Tópicos | Idealização

Desde cedo, as pessoas são “obrigadas” a escolherem uma profissão. A vida escolar é basicamente pautada no futuro universitário, em que é preciso saber, mesmo quando nem há maturidade suficiente para isso, qual será a carreira a se seguir. 

Encontrar o trabalho perfeito pode ser bem mais difícil do que parece. “A idealização de um emprego dos sonhos pode interferir diretamente nos nossos níveis de felicidade. Isso se deve ao fato de que, por acreditar que para sermos felizes precisamos ter uma  vida e emprego perfeitos que nos trará satisfação constante e livre de qualquer dificuldade, ao nos deparamos com a realidade tal idealização gera sentimento de frustração que afeta a nossa experiência de vida como um todo”, afirma a gestora de gente e hospitalidade, Cíntia Tereza. 

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Em uma breve pesquisa com pessoas que estão no mesmo ciclo social é possível encontrar diferentes respostas para a mesma pergunta: “Você tem um emprego perfeito”? Sempre vão haver aquelas que amam o que fazem, mas poderiam ganhar mais; as que ganham bem, têm todos os benefícios trabalhistas, mas não atuam na área de formação; os que ganham bem, atuam na área, mas não gostam do ambiente e nem das pessoas. O caminho para o bem estar profissional, segundo os especialistas, é buscar um equilíbrio. 

“Precisamos criar critérios para verificar o atendimento das nossas necessidades. Se há uma satisfação mínima atendida, há um equilíbrio. Diminuir as idealizações e criar expectativas de acordo com a realidade também ajudam. Existem casos de pessoas que sonham muito em trabalhar em uma grande empresa e, quando finalmente conseguem, acabam se decepcionando por conta de toda a expectativa distorcida, que acaba sendo baseada mais em satisfazer aos outros do que a si mesmo”, enfatiza o especialista em gestão estratégica de conflitos, sócia da AlleaoLado, focada em consultoria e coaching para empresas, e coautora do livro “A culpa não é minha”, Allessandra Canuto. 

Ainda segundo Alessandra, profissionais mais felizes são os mais realistas, que conseguem selecionar os pontos positivos em meio às adversidades diárias. “Em qualquer circunstância, pode haver o inaceitável e o inadmissível, problemas impossíveis de contornar, momentos em que precisamos buscar outros caminhos. Não precisamos buscar pontos positivos em uma situação claramente insustentável, mas sim entender que esses momentos são exceção, não regra”, diz a especialista .

Entretanto, nem todas as pessoas possuem esse olhar positivo em meio aos questionamentos profissionais, que refletem na vida pessoal e contribuem para o surgimento de estresse, ansiedade e até mesmo depressão. Olhar para si e ver que todo planejamento de anos não se concretizou pode ser devastador para muitos profissionais. Para quem não consegue mais mudar de viés sozinho, buscar ajuda profissional para os transtornos adquiridos é a solução. O terapeuta ou o psiquiatra podem ser boa alternativas nesse caso. “As pessoas costumam se frustrar por idealizarem demais, pois buscam no trabalho necessidades que envolvem outras esferas da vida”, avalia Alessandra Canuto. 

Já para a especialista Cíntia Tereza é preciso ter clareza que sempre haverá desafios e certeza de que não existe emprego perfeito. Criar um alinhamento entre as expectativas e as condições que se tem ajuda no amadurecimento e crescimento profissional. Não basta ter o emprego dos sonhos, tem que entender o papel que as atividades que exercemos cotidianamente têm na nossa vida. 

Coragem para mudar

O hobbie pela leitura e as discussões das notícias do cotidiano junto com a mãe desde a infância  fizeram Carolina Borba querer ser jornalista. Ela terminou a graduação e partiu para a especialização na área. Atuou por cinco anos na profissão, no entