condenação.

Helge afirmou que informou a polícia sobre sua descoberta de um vídeo do estupro, supostamente feito por Brückner. O vídeo foi encontrado em 2007 no apartamento de Brückner. "Coisas de turistas, pensei, até que encontrei o vídeo da mulher mais velha."

Ele disse que inicialmente pensou que fosse "um filme". Ele relata que assistiu à mulher sendo estuprada por um homem mascarado, que, no final do vídeo, tirou a máscara. "Então vi que era o Brückner", disse ele. Helge disse que havia visto outros vídeos, inclusive um de abuso sexual infantil, segundo a reportagem.

Ele disse que um policial que era seu amigo e um advogado o alertaram para não relatar o que havia visto, porque traria problemas

Ele encontrou Brückner novamente em 2008 na, Espanha. Helge tentou evitar falar com ele. "Foi difícil para mim - afinal, eu sabia o que ele tinha feito e que ele era imensamente perigoso." Brückner perguntou a Helge se ele ainda viajava para Portugal para ganhar dinheiro. "Eu disse a ele: 'Desde que aquela garotinha desapareceu, há muita polícia por lá e eu não preciso disso.' Começamos a falar sobre Maddie e eu disse: 'Não entendo como a pequena poderia ter desaparecido sem deixar nenhum rastro. Christian tinha bebido duas ou três cervejas e, em resposta, ele disse: 'ela não gritou.'". Helge disse que entendeu o que ele quis dizer. Brückner fugiu durante a noite.

Ele afirmou acreditar que Brückner não é necessariamente o culpado. "Mas com tudo o que sei sobre ele, eu certamente acho que ele é capaz de cometer um crime assim. Acredito que ele a sequestrou. Se ele realmente a matou no final, eu não sei."

A polícia portuguesa retomou nesta terça-feira (23) as buscas por Madeleine McCann, a criança britânica desaparecida na região do Algarve, no sul de Portugal, há 16 anos. A operação conta também com a ajuda de oficiais britânicos e alemães. Mais de 20 policiais portugueses foram vistos na região da Barragem do Arade, cerca de 50 quilômetros da Praia da Luz, onde a criança de 3 anos foi vista com vida pela última vez, em 2007.

Testemunhas disseram que a polícia iniciou a operação por terra e também na água, com a ajuda de mergulhadores. A polícia também está utilizando drones para a investigação, além de tecnologia avançada para detectar vestígios humanos. A área está isolada para a mídia e o público.

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Na segunda-feira (22), os detetives portugueses emitiram um comunicado dizendo que as buscas foram retomadas a pedido das autoridades alemãs e com a ajuda de autoridades britânicas.

Os meios de comunicação portugueses dizem que esta é a quarta busca por Madeleine, depois da inicial em 2007 e depois em 2013 e 2014. Outra busca foi realizada na Alemanha em 2020.

Acredita-se que esta busca seja a primeira na área da barragem após o repasse de informações da polícia alemã. Os promotores alemães em Braunschweig disseram em um comunicado por escrito nesta terça-feira que "medidas processuais criminais estão ocorrendo em Portugal como parte da investigação do caso Madeleine McCann".

"Informações mais detalhadas sobre os antecedentes não estão sendo divulgadas neste momento por razões táticas investigativas", disse o comunicado.

Suspeito

De acordo com uma investigação feita por oficiais alemães, um cidadão do país de 45 anos, identificado como Christian Brueckner, que esteve no Algarve em 2007, era suspeito do caso. Ele negou qualquer envolvimento.

Brueckner está atualmente cumprindo uma sentença de sete anos de prisão na Alemanha por ter estuprado uma turista americana de 72 anos na Praia da Luz, em 2005. Ele está sob investigação por suspeita de assassinato no caso McCann, mas não foi acusado.

O procurador da cidade alemã de Braunschweig, Christian Wolters, disse terça-feira que "a investigação em Portugal ocorre com base em algumas pistas". Contudo, Wolters não deu mais detalhes do caso.

Entenda o caso

A criança britânica de 3 anos estava em um quarto de um resort no sul de Portugal no dia 3 de maio de 2007, junto com seus irmãos gêmeos, que tinham 2 anos na época. Ela desapareceu enquanto seus pais jantavam com amigos em um restaurante próximo.

Os países de Madeleine McCann, Kate e Gerry McCann, chegaram a ser interrogados pela polícia, mas foram liberados por falta de provas. Desde o desaparecimento da criança em 2007, a família fez uma forte campanha para chamar a atenção para o desaparecimento dela. O caso teve repercussão mundial.

Dezesseis anos após o desaparecimento de Madeleine McCann, a equipe de investigação do caso realizará novas buscas na barragem do Arade, a cerca de 50 quilômetros da Praia da Luz, no Algarve, em Portugal, onde a criança desapareceu em 2007, afirma o canal português SIC Notícias.

Segundo apurações da imprensa portuguesa, a investigação do local veio a pedido da polícia alemã, que anunciou em junho de 2020 que acreditava que Madeleine estava morta e que o suspeito Christian Brueckner provavelmente era o responsável. Ele costumava visitar o reservatório que é alvo das buscas.

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Brueckner está atualmente preso na Alemanha por violação de uma mulher de 72 anos, também na região do Algarve. O investigado não foi indiciado por qualquer crime relacionado com o desaparecimento. Ele sempre negou envolvimento com o crime.

Além das autoridades alemãs, a polícia inglesa também estará presente nas buscas, que são coordenadas pela Polícia Judiciária de Portugal. Os oficiais darão início às investigações no local nesta terça-feira (23) e a operação levará ao menos dois dias, diz o jornal britânico The Daily Telegraph, que afirma que mergulhadores irão explorar o reservatório e escavações serão feitas na floresta próxima à água.

Essa será a primeira grande operação de busca por Madeleine desde 2014, quando a polícia britânica realizou escavações na Praia da Luz envolvendo cães farejadores treinados na detecção de corpos e radar de penetração no solo.

Madeleine Beth McCann desapareceu no dia 3 de maio de 2007, quando tinha apenas três anos de idade. A menina britânica sumiu em Portugal, onde estava com os seus pais, irmão e irmã de férias, no Algarve. Na data, Brueckner vivia a poucos quilômetros do local na Praia da Luz onde a família da criança inglesa estava de férias. Até hoje, autoridades de Portugal, do Reino Unido e da Alemanha chegaram a poucas respostas sobre o crime.

A Justiça alemã recebeu mais cinco denúncias de crimes sexuais contra Christian Brueckner, o principal suspeito pelo desaparecimento da menina britânica Madeleine McCann, em 2007. A Justiça acatou a denúncia da Promotoria de Brunswick por dois casos de abuso sexual de menores e em três outros casos de estupro, todos crimes cometidos entre 2000 e 2017, em Portugal.

Brueckner já cumpre pena de 7 anos de prisão por outro crime sexual cometido em Portugal e tem um amplo histórico de crimes sexuais contra menores. Antes dos indiciamentos desta quarta-feira, 12, ele já respondia por outros dois casos de crimes sexuais.

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As novas acusações incluem o estupro de uma mulher de entre 70 e 80 anos cometido entre 2000 e 2006, e que ele também filmou. A vítima, agredida em sua casa de veraneio, também foi espancada.

A Procuradoria, no entanto, ainda não apresentou denúncias sobre o envolvimento do suspeito com Madeleine McCann, que estava prestes a completar 4 anos quando desapareceu em um resort na Praia da Luz, em Portugal. O alemão nega qualquer envolvimento no caso.

O porta-voz da Promotoria de Brunswick explicou que os esforços estão concentrados em resolver os demais casos para assim dedicar-se "exclusivamente ao de Maddie". Segundo a Justiça alemã, o julgamento pelas cinco novas acusações não deve ocorrer este ano. (Com agências internacionais).

O caso do desaparecimento de Madeleine McCann - menina britânica que sumiu em 2007, aos 3 anos, na Praia da Luz, em Portugal - está mais perto de ser resolvido, segundo o promotor alemão que conduz a investigação. Hans Christian Wolters afirmou que novas evidências foram encontradas e que apontam para o principal suspeito do caso, Christian Brueckner, de 44 anos. "Reunimos novas evidências que fortalecem o caso que estamos construindo contra nosso principal suspeito", disse Wolters em entrevista ao jornal inglês The Sun, publicada na última quarta-feira, 12.

O promotor afirmou que os novos indícios são circunstanciais, e não provas forenses, mas que reforçam a tese de que Brueckner é o responsável pelo desaparecimento e morte da menina. "Infelizmente, não posso dizer o que é, mas fortalece nosso trabalho."

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Na segunda-feira (17), a publicação britânica voltou ao tema, afirmando que as novas evidências seriam registros telefônicos que poderiam mostrar novos detalhes da movimentação do suspeito na época do desaparecimento de Madeleine. "Por muito tempo, os oficiais alemães disseram que muitas peças-chave do quebra-cabeça estavam faltando sobre os movimentos de Christian B no Algarve", disse uma fonte ao jornal. "Esta nova informação pode ajudar a fornecer uma dessas peças."

Madeleine McCann desapareceu de seu quarto em 3 de maio de 2007, alguns dias antes de seu aniversário de 4 anos, em um prédio de apartamentos na costa da Praia da Luz, no sul de Portugal, onde passava as férias com a família. Ela dormia no quarto com os irmãos gêmeos mais novos. Os pais da menina, Gerry e Kate McCann, chegaram a ser detidos e depois soltos durante a investigação, que terminou com a demissão do inspetor-chefe português encarregado do caso. Depois de encerrado em 2008, a polícia portuguesa reabriu o caso cinco anos mais tarde, sem sucesso.

As investigações voltaram a ter movimentações relevantes em 2020, quando a polícia alemã anunciou que estava investigando um novo suspeito no desaparecimento da menina. As suspeitas recaíram sobre Brueckner, que passou temporadas na região portuguesa do Algarve entre 1995 e 2007 e estava "conectado com a área" da Praia da Luz. Além disso, o alemão é condenado por crimes sexuais, incluindo abuso de menores.

Em 2011, Brueckner já havia sido identificado como suspeito pela Scotland Yard, mas sua relação com o caso foi afastada pois seu alvo principal eram crianças de sexo masculino. O advogado do suspeito, Friedrich Fulscher, disse que seu cliente "nega qualquer envolvimento" no caso McCann.

Sobre o caso atualmente, o promotor ainda comentou com o The Sun: "não encontramos nenhuma evidência que sugira que ele não é culpado deste crime e encontramos muitas evidências que sugerem que ele é culpado, mas estou proibido de entrar nesses detalhes".

Madeleine McCann teria completado 18 anos no último dia 12 de maio.

Foto: HANDOUT / METROPOLITAN POLICE / AFP

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