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A Neoenergia, controlada pela espanhola Iberdrola, elevou a oferta para comprar a Eletropaulo. Ontem, depois da reunião do Conselho de Administração, a empresa anunciou que o preço anterior de R$ 25,51, feito na terça-feira, foi aumentado para R$ 29,4 por ação. O valor é 5% superior à proposta feita pela italiana Enel, de R$ 28.

O contra-ataque da Neoenergia ocorreu um dia depois de a Enel melhorar as condições de sua oferta. Na quinta-feira, a empresa elevou de R$ 1 bilhão para R$ 1,5 bilhão o aumento de capital que fará caso vença a disputa pela distribuidora paulista - hoje a maior da América Latina. Atualmente a italiana controla três distribuidoras no Rio de Janeiro, Ceará e Goiás. A Neoenergia detém a concessão de quatro concessionárias Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte e São Paulo.

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Com a forte competição travada nos últimos dias, as ações da concessionária terminaram a semana com alta de 31,77%, cotada em R$ 28,99. A primeira proposta pela compra da Eletropaulo, de R$ 19 por ação, foi feita pela Enel, no fim de março. Mas a mineira Energisa, que controla nove distribuidoras no País, elevou o patamar das negociações ao fazer uma oferta vinculante - prática pouco usual no Brasil. Segundo fontes, o preço de R$ 19,38 foi considerado baixo, mas mudou o ambiente das negociações.

Após o movimento da empresa nacional, a Neoenergia fez sua primeira proposta, de R$ 25,51 por ação, superada no mesmo dia por nova oferta da Enel, de R$ 28. Por ora, ninguém no mercado descarta que novos lances possam ser dados nos próximos dias para ficar com a Eletropaulo.

Interesse. Segundo especialistas, os atrativos da distribuidora são muitos. O presidente da consultoria Thymos Energia, João Carlos Mello, destaca que a área atendida pela empresa tem elevado consumo e inadimplência baixa. Além disso, a base de ativos (usada para a revisão tarifária) é baixa por causa da falta de investimentos. "O novo dono vai entrar, fazer vários investimentos e elevar a tarifa, hoje uma das menores do País", explica o executivo.

A Eletropaulo, cujos principais acionistas são a americana AES e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), tem cerca de 18 milhões de clientes em 24 municípios de São Paulo e fatura R$ 21 bilhões.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta quinta-feira que não é possível que a Eletropaulo enterre a fiação elétrica na capital, como manda lei municipal. Ontem, um homem morreu eletrocutado depois que uma árvore caiu sobre a rede elétrica em Santa Cecília, região central da cidade.

"Já imaginou quanto custa para enterrar todos os fios? Se parar a cidade inteira e não fizer mais nada, não há orçamento suficiente para fazer isso", questionou o governador, ressaltando os altos custos envolvidos na operação, o que inviabilizaria outras ações do poder público, e dizendo que "o Brasil não é uma Escandinávia". Alckmin questionou as frequentes quedas de árvores, cuja manutenção é da Prefeitura. "Administrar é escolher. O que não pode é cair árvore toda a hora", criticou.

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) publicou no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira, 8, resolução homologatória que altera o resultado do reajuste tarifário anual de 2014 da Eletropaulo, o que permite que o novo índice de 12,36% já comece a valer.

A resolução da Aneel cumpre determinação judicial que livrou a companhia de ressarcir consumidores em aproximadamente R$ 626 milhões. Com isso, a Aneel autorizou um reajuste extra de 3,53% nas contas de luz da distribuidora, que atende consumidores de São Paulo e Região Metropolitana. Para consumidores residenciais, o reajuste será de 3,77%, e para os conectados à alta tensão, como indústrias, de 3,02%. O aumento terá efeito a partir de hoje. A Aneel, no entanto, já recorreu à Justiça para derrubar a liminar.

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A Fitch Ratings rebaixou, na sexta-feira, 28, os IDR’s (Issuer Default Ratings - Ratings de Probabilidade de Inadimplência do Emissor) de longo prazo em moeda estrangeira e em moeda local da Eletropaulo para "BB+", de "'BBB-". Em paralelo, a agência afirmou o rating nacional de longo prazo "AA(bra)" da companhia. A perspectiva de todos os ratings foi revisada para negativa, de estável.

Segundo a Fitch, o rebaixamento dos ratings "reflete o enfraquecimento do perfil de crédito da Eletropaulo, que se deve à significativa redução de seu fluxo de caixa das operações". Conforme a agência de classificação de risco, essa redução é resultante da última revisão de tarifas e do aumento dos custos de energia.

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Tarifas

A Fitch ressalta que as tarifas da Eletropaulo foram reduzidas em 9,33%, em média, ao fim da terceira revisão tarifária, em 2012, e que a elevação dos custos da energia resulta da menor disponibilidade hidrológica e maior despacho termoelétrico no País.

