O Japão reforçou seus protocolos de controle de tráfego aéreo após uma colisão no principal aeroporto de Tóquio, em 2 de janeiro, que deixou cinco mortos, enquanto centenas de pessoas escaparam com vida, informou o governo nesta quarta-feira (10).
As medidas de segurança foram anunciadas pelo Ministério dos Transportes após o incidente envolvendo um avião de passageiros da Japan Airlines (JAL) e uma pequena aeronave da Guarda Costeira no terminal aéreo de Haneda.
Todos os 379 passageiros e tripulantes do avião da JAL foram retirados da aeronave, e cinco dos seis tripulantes do pequeno avião morreram.
Pelas novas regras, um funcionário deve observar constantemente um sistema de monitoramento que alerta as torres de controle quando ocorrem incursões na pista.
Para evitar mal-entendidos, os controladores não podem dizer aos aviões que posição ocupam na linha de decolagem, afirmou o ministério em um comunicado em seu site.
"Uma das minhas principais missões é restaurar a confiança na aviação como transporte público", disse o ministro dos Transportes, Tetsuo Saito, na terça-feira (9).
Uma transcrição das comunicações divulgadas na semana passada por este ministério sugere que o avião da JAL foi autorizado a aterrissar, enquanto o avião da Guarda Costeira foi instruído a parar antes da pista.
Os controladores disseram ao avião da Guarda Costeira que ele era o "número um", ou seja, o próximo na fila para decolar.
O piloto da Guarda Costeira, único sobrevivente, teria dito que entendia ter autorização para avançar até a pista, onde seu veículo permaneceu 40 segundos antes do acidente.