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Um dos pilares do governo de Eduardo Campos foi a implantação do Programa Pacto pela vida. Lançada em 2007, a primeira política de segurança pública de Pernambuco perdeu na última quarta-feira (13) um dos seus idealizadores. Eduardo Campos não hesitava em demonstrar o orgulho que tinha do Programa. Mas não era para menos, pois o Pacto foi reconhecido internacionalmente. A organização das Nações Unidas (ONU) concedeu, em 2013, ao Governo de Pernambuco, um prêmio na categoria ‘Melhoria na Entrega de Serviços Públicos’ do United Nations Public Services Forum Day and Awards, que premia boas práticas administrativas desenvolvidas em todo o Mundo. Ao receber o prêmio, em Brasília, Campos declarou a seguinte frase: “Este título é muito importante para todos nós pernambucanos, que construímos juntos o Pacto Pela Vida. Além de ser um reconhecimento pelo sucesso na redução da violência, é também uma demonstração da nossa capacidade de inovar, dialogar e unir forças”.
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Como então candidato à Presidência do Brasil, Eduardo Campos pretendia implantar um sistema nacional de segurança, o qual seguiria o mesmo mote do Pacto. Mas o socialista não teve tempo hábil para levar sua proposta adiante. Porém, na véspera da sua morte, em entrevista a um veículo de comunicação, Campos foi conciso em dizer que o Brasil necessita de uma política de segurança efetiva, assim como Pernambuco conquistou a sua, em função do Programa.
Após a criação do Pacto pela Vida, Pernambuco conseguiu diminuir os índices de violência. De acordo com o secretário de Planejamento e Gestão do Estado e presidente do comitê gestor do Pacto Pela Vida, Fred Amancio, o engajamento de Eduardo Campos foi fundamental para a conquista dos resultados. “ O ex-governador Eduardo Campos tomou a área da segurança pública como uma prioridade nas duas gestões que comandou. Foi com muita determinação e planejamento que conseguimos, ano a ano, diminuir os índices de homicídios que eram alarmantes em Pernambuco. No início do Pacto pela Vida, em 2007, Pernambuco e Recife ocupavam a segunda posição no ranking dos lugares considerados mais violentos, segundo dados do DATASUS. Nas duas gestões de Eduardo Campos, as ações do Pacto Pela Vida conseguiram reduzir em 30% a taxa de homicídios no Estado e em 42,6% os homicídios na Capital”, afirmou.
Além do título concedido pela ONU, o programa foi reconhecido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com o prêmio ‘Governarte : a Arte do Bom Governo’. O secretário de Defesa Social de Pernambuco, Alessandro Carvalho, considera o Pacto pela Vida uma revolução na segurança pública. O Programa , que era o menino dos olhos da administração de Campos, vai continuar buscando os melhores resultados e honrar os anseios do ex-governador do Estado. “A importância do governador Eduardo Campos foi vital, pois com sua presença marcante, foi o grande timoneiro de todo o processo, que derrubou os números da violência ano a ano. Sua partida prematura, de forma brutal e inesperada, no entanto, nos fortalece ainda mais para tocar o barco em frente, como já vem fazendo o governador João Lyra Neto e sua equipe", destacou Carvalho.
O Pacto pela Vida virou lei e, mesmo sem o seu ‘pai’, terá continuidade. O governador João Lyra Neto, que assumiu a gestão de Pernambuco desde que Eduardo Campos abriu mão do cargo para participar da disputa presidencial, deu prosseguimento aos trabalhos. Segundo o secretário de Planejamento, independente de quem será o administrador do Estado, a política de segurança pública continuará galgando os melhores resultados. “Um conjunto de medidas foi desenvolvido e oficializado em lei, a fim de garantir a continuidade do programa independentemente de gestões posteriores. Todos que fazem o Pacto Pela Vida estão firmes no propósito de continuar determinados no trabalho iniciado por Eduardo Campos, que deixou como importante legado a garantia da continuidade de um dos programas de segurança pública mais eficientes do país”, concluiu Fred Amancio.