Tópicos | Efeitos da pandemia

Uma pesquisa promovida pelo C6 Bank e o Datafolha mostrou, nesta quinta-feira (10), que 64% dos estudantes brasileiros estão mais ansiosos e 52% revelaram que estão mais tristes. O estudo mostrou, ainda, que 54% dos entrevistados ganharam mais peso e 45% se sentem sozinhos. Os dados, segundo o levantamento, são reflexos dos efeitos da pandemia da Covid-19.

Ainda conforme informações da pesquisa, 89% dos estudantes brasileiros passaram a utilizar mais celulares, computadores, TVs e videogames. Outro recorte aponta que sete em cada dez estudantes dos seis aos 18 anos estão mais dependentes dos pais.

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As entrevistas ocorreram no período de 10 a 14 de maio, com mais de 2 mil alunos a partir dos 16 anos, abordando todas as classes sociais e regiões brasileiras. Segundo o C6 Bank, a margem de erro é de dois pontos percentuais.

O levantamento aponta, ainda, que 46% das crianças e adolescentes brasileiros estão com dificuldade de aprendizagem. Desse índice, 53% são estudantes de seis a dez anos e 41% correspondem a jovens de 16 a 18 anos de idade. Ainda sobre esse público, duas em cada cinco pessoas revelam perda de concentração durante os estudos.

Escolas públicas e particulares

A pesquisa revelou que 36% dos estudantes de escolas públicas afirmam ter perdido o interesse pelos estudos, enquanto esse problema afetou 28% dos alunos de unidades privadas. “Nesse grupo, a aprovação do ensino a distância também é maior (43%) do que entre alunos de escolas públicas (37%). A maior disparidade, no entanto, está nos impactos da interrupção da merenda escolar. A alimentação de 11% dos alunos de escolas públicas piorou sem as refeições oferecidas pela escola, enquanto entre estudantes do ensino particular esse percentual é de 4%”, informou o C6 Bank.

O diretor de pesquisas do Datafolha, Alessandro Janoni, acredita que os índices entre escolas públicas e particulares expressam a mazela da desigualdade social intensificada pela pandemia. “As diferenças de resultados entre alunos de escolas públicas e privadas é preocupante e configura mais um sinal do aprofundamento das desigualdades gerado pela pandemia em um país já tão marcado por contrastes sociais e econômicos", comentou o diretor.

Quando a pesquisa foi realizada, 27% dos estudantes brasileiros, de seis a 18 anos, tinham voltado às aulas presenciais. O trabalho estatístico também ouviu alunos que não retornaram às atividades: 65% disseram que não voltaram porque a escola não reabriu. “Outros motivos também foram apontados como o agravamento da pandemia (13%), evitar o risco de contaminação por coronavírus (7%), criança ou adolescente está com problema de saúde (6%) ou porque a escola não garante a segurança de todos (6%)”, indicou o C6 Bank.

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