Membros da CPI das Faculdades Irregulares da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) se reúnem, na próxima terça-feira (22), com representantes do Ministério da Educação (MEC), em Brasília. O encontro na capital federal pretende discutir ações sobre os cursos oferecidos ilegalmente no estado e a situação dos alunos das instituições. O anúncio da reunião foi feito durante debate realizado pela Comissão, nessa quinta (17), na Faculdade de Filosofia de Caruaru (Fafica), no Agreste.
Relatora do colegiado, a deputada Teresa Leitão (PT) afirmou que uma das funções do MEC é fiscalizar os cursos superiores. “Na esfera criminal, já estamos em contato com o Ministério Público Federal, mas o MEC precisa ter ciência e suspender as autorizações concedidas a faculdades ilegais”, explicou. A reunião em Caruaru foi proposta inicialmente para ouvir os depoimentos de representantes de três instituições de ensino: Faculdade de Desenvolvimento e Integração Regional (Fadire), Instituto Superior de Educação de Floresta (Isef) e Faculdade Anchieta. Nenhum deles compareceu à reunião.
##RECOMENDA##Com a ausência dos convocados, foram colhidos depoimentos de alunos da Fadire, do Centro de Ensino Pesquisa e Inovação (Cenpi), e do Instituto Educacional, Tecnológico e Profissionalizante Belchior. Os estudantes disseram ter sido enganados pelas instituições e pediram a responsabilização dos culpados. “Nós queremos justiça. Gastamos muito dinheiro nos cursos e nos sentimos lesados. Foram anos perdidos”, afirmou Geani Pedrosa de Santana, que, por quatro anos, cursou pedagogia no Cenpi de Nazaré da Mata, na Zona da Mata Norte.
Integrante do Conselho Estadual de Educação e diretor-geral da Faculdade Asces, Paulo Muniz alertou que as pessoas precisam se certificar da legitimidade dos cursos antes de ingressar nas faculdades. “A abertura de uma instituição de Ensino Superior demanda uma série de exigências, que não se concretizam da noite para o dia”, ponderou. A próxima reunião da CPI na Alepe está marcada para o dia 15 de janeiro.