O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje, antes do início oficial da Cúpula da Amazônia, em Belém, que aguarda a colaboração do mundo desenvolvido para a defesa da floresta, mas cobrou a "dívida" dos países ricos na questão climática.
O presidente disse também que gostaria de ver seu colega americano, Joe Biden, na COP28, em novembro, nos Emirados Árabes, onde serão apresentadas as conclusões do encontro da Organização do Tratado da Cooperação Amazônica (Otca).
##RECOMENDA##"É importante todo mundo participar do debate, é um problema da humanidade. A Amazônia é um território soberano de Brasil, Bolívia, Equador, Peru, Venezuela, Colômbia, mas o território soberano do Brasil não estará fechado à ciência do mundo inteiro que quiser compartilhar pesquisa conosco", declarou Lula em sua live semanal nas redes sociais.
"Na medida em que o mundo desenvolvido, que já destruiu as suas florestas, valoriza a floresta, nós precisamos cobrar deles recursos para que haja investimentos, e cobrar participação científica deles.
A gente não tem noção do que a gente pode utilizar na indústria de fármacos, de cosméticos", acrescentou.
De acordo com o presidente, a responsabilidade de cuidar do planeta "não é só do Brasil". "A responsabilidade é de todos. Se eles [os países ricos] já destruíram para se industrializar, eles agora têm uma dívida do passado que é preciso repor para ajudar os países que ainda podem fazer a manutenção da floresta", afirmou.
"Nós assumimos o compromisso na COP27 com a transição energética, transição ecológica, transição climática, e nós queremos dizer ao mundo que o Brasil quer ser assim e está convidando vocês para serem parceiros. Querem participar? Querem fazer investimentos? Então sejam bem-vindos", acrescentou o presidente.
Além disso, Lula garantiu que o "Brasil fará sua parte" e cumprirá a promessa de zerar o desmatamento ilegal até 2030.
Segundo o presidente, a Cúpula de Belém será um "marco na história da defesa da Amazônia". "Vai ter dois momentos: antes e depois desse encontro, que é a coisa mais forte já feita em defesa do clima", ressaltou.
*Da Ansa