Na data de hoje (11) é celebrado o Dia do Advogado, que homenageia o profissional responsável por auxiliar, defender e representar um cidadão em juízo e pleitear a correta aplicação do ordenamento jurídico. A comemoração também lembra a criação dos primeiros cursos de Direito no Brasil, instituidos pelo imperador D. Pedro I (1798- 1834), em 1827, por meio da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo e Faculdade de Direito de Olinda, em Pernambuco.
Vários atributos são necessários para formar um advogado competente. A coordenadora do curso de Direito da Universidade Guarulhos (UNG), professora Luciana Guimarães, no entanto, ressalta a ética como principal fator, aliada à moral. “A moral e a ética caminham juntas com o direito, não há como falar de um, sem mencionar o outro”, ressalta. Outro fator importante é que o profissional deve conhecer o seu papel de representar alguém em juízo. “Para isso, ele precisa estudar e se inteirar para realizar uma boa representação. Com tantas leis que nosso país tem, o estudo passa a ser cada vez mais necessário”, afirma a professora.
##RECOMENDA##O professor de direito, advogado e coordenador da comissão de Direito do Consumidor da OAB-Guarulhos, Ageu Camargo, seguiu a carreira de advocacia por se inspirar em seu irmão, que lhe contou sobre as possibilidades de ajudar a sociedade por meio da profissão, além de poder contribuir com o avanço do Estado Democrático.
De acordo com Camargo, o bom advogado necessita de uma boa redação de convencimento (copywriting), já que a principal ferramenta do profissional é a possibilidade de transformar palavras em direito. Ele também destaca a oratória como fator essencial na realização do oficio. “Deve ser combativo sempre que seu cliente estiver coberto pelo direito e, o mais importante, precisa ter empatia com a causa do seu cliente, precisa 'gostar de pessoas', isso propicia uma defesa intransigente e combativa do direito do cliente”, define.
Dia do Pendura
No início do século XX, uma curiosidade pitoresca ligada à profissão acontecia todo 11 de agosto nos centros urbanos. Era o "Dia do Pendura", quando diversos estudantes do curso de Direito comiam de graça em restaurantes e bares. Na época, os comerciantes analisavam essa situação como uma oportunidade para atrair clientes, uma vez que os estudantes universitários geralmente pertenciam às famílias mais ricas da sociedade.
A prática do "Dia do Pendura", no entanto, tornou-se incoerente com o passar do tempo, não fazendo mais sentido e nem sendo tolerada nos dias de hoje . “É considerado crime o fato de estar em um estabelecimento, consumir e não efetuar o pagamento pelo consumo realizado. Há uma percepção da lei para este fato”, destaca a professora Luciana.
A professora lembra ainda que muitos que insistiam em realizar a antiga tradição, eram em diversas ocasiões conduzidos à delegacia, para responder sobre a ação praticada. “Muitas vezes, também surgiam agressões e lesões corporais, porque havia uma disputa física dos donos de comércios”, comenta Luciana. Com o passar do tempo, muitos estabelecimentos passaram a fechar no Dia do Pendura, principalmente aqueles que eram próximos das universidades que ofereciam o curso de direito.