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No Brasil, a Coreia do Sul é associada a carros, celulares e outros itens de tecnologia. Agora, um grupo de empresários pretende mudar esse cenário com uma aposta na culinária. Mas, em vez de difundir a cozinha tradicional do país, como fizeram japoneses e italianos, eles investem em um prato que caiu no gosto do sul-coreano nos últimos 50 anos: o frango frito.

A K-Pop Chicken, dos sócios Sun Kwon Kim, Rafael Shu, Renato Dianese e Gabriel Asakura, é uma das primeiras a surfar essa onda. "Queremos mostrar essa nova cara da Coreia, que é rica e moderna", explica Shu, cujo restaurante-laboratório está localizado a duas quadras do metrô Santa Cruz, na zona sul de São Paulo.

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Eles entraram em contato com uma das principais fornecedoras da cadeia do frango frito na Coreia, de quem adquiriram não apenas informações sobre o processo, mas também importaram maquinários e até a farinha usada para empanar o produto - a receita completa do frango frito, aliás, leva 17 ingredientes. O restante do menu mistura cozinha coreana, brasileira e americana.

Do planejamento até a abertura, no fim do ano passado, foram cinco anos de preparação e R$ 3 milhões em investimentos. Hoje, os sócios contabilizam um público de 6 mil pessoas e faturamento médio de R$ 180 mil por mês.

Desde novembro, uma consultoria de franchising prepara a expansão do modelo. Antes de iniciar esse processo, eles pretendem abrir outros três modelos de loja para testar as possibilidades do negócio.

Concorrência

Outra empresa que aposta no frango frito é a BBQ Chicken, uma das maiores marcas coreanas, com mais de 4 mil unidades no mundo. Na América do Sul, o responsável é Thomas Choi, que adquiriu a franquia master para a região. Com uma unidade aberta no fim de 2012 também na zona sul da capital paulista, Choi passou dois anos adaptando o cardápio ao gosto brasileiro e, agora, começa a expansão. "Achamos que a região tem potencial para 2 a 3 mil unidades, metade no Brasil."

Para o consultor Sergio Molinari, especialista em food service, o negócio vai na linha de um movimento atual, que é o da cozinha étnica. "É o que fazem os foodtrucks, sensação em São Paulo." Por outro lado, o especialista observa que, enquanto o paulistano é afeito a novas tendências, o mesmo pode não ser verdade para outras regiões do País, o que pode ser um desafio à expansão. "Mas a proposta é bem fácil de se encaixar no gosto brasileiro. Afinal, estamos falando de frango frito." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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