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Uma escritora chinesa, conhecida pelo pseudônimo Tianyi, foi condenada a dez anos de prisão por ter publicado um livro que contém imagens eróticas gays, provocando repercussão negativa no país, onde as autoridades censuram conteúdo homossexual e o equiparam a pornografia e abuso sexual.

A romancista foi condenada por um tribunal da província de Anhui, no Leste da China, sob a justificativa de que seu livro intitulado “Gongzhan”, que conta uma história de amor proibido entre um professor e um estudante, possui “comportamento sexual obsceno entre homens” e “atos sexuais pervertidos como violações e abusos”.

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Segundo o jornal “Global Times”, a polícia estima que foram vendidos mais de 7 mil exemplares da obra, dos quais a autora obteve “lucro ilegal” de 150 mil iuanes, o equivalente a US$ 21,6 mil, em poucos meses.

A escritora recorreu a sentença, que também provocou indignação em redes sociais como o Weibo, similar ao Twitter, onde os usuários afirmaram que outros crimes mais graves como estupros não recebem o “castigo adequado” no país asiático. Uma usuária disse que em maio deste ano foi vítima de violência sexual na capital Pequim e que seu agressor foi condenado a cumprir somente oito meses de prisão.

Desde 1997 a homossexualidade é contemplada como um ato “anormal” na legislação chinesa, por isso as autoridades censuram a divulgação de conteúdo gay. Além disso, o país possui 70 milhões de pessoas que se autodeclaram homossexuais e que carecem de qualquer tipo de proteção.

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