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Secom contrata Google para distribuir anúncios e recebe relatórios detalhados sobre a circulação do conteúdo. (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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O Governo Bolsonaro destinou recursos para sites de fake news, jogos de azar, infantis e em canais do Youtube favoráveis ao presidente, para patrocinar peças publicitárias da reforma da previdência. É o que indicam as planilhas cedidas pela Secom após Controladoria Geral da União (CGU) à Folha de São Paulo, após pedido de acesso à informação feito pelo jornal.

A Secom contrata agências de publicidade, que se utilizam da plataforma Google AdSense para liberar espaço em sites, veículos de comunicação e canais no Youtube. Cabe ao anunciante escolher que tipo de público quer atingir, o tipo de site em que não deseja veicular seu conteúdo e as palavras-chave vetadas. A partir de então, o Google distribui o material para os sites que obedeçam ao perfil buscado pelo contratante.

A porcentagem retirada pelo Google do dinheiro pago pela Secom varia entre 20% e 40%, a depender de sua negociação com os sites. Ao final do processo, o anunciante recebe todas as informações sobre a veiculação do conteúdo, a exemplo de número de impressões e dos sites em que circulou.

Reação

Após a revelação das informações, o senador Alessandro Vieira (Cidadania), junto à bancada de seu partido, decidiram entrar com representação contra a Secom por improbidade administrativa. O grupo também convocará o secretário Fábio Wajngarten para prestar esclarecimentos.

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