Na data de hoje (26) é comemorado Dia Internacional da Igualdade Feminina, que visa destacar todas as conquistas que as mulheres alcançaram na história da humanidade e discutir a desigualdade presente na sociedade.
Embora o machismo ainda seja expressivo, muitas mulheres mostram resistência e alcançam posições de respeito em diversos segmentos, entre eles, no mercado de trabalho, em profissões que geralmente são rotuladas como “masculinas”. É o caso da sócia-diretora da empresa de construção civil Cavazani Construtora, Cecília Reia Cavazani, de Guarulhos.
##RECOMENDA##Para Cecília, a chegada das mulheres nesses cargos de alta liderança, pode ser o pontapé inicial para criar um mercado de trabalho mais aberto a diversidade. “Como sabemos, a pluralidade tem enorme valor para uma organização, se torna catalisadora de inovações, promove decisões sistêmicas equilibradas e, certamente, gera melhor performance e resultados para os negócios”, afirma.
Diante de muitos desafios, a maior batalha de Cecilia foi provar ser merecedora de suas conquistas. A sócia-diretora relembra que em uma ocasião, foi questionada durante uma entrevista para mestrado em uma universidade sobre quem cuidaria de seus filhos enquanto estudava. “Essa mesma pergunta não seria feita para um candidato homem”, comenta.
Apesar das adversidades, Cecilia não se deu por vencida e continuou a lutar por aquilo que acreditava. “Tenho o prazer diário de junto com minha equipe, construir o ambiente corporativo da construtora para que possamos sempre aprimorar nossas políticas de diversidade e juntos aproveitar os benefícios de um ambiente equilibrado, construído para ser justo”, declara.
A advogada criminalista da Campos e Antonioli Advogados Associados, Carolina Carvalho de Oliveira destaca que cada vez mais as mulheres mostram suas capacidades em áreas que antes eram voltadas para os homens.
Atuante na profissão desde 2004, Carolina lembra que o advogado criminal sempre foi remetido a termos masculinos, como o delegado, o policial, o perito, o promotor, o juiz, o advogado. “Mas, este paradigma foi quebrado por diversas mulheres que alcançaram estes postos/cargos e exercem um excelente trabalho profissional”, enfatiza.
De acordo com Carolina, embora o imaginário público associe a imagem da advocacia criminal à figura masculina, a capacidade, a moral e o respeito da mulher no oficio da profissão são capazes de direcionar à igualdade na proteção do cliente que busca por justiça.
Com características fortes e capacidade técnica, Carolina se impõe diante da desigualdade de gênero que ainda se faz presente nos variados aspectos da vida social. “É a forma de mostrar ao mundo que todos somos iguais e capazes de exercer a profissão escolhida no mercado de trabalho”, pontua.
A psicóloga, terapeuta integrativa e idealizadora da Sentir Terapias Integrativas, Bianca Panvequi Liberati salienta que para lidar com o machismo presente em cargos de alta liderança, o processo terapêutico (necessário em todos os casos) se torna importante devido a lutas contra cobranças, julgamentos (internos e externos) e acúmulos de interesse. Nestas situações, Bianca aconselha as mulheres a sempre se olharem com amor. “Encontrar sua feminilidade e essência. Não se deixar intimidar e sentir força”, orienta.