Tópicos | Comissão de Liberdade Religiosa da OAB

Nesta segunda-feira (11), integrantes do Terreiro de Mina do pai de santo Nery da Oxum registraram um boletim de ocorrência contra um grupo de evangélicos suspeitos de praticar racismo religioso. Segundo a denúncia, o crime aconteceu na manhã do último domingo (10), no bairro Itapera de Maracanã, na zona rural de São Luís, no Maranhão.

De acordo com a investigação, o grupo da igreja evangélica Assembleia de Deus Missões campo Tirirical, se posicionou em frente ao terreiro, e com um carro de som proferiram palavras ofensivas contra os adeptos da religião de matriz africana.

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Em vídeos que circulam na internet, os integrantes da igreja evangélica dizem: "Vai, entrando, eu te peço, liberta Senhor, cachaceiro, maconheiro, macumbeiro, Senhor".

A denúncia foi registrada pelo pai de santo responsável pela casa na Delegacia de Combate a Crimes Raciais e Delitos de Intolerância e Conflitos Agrários. Além disso, demais membros da casa de matriz africana também estiveram no loc prestando apoio e reforçando a denúncia sobre o caso.

Em entrevista para o JM1 da Rede Globo, Alda Fernanda Bayma, presidente da Comissão de Liberdade Religiosa da OAB do Maranhão, afirmou que o caso está sendo acompanhado.

"Nós tivemos ali atos visíveis de intolerância religiosa. É o reflexo de uma intolerância que é fruto de um racismo que está atrelado ali. As religiões de matriz africana são os que mais sofrem com isso. Neste caso, está tipificado o crime de racismo, mas é claro que a autoridade policial vai analisar as provas para que elas possam ser enviadas para o Ministério Público", explicou.

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