Tópicos | delegado Paulo Furtado

Um possível mal entendido e uma ação precipitada. A morte por engano do agente da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) de Abreu e Lima, nesta quarta (4), por um sargento da Polícia Militar levanta a questão do despreparo das corporações de segurança pública do Estado, em um momento em que as categorias da Polícia exigem demandas ao Governo. O crime aconteceu pela manhã, quando o agente Edmar Gomes Ferreira, de 39 anos, foi confundido com um assaltante e morto a tiros pelo sargento da PM Manoel Santos, de 53 anos.

Em entrevista à Rede Globo, o delegado responsável pelo caso, Paulo Furtado, garantiu a versão do policial militar como fidedigna. Segundo o sargento, a vítima estava com outra pessoa em um carro de vidros escuros; por engano, alguém gritou que era um assalto ao ver a arma do agente. O policial militar interveio e atirou contra o carro, atingindo a vítima. 

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“O carro era do outro agente (Edvaldo Severino dos Santos) e a vítima estava no banco do passageiro. A informação é mesmo de que um adolescente gritou ‘é assalto!’ e o sargento praticou os disparos. Não sabemos se havia mesmo uma arma com a vítima, porque não encontramos arma alguma no local”, disse o delegado ao lembrar que a cena do crime foi modificada antes de a perícia chegar. 

Logo após o incidente, o sargento Manoel Santos entrou em contato com a Polícia. Edvaldo Severino, o agente que dirigia o veículo no momento dos disparos, passou mal e foi levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Paulista. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) seguirá com as investigações para apurar se o comportamento do sargento foi indevido e se o oficial será autuado. 

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