"Embora a maior parte destes custos esteja sendo compensada por um fundo setorial em bases mensais, a parcela remanescente será repassada aos usuários finais somente por meio do aumento anual das tarifas, o que eleva as necessidades de capital de giro."

Crédito

Os indicadores de crédito da Eletropaulo no primeiro trimestre de 2013, diz a Fitch, também foram impactados pelo reconhecimento de R$ 2,8 bilhões adicionais de passivos previdenciários em função de nova regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A agência explica também que perspectiva negativa reflete a possibilidade de novas pressões sobre a geração de fluxo de caixa em função da obrigação de a companhia devolver recursos aos usuários finais e da potencial revisão negativa das tarifas em 2015.

A companhia terá de devolver aos consumidores finais cerca de R$ 1,1 bilhão cobrados a mais de julho de 2011 a junho de 2012. "Este quadro pode criar desafios para que a companhia mantenha sua estrutura de capital em linha com os ratings atribuídos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) aplicou multas no valor total de R$ 15,7 milhões para as distribuidoras CPFL Paulista, CPFL Santa Cruz e CPFL Mococa, do grupo CPFL Energia, e para a AES Eletropaulo. As penalidades foram publicadas no Diário Oficial do Estado em 2 de março e são fruto de ações de fiscalização realizadas pelos técnicos do órgão, que encontraram irregularidades nas redes das empresas.

A CPFL Energia foi objeto de três autos de infração, totalizando R$ 8,848 milhões. Já a AES Eletropaulo foi autuada com dois autos de infração, somando R$ 6,923 milhões. Procuradas pela reportagem, a AES Eletropaulo e a CPFL Energia informaram que não foram notificadas oficialmente pelo órgão regulador até o momento.

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A AES Eletropaulo tem até esta terça-feira para apresentar à Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) as suas justificativas para os problemas ocorridos em na última quinta-feira (14), após as fortes chuvas que atingiram a capital paulista e parte da região metropolitana. O prazo foi definido pelo órgão após iniciar processo de fiscalização no Centro de Operações da Eletropaulo na última sexta-feira (15), quando uma equipe da Arsesp se reuniu com a distribuidora paulista para solicitar as informações detalhadas das ocorrências. Nesse mesmo dia, a direção da agência se reuniu também com a administração da AES Eletropaulo.

A partir dos dados repassados pela AES Eletropaulo, a Arsesp vai elaborar um termo de notificação. Por sua vez, a distribuidora terá 15 dias para apresentar contestação, conforme previsto na regulamentação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Só depois desse prazo é que a concessionária poderá ser advertida ou multada pelo órgão, que atua no Estado de São Paulo por delegação da Aneel.

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No dia 14 de fevereiro, 44 circuitos de distribuição de energia da AES Eletropaulo foram desligados e o serviço de call center da concessionária ficou fora do ar por cinco horas e meia. Procurada pela reportagem, a distribuidora informou que presta todas as informações exigidas pelo órgão regulador.

Uma falha de segurança no site da distribuidora de energia Eletropaulo expôs dados de 6,4 milhões de clientes da empresa. A denúncia foi do site Folha de S. Paulo. Segundo o jornal, a falha permitiria que qualquer pessoa alterasse dados cadastrais de outros usuários e até solicitasse a interrupção do fornecimento de energia.

Segundo o jornal, a brecha de segurança foi descoberta pelo estudante de Sistema de Informação Carlos Eduardo Santiago. O jovem avisou sobre o problema a distribuidora na última sexta-feira, mas segundo a reportagem, a empresa só tomou providências depois que o jornal entrou em contato.

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Normalmente, o acesso ao sistema da distribuidora de energia paulista é feito digitando o CPF ou CNPJ do usuário e o número da instalação, informações que vêm impressas na conta de energia, não sendo necessário inserir nenhuma senha. Para ter acesso aos dados de algum usuário, basta ter as duas informações.

Segundo o jornal, além da falta de um controle mais rigoroso, o estudante constatou que bastava uma alteração trivial no endereço do site para ter acesso a dados de diferentes usuários.

Após ser questionada pela imprensa, a Eletropaulo afirmou que o problema foi corrigido e emitiu um comunicado oficial:

"Ontem (5/9), a AES Eletropaulo interrompeu o acesso à sua Agência Virtual, das 17h às 22h. O motivo foi a denúncia de uma vulnerabilidade no site, pela qual era possível visualizar a fatura de outro cliente. A vulnerabilidade apontada não era acessível para qualquer usuário. Era necessário tem conhecimentos técnicos – montar sistematicamente uma combinação de códigos – e intenção de obter dados de terceiros."

"A concessionária esclarece, ainda, que a manobra não dava acesso ao sistema da AES Eletropaulo e, sim, a visualizar a segunda via de fatura. A equipe de segurança da informação da distribuidora já blindou essa interface e a Agência Virtual está funcionando normalmente, desde às 22 horas de ontem."

Oficialmente denominada AES Eletropaulo, a empresa distribui energia elétrica para 24 municípios da região metropolitana de São Paulo, inclusive a capital.

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