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O argentino Victor Cuesta não será zagueiro do São Paulo em 2022. Ao menos é o que garante Paulo Bracks, diretor executivo do Internacional. O dirigente revelou nesta quinta-feira que o defensor renovou seu vínculo com o clube gaúcho por mais duas temporadas, até dezembro de 2023.

O time do Morumbi sugeriu uma troca com o clube gaúcho envolvendo o atacante Pablo para contar com o defensor em 2022. O técnico Rogério Ceni pediu uma renovação do elenco são-paulino e Cuesta estava nos planos. Mas o argentino é ídolo dos colorados e vai disputar sua sexta temporada no Beira-Rio.

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"Ele (Cuesta) está de contrato renovado, não irá sair do Internacional", garantiu Bracks à rádio Grenal. O dirigente ainda revelou que o clube gaúcho tem negociações avançadas com o ídolo D'Alessandro por um contrato de seis meses para uma despedida oficial dos gramados no Sul.

Com o retorno de Sarabia para o Porto, Heitor ficou como única opção para a lateral-direita. Bracks disse que o clube busca mais alguém para a posição e também tenta contratar novos atacantes de área. Yuri Alberto, na mira de clubes da Europa e mesmo do futebol nacional, e Matheus Cadorini, são as únicas opções. Luiz Adriano, do Palmeiras, seria uma das alternativas para o setor.

A diretoria colorada ainda não definiu o nome do novo treinador para a vaga de Diego Aguirre, dispensado na quarta-feira, mas garante que tem de buscar reforços para não ficar para trás no mercado da bola. Paulo Bracks informou que algumas contratações serão pontuais, mas também buscará peças pedida pelo futuro técnico.

O Ceará vai pedir abertura de investigação sobre crime de injúria racial contra o zagueiro argentino Victor Cuesta, do Internacional. O clube solicitará a investigação junto à Polícia Civil com base no depoimento do atacante do Ceará, Elton, que disse que Cuesta o chamou por mais de uma vez de "macaco" na vitória do time gaúcho sobre o Ceará por 2 a 0, na terça, na Arena Castelão, pela Série B do Campeonato Brasileiro.

"Tivemos uma reunião com o nosso atleta. Ouvimos todo o relato dele. Entraremos também com uma representação em relação à arbitragem, que não mencionou na súmula da partida o fato ocorrido. Colhemos elementos para poder inaugurar essa investigação criminal. O fato é que o Ceará jamais compactuaria com algo tão grotesco. É inimaginável que, nos dias de hoje, isso ainda aconteça. A ofensa à honra e à dignidade é gravíssima. Não podemos tolerar isso", disse o diretor jurídico do Ceará, o advogado Ernando Uchôa.

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No Boletim de Ocorrência registrado na Delegacia de Roubos e Furtos, Elton Rodrigues Brandão denuncia que Victor Cuesta o chamou de "macaco" repetidas vezes. O declarante disse que "a cena preconceituosa foi presenciada por vários jogadores que se encontravam no entorno do local da ofensa, inclusive alguns atletas ao perceberem a situação grave trataram de separar o declarante de seu ofensor".

No Boletim, Elton declara ainda que outro jogador do Ceará sofreu preconceito racial pelo zagueiro Cuesta. "Que teve conhecimento que seu colega de equipe, apelidado de Cafu, informou após o jogo que havia sido ofendido pelo mesmo Victor Cuesta, durante a partida, por duas vezes com as palavras 'preto de merda'".

No final da queixa, Elton destaca que "a situação trata-se de clara injúria racial e o declarante deseja que o fato criminoso seja investigado e seu ofensor condenado nos termos da lei".

Cuesta nega que tenha sido racista contra os jogadores do Ceará, através do vice-presidente de futebol do Internacional, Roberto Melo. "A gente conversou com o Cuesta e ele disse que não falou nada neste sentido. Os dois discutiram. O Cuesta tem uma carreira longa e nunca teve alguma questão envolvendo esse tipo de coisa. O que o nosso jogador nos passou é que não falou. Eles discutiram. Mas, o termo que está sendo colocado, ele disse que não usou", afirmou Roberto Melo.

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