Tópicos | Edney Silvestre

Na última segunda-feira (19), Edney Silvestre anunciou a sua saída da TV Globo através de um vídeo compartilhado nas redes sociais. Ao fazer o anúncio, o jornalista veterano relembrou a carreira e todos os momentos marcantes que vivenciou desde a sua estreia na emissora.

"A primeira vez que você me viu na telinha da Globo, seguramente eu estava vestindo assim, de paletó, gravata, bem formal. Possivelmente usando um sobretudo também, pois era uma noite fria de inverno, em dezembro, em plena Broadway, num espaço aberto, com um vento de cortar as orelhas… Foi assim a minha estreia. Falando da força da presença de atores e autores negros no teatro americano após décadas de racismo e preconceito. Isso foi hás 26 anos, tudo passa. Hoje eu venho aqui para me despedir. Hoje eu estou aqui, depois de cobrir os atentados terroristas de 11 de setembro, em Nova Iorque, depois de uma série de reportagens no Iraque, depois de entrevistar grandes estrelas de Hollywood e do cinema europeu. Depois de cobrir o Oscar, depois de entrevistas com formidáveis ganhadores e ganhadoras do Prêmio Nobel de Literatura e mostrar o melhor de nós, brasileiros e brasileiras, eu estou partindo", contou.

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Em seguida, garantiu que ainda continuará entregando muitos trabalhos.

"Na telinha da Globo, você não vai me ver mais, a não ser que seja em reprises, é claro. Mas você vai me ver em palestras, em apresentações de eventos, em conferências, em aulas, em peças de teatro, em musicais, em uma nova minissérie e, especialmente, nos meus livros. Não apenas nos meus romances e livros de contos, como o recém lançado Pequenas Vinganças, mas também em livros de reportagens. A razão de eu estar aqui hoje, é para agradecer pelos 26 anos de apoio, de palavras generosas, de carinho. Isso não é um adeus, isso é um tchau com a minha gratidão. Então, um até breve ou um até já", continuou.

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O repórter recebeu inúmeras mensagens de carinho na sessão de comentários da publicação. Fábio Assunção declarou a admiração que tem por Edney: "Edney. Sou muito seu fã. Sempre te verei ou lerei, aonde você estiver. E seguiremos com nossas conversas lindas!!!! Parabéns por ter cumprido brilhantemente essa etapa de 26 anos!!!!"

Também jornalista, Márcio Gomes escreveu algumas palavras ao colega de profissão: "A gente pensa em correspondente, lembra de Edney. E não é só isso: um profissional multi talentoso, mestre no que faz. Claro que vamos continuar tendo Edney por aí!"

Outros famosos também deixaram muitos elogios para Edney: "Craque. Muso. Que grande prazer é conhecer você", escreveu Ana Paula Padrão.

"Meu querido você estará brilhando sempre , seja em que formato for , você é uma estrela de brilho máximo e certamente nos brindará com seu talento mais breve do que imagina, te amo", declarou Beth Goulart.

"Meu querido, não existe despedida para você, porque está sempre presente na nossa memória, e principalmente nos nossos corações! Sigamos juntos e quando pudermos, sempre daremos ótimas gargalhadas desses tempos ! Muita Luzzzzzz meu querido! Parabéns!!!!!", disse Cissa Guimarães

"Quero ver uma novela sua! Logo!!!!", desejou Boninho.

Deu adeus! Enquanto alguns famosos estão começando ciclos, outros, como Edney Silvestre estão fazendo o contrário. Segundo o colunista Lucas Pasin, o jornalista de 77 anos de idade deixou a Rede Globo após 30 anos de carreira.

Ainda segundo a coluna, a saída do apresentador foi anunciada por e-mail. Quem fez o comunicado foi Ali Kamel, diretor de jornalismo da emissora, nesta segunda-feira, dia 19.

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"Depois de 30 anos brilhando no Globo e aqui, Edney encerra seu ciclo no nosso jornalismo. Deixa sua marca e um legado. Que aqueles que queiram desbravar 30 anos ou mais à frente, não importa a idade ou experiência, se inspirem nele."

Vale lembrar que Edney Silvestre participou de diversas coberturas importantes, como o atentado do dia 11 de setembro de 2001. O jornalista foi correspondente da Globo em Nova York de 1996 a 2002. Descanso merecido!

O jornalista, fotógrafo e escritor Tom Correia lança, na terceira edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), o livro Ladeiras, Vielas e Farrapos. A obra faz um mergulho ficcional em Salvador, cidade natal do autor. O evento literário ainda conta com a presença de Laurentino Gomes, Regina Echeverria, Lars Iyer e Edney Silvestre. 

