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A auxiliar de enfermagem Maria de Fátima Silva, de 56 anos, mãe do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, de 26 anos, está prestando depoimento na tarde desta quarta-feira (23), na 13ª Delegacia de Polícia (Ipanema), responsável pelas investigações. Antes de depor, ela disse ter certeza de que o filho foi torturado e morto por policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Pavão-Pavãozinho.

"A UPP é um farsa, uma mentira. Meu filho não morreu de queda. Tenho certeza que (os policiais) torturaram e mataram ele. A morte dele não vai ficar por isso mesmo, vou processar o Estado". Maria de Fátima disse ainda que quando Douglas foi encontrado no pátio de uma creche no alto da favela seu corpo e seus documentos estavam molhados. "Não choveu entre a noite de segunda e a madrugada de ontem (terça, quando crime teria acontecido). Meu filho teve afundamento na cabeça, um corte no supercílio e está com o nariz machucado, com uma mancha roxa".

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Ela disse que não quer que o corpo de Pereira seja maquiado pela funerária para ser velado. O enterro está previsto para as 15h desta quinta-feira (24), no cemitério São João Batista, em Botafogo, Zona Sul do Rio. "Quero que ele seja enterrado sem maquiagem para que todos vejam o que fizeram com meu filho".

A auxiliar de enfermagem mostrou o laudo preliminar que atestou que a causa da morte do dançarino foi "hemorragia interna decorrente de laceração pulmonar decorrente de ferimento transfixante do tórax devido ou como consequência de ação pérfuro-contundente". O laudo definitivo deverá sair em até 30 dias. "Se esse laudo não apontar exatamente o que aconteceu com meu filho, eu mando desenterrá-lo e fazer outro laudo".

Segundo Maria de Fátima, moradores do Pavão-Pavãozinho contaram terem visto policiais militares usando luvas cirúrgicas. Para ela, a cena do crime foi desfeita propositalmente para dificultar as investigações. "Lavaram a cena do crime. Eu fui militar e sei disso. Tem sangue na parede. Além disso, a ex-namorada dele, mãe de sua filha, disse que ele estava em posição de defesa quando foi encontrado. E para que os PMs estavam de luva cirúrgica? Desde quando PM é perito?"

A mãe de Douglas contou que seu filho tinha uma rixa com policiais da UPP desde 2011, quando estava de moto e foi parado em um blitz. "Quando foi parado, ele respondeu mal a um policial. Por isso, foi levado à sede da UPP, ficou sentado lá dentro e me ligaram. Depois que meu filho foi liberado, o tanque da moto dele estava cheio de areia e tivemos que arrastá-la. A moto foi um presente meu para ele".

Ela disse que sua última lembrança foi vê-lo vestido de coelhinho da Páscoa no programa 'Esquenta' da TV Globo veiculado no último domingo, 20. "Eu até brinquei com ele porque a fantasia era rosa. E ele disse que era uma homenagem para a filhinha dele. Meu filho era muito, muito alegre".

Foi identificado como Edilson da Silva dos Santos o homem morto a tiros na noite desta terça-feira (22), durante protesto de moradores dos morros Pavão-Pavãozinho e Cantagalo. A manifestação, contra a morte do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, foi muito violenta. Vias importantes do bairro, como a Avenida Nossa Senhora de Copacabana, a Rua Raul Pompeia e o túnel Sá Freire Alvim, foram interditadas por barricadas de fogo.

Santos foi baleado na cabeça durante o confronto dos manifestantes e de policiais militares. Ele morava na comunidade, assim como o dançarino, de 26 anos, que trabalhava no programa Esquenta (Rede Globo), apresentado pela atriz Regina Casé.

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O protesto, iniciado no início da noite, se estendeu pela madrugada. A situação agora é aparentemente calma. A Polícia Militar (PM) reforçou a vigilância nos acessos e no alto das favelas.

O complexo Pavão-Pavãozinho-Cantagalo deveria estar pacificado. Mas, diferentemente do que o governo estadual alardeia já há cinco anos, desde que implantou uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), os tiroteios têm sido constantes.

A Polícia Civil informou ter aberto inquéritos para apurar as mortes de Santos e Pereira. Moradores responsabilizam policiais militares da UPP. No caso do dançarino, existe a suspeita de que ele tenha sofrido uma queda, porque o corpo não tinha marcas de tiros. Mas amigos e parentes acusam os PMs de o terem espancado até a morte na segunda-feira (21). O corpo foi achado nesta terça à tarde, em uma creche.

O dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, de 25 anos, foi achado morto dentro de uma escola municipal no Morro Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, na tarde desta terça-feira, 22. Conhecido como DG, ele participava do programa "Esquenta", da TV Globo. Revoltados, moradores da favela atearam fogo em vários pontos da comunidade, e também interditaram a Avenida Nossa Senhora de Copacabana, a principal do bairro.

Policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Pavão-Pavãozinho foram acionados por moradores e encontraram a vítima. O corpo já foi removido e encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML). A princípio, não haveria marcas de tiros no corpo.

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Policiais militares do Batalhão de Choque estão na região. Moradores relatam ter ouvidos barulhos de tiros e bombas na favela.

O caso está sendo investigado pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil. A escola onde o dançarino foi encontrado será periciada.

Conhecido como o Rei do Pop, Michael Joseph Jackson marcou gerações. Menino negro que cantava e dançava com os irmãos na infância e que, ao crescer, adotou um visual estilizado e gravou hits que embalaram festas, filmes e clipes modernos, morreu há exatos quatro anos (25 de junho de 2009), em sua residência em Los Angeles, depois de sofrer uma parada cardíaca causada por overdose do anestésico propofol.

Nascido no dia 29 de agosto de 1958 em Gary, Estados Unidos, iniciou sua carreira aos cinco anos de idade, mas só aos 11 anos se profissionalizou como vocalista dos Jackson 5 e despontou no meio musical. Reconhecido como Rei do Pop, o músico teve cinco de seus álbuns de estúdio entre os mais vendidos mundialmente: Off the Wall (1979), Thriller (1982), Bad (1987), Dangerous (1991) e HIStory (1995).

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Cantor, compositor, dançarino, produtor e empresário, Michael faturou em vida cerca de sete bilhões de dólares, fazendo dele o artista mais rico de toda a história. Um ano após sua morte, sua obra ainda representou o faturamento de cerca de um bilhão de dólares.

Mesmo após sua morte, Jackson não perdeu o reinado: ganhou um filme exibido mundialmente nos cinemas com fragmentos de ensaios e preparativos da turnê This is It (2009, dirigido por Kenny Ortega), que nunca aconteceu, um álbum póstumo (Michael, 2011, que inclui duetos com Akon, 50 Cent e Lenny Kravitz), além de diversas homenagens.

Desde o seu funeral aberto ao público na arena Staples Center no dia 9 de julho, notícias envolvendo a sua morte continuaram estampando as capas dos jornais e as páginas dos sites do mundo. Brigas pela herança do cantor e, principalmente, a depressão e a tentativa de suicídio da filha Paris Jackson, são os acontecimentos mais marcantes dentre esses quatro anos da sua morte. 

Confira música inédita publicada após sua morte no dia 25 de junho de 2009:

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