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A Ilum Escola de Ciência, iniciativa do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), abrirá, na segunda-feira (1º), processo seletivo para a oferta de 40 vagas gratuitas no curso de ensino superior de Ciência e Tecnologia. Essa será a segunda vez que o projeto forma uma turma de bacharelado. As inscrições seguirão abertas até o dia 16 de dezembro por meio do site da empresa.

A graduação será em tempo integral, com duração de três anos, tendo como objetivo colocar em prática as propostas e metodologias pedagógicas inovadoras para a formação de cientistas e pesquisadores conectados com a realidade da pesquisa científica e com os desafios do futuro.

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Do total de vagas, metade será destinada aos estudantes que cursaram o ensino médio em escolas públicas. Além disso, a Ilum também dará prioridade aos candidatos que tiverem sido classificados entre os dez primeiros colocados nas olimpíadas de matemática, física, química e biologia, sendo preciso apresentar a medalha. 

Como processo seletivo, será solicitado a nota do candidato no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), além de uma carta de manifestação de interesse. Com esses itens, serão selecionados 200 candidatos para a última fase, que será composta por uma entrevista individual. A aprovação se dará conforme a pontuação somada em todas as etapas da seleção. 

Além da formação gratuita, a Ilum irá oferecer apoio financeiro e educacional aos estudantes, por meio de benefícios como moradia, alimentação, transporte, curso de inglês e um laptop para o uso pessoal.

As primeiras imagens de microtomografia de raio-x do novo acelerador de elétrons brasileiro, o Projeto Sirius, foram geradas no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) na última semana (16 e 17). A equipe do centro já realizou as primeiras análises, utilizando raios-x, de duas amostras: uma rocha com a mesma formação do pré-sal e outro do coração de um camundongo.

O Sirius é o único acelerador de partículas desse porte na América Latina e o segundo do mundo, segundo o CNPEM, e já despertou interesse de pesquisadores dos países vizinhos. “Essas foram as primeiras imagens feitas com essa nova máquina, então é um importante marco no projeto porque a gente consegue comprovar que a máquina está funcionando bem. Ela foi inteira projetada e montada aqui no Brasil”, disse Nathaly Archilha, pesquisadora que lidera as primeiras análises.

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As primeiras imagens do Sirius vão guiar os ajustes necessários para que a luz síncrotron, produzida pelo equipamento, atinja a qualidade exigida para a realização de experimentos científicos considerados de alto nível, alguns inéditos no mundo. Este foi o primeiro teste, mas a máquina foi projetada para operar em uma potência 10 mil vezes maior. O Projeto Sirius é financiado pelo Ministério de Ciência Tecnologia Inovações e Comunicações (MCTIC).

De acordo com o CNPEM, a luz síncrotron consegue penetrar a matéria e revelar características de sua estrutura molecular e atômica. O amplo espectro dessa radiação permite que os pesquisadores utilizem os comprimentos de onda mais adequados para cada experimento. O alto fluxo e o alto brilho permitem experimentos mais rápidos e a investigação de detalhes cada vez menores.

“O Sirius vai conseguir produzir uma luz extremamente intensa, com muito fluxo, então são muitos fótons de luz por segundo sendo produzidos em uma área muito pequena. Em termos gerais, pesquisadores do mundo inteiro ganham com o fato de ter uma fonte de luz menor, você consegue estudar características das amostras menores, ou seja, a gente consegue estudar coisinhas cada vez menores, propriedades das amostras cada vez menores”, disse Nathaly.

A pesquisadora contou que, no antigo acelerador do CNPEM, demorava cerca de uma hora para fazer uma tomografia de raio-x de uma rocha, no caso específico de seus estudos. “No Sirius, vamos fazer em um segundo a mesma medida. Basicamente é uma melhor resolução espacial, você consegue estudar características menores da sua amostra e de forma muito mais rápida”.

 

Os pesquisadores poderão, por meio do Sirius, revelar detalhes de variados materiais orgânicos e inorgânicos, como proteínas, vírus, rochas, plantas, solo, ligas metálicas. Esses conhecimentos podem causar impacto em tecnologias usadas para a produção de alimentos, energia, medicamentos e de materiais mais eficientes e sustentáveis.

“O Sirius tem uma capacidade muito grande de conseguir abranger diferentes áreas de conhecimento. Ele é um laboratório multiusuário, multitécnicas e que praticamente todo pesquisador consegue, de uma forma ou de outra, levar sua pesquisa para esse tipo de equipamento”, ressaltou a pesquisadora, que trabalha com fluxo de fluidos em meios porosos, por exemplo, casos científicos de limpeza de aquíferos.

Outro caso científico na área biológica que será beneficiado pelo Sirius é o estudo da morfologia de células do coração para tentar entender quais são as diferenças entre o coração que tem alguma patologia, alguma doença, e um coração saudável. Segundo Nathaly, os pesquisadores da área poderão investigar quais são as células afetadas por determinada doença, quais são as células que se regeneram mais facilmente, entre outras características.

O CNPEM opera quatro laboratórios nacionais, com instalações abertas à comunidade científica. Quando o Sirius estiver totalmente ajustado, sua infraestrutura estará disponível para pesquisadores do país e do exterior. “Vários pesquisadores já mandaram mensagem perguntando quando vai estar aberto”, disse Nathaly. Ela contou que pesquisadores de outros países têm grande interesse em fazer suas pesquisas usando esse acelerador de elétrons, porque a luz gerada pelo Sirius permitirá analises inéditas no mundo.

“A importância do Sirius, não só para o Brasil, mas para a América Latina, é resolver problemas da nossa região, então, por exemplo, para estudar alguma doença que ocorre na região, estudar plantas da região, é uma máquina que é muito importante para o Brasil, porque, se não é a gente tentando resolver nossos problemas, provavelmente não vai ter outro laboratório desse tipo no mundo querendo resolver. Eles estão interessados nos problemas deles”, acrescentou.

 

Viabilizado pelo Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), o 29º Programa Bolsas de Verão será realizado nos meses de janeiro e fevereiro de 2020. De acordo com o CNPEM, o programa é voltado exclusivamente para estudantes matriculados em cursos de Ciências Exatas e da Terra e das áreas de Ciências Biológicas e da Saúde.

As graduações podem ser oriundas de qualquer universidade da América Latina e do Caribe. Com a iniciativa, pretende-se estimular estudantes que tenham interesse em pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico para que criem os próprios trabalhos. Com o as bolsas de verão, os alunos terão a oportunidade de elaborar um projeto, cuja proposta é de um pesquisador do CNPEM. Após o término do trabalho, os estudantes farão uma apresentação e em seguida, entregarão um relatório relatando as fases da experiência.

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Para se inscrever, os universitários devem estar no mínimo, no terceiro semestre do curso e não serão aceitas inscrições de estudantes que estão no penúltimo ano ou último semestre da graduação.

Como funciona o programa?

O programa Bolsas de Verão é sediado em quatro Laboratórios Nacionais do CNPEM que funcionam como um campus de pesquisas e desenvolvimento tecnológico, que está localizado em Campinas (SP). Os bolsistas assim que selecionados, começam a serem orientados por um orientador que vai os auxiliar no desenvolvimento do projeto científico.

Para a estadia, os alunos recebem passagem, hospedagem, refeições, translado diário entre o local de hospedagem até o campus, orientação individualizada, apoio psicológico e ajuda de custo.

As inscrições estarão disponíveis de 4 a 14 de outubro. Deverá ser anexado no ato da inscrição o currículo completo e atualizado, histórico escolar, carta digitada explicando os motivos pelos quais o estudante deve conquistar a bolsa e uma carta de recomendação emitida por um professor ou orientador.

 

Estão abertas as inscrições para o 22º Programa de Bolsas de Verão do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM). Os estudantes selecionados irão desenvolver projetos científicos, durante os meses de janeiro e fevereiro de 3013, em um dos quatro laboratórios da instituição: o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), o Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), o Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE) e o Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano).

Podem concorrer os universitários que estejam cursando, no mínimo, o quarto semestre da graduação nas áreas de ciências exatas, biológicas e engenharias, matroculados regularemente em instituições localizadas na América Latina e no Caribe. Os universitários que estiverem o cursando o último período não poderão se inscrever. Os candidatos também devem ter excelente rendimento acadêmico.

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As inscrições podem ser feitas até o dia 30 de outubro, através da internet, pelo site do programa.

A seleção será feita por um comitê de pesquisadores, que avaliarão o desempenho acadêmico do candidato, as participações em atividades de monitoria e iniciação científica, os argumentos expressos pelo candidato na carta em que se apresenta e as referências feitas por professores/orientadores em carta(s) de recomendação. O resultado sairá até o dia 3 de dezembro.

Os selecionados receberão passagem de ida-e-volta do local de origem para Campinas (em São Paulo, onde ficam os laboratórios), hospedagem, refeições, seguro-saúde e transporte entre o local da hospedagem e o campus do CNPEM. Os estudantes selecionados assumem o compromisso de dedicar-se excluivamente ao projeto, de segunda a sexta (40 horas semanais), participar dos eventos do programa e cumprir as normas e prazos estabelecidos.

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