O escritor soteropolitano iniciou sua trajetória em 2002 com o livro de contos Memorial dos medíocres, vencedor do Prêmio Braskem de Literatura. A segunda obra saiu em 2011, intitulada Sob o céu de gris profundo. Nos anos seguintes, participou das coletâneas As baianas (2012) e 82 – Uma copa, quinze histórias (2013). Em 2012, foi um dos vencedores do Prêmio Estímulo à Crítica de Artes promovido pela Fundação Cultural do Estado da Bahia.

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Como jornalista, Correia é colunista da revista eletrônica Verbo21 e autor da reportagem impressa Vidas Suspensas – os descaminhos de pessoas desaparecidas em Salvador, aprovada com distinção em Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo. Foi editor e um dos criadores da Revista Grauçá, primeira a abordar exclusivamente a Península de Itapagipe.

A terceira edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) acontece entre os dias 23 e 27 de outubro, na cidade histórica do Recôncavo Baiano, Cachoeira. O evento, que conta com nomes locais, nacionais e internacionais, é gratuito e terá shows musicais, praça de alimentação e pela primeira vez uma programação voltada para o público infantil.  

Serviço

Festa Literária Internacional de Cachoeira – Flica 2013

De 23 a 27 de outubro

Conjunto do Carmo – Cachoeira (Bahia)

Gratuito

Nas quartas-feiras, a coluna Redor da Prosa traz mais intenções do que impressões. Dia de elencar leituras, eventos e outras coisas programadas.

Ler A mulher de vermelho e branco, de Contardo Calligaris, que estará no 9º Festival Recifense de Literatura: A letra e a voz, em mesa que mediarei. O romance (publicado pela Companhia das Letras, 208 págs., R$ 39,00) junta-se a outros recentes, como Se eu fechar os olhos agora, de Edney Silvestre, O senhor do lado esquerdo, de Alberto Mussa, e Alvo noturno, do argentino Ricardo Piglia; neles, uma trama policial é trabalhada dentro de narrativa que explora fronteiras com outros gêneros literários. O começo do livro me animou:

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“Como assim?”, perguntei, “o que é uma festa vermelha e branca”?
(...) “Vermelha e branca”, ela respondeu, como se as cores, por si sós, contivessem uma explicação óbvia da festa projetada. E acrescentou, sem piscar nem deixar de voltar ao sorriso forçado entre cada frase: “será uma festa pequena. Só eu e as crianças. Tudo vermelho e branco”.
Um arrepio subiu minhas costas e desceu pelos braços. Estava tudo errado. Tudo, desde o começo.

Ir ao A letra e a voz, que vai do próximo domingo até o dia 28 de agosto.  Nesta edição, o Festival discutirá narrativas que abordam o tema memória, como autobiografias, biografias, romances de formação etc. A programação principal, dos debates, novamente acontecerá no auditório da Livraria Cultura, no Paço Alfândega, Recife Antigo. Entre os convidados, além do citado Contardo Calligaris (no dia 27), estão Joca Reiners Terron (23/08), Julián fuks (24/08), Michel Laub (26/08).

Voltar a comprar a Cult, que, após uma tentativa de se tornar mais pop e menos específica, parece retornar seu entusiasmo à literatura, bem combinada com bastante filosofia. Desistiu de ser uma Bravo! com 33 páginas a menos e somente R$ 1,00 de economia na capa. Na edição de julho, capa da revista foi de Foucault, tema de um dossiê interessante. Mas, não escondo, gostei mesmo foi da entrevista curtinha com o crítico e pesquisador de música Tinhorão:

“Chega de Saudade” vem do tema do filme Sob o domínio do mal, de 1962, de John Frankenheimer, “Desafinado” é igual a uma canção de Gilberto Alves, e “Eu sei que vou te amar” é a mesma melodia de “Dancing in the dark”.
Mas fiz uma descoberta que me deixou muito triste. Descobri que a melodia de “As rosas não falam”, de Cartola, na verdade é de dois caras de jazz. A melodia vem de “La rosita”, de Coleman Hawkins e Ben Wester.

Preparar o programa NotaPE, que será outra parceria com o portal LeiaJá. Coisa anda atrasada, mas ideia aparenta chances grandes de sucesso. Gravaremos talk show em teatro, com plateia, de modo que funcione como televisivo e também como evento sobre temas ligados à leitura, e não só à literatura. E, sim, essa é repetida, intenção que não cumpri semana passada! Ficou a dívida.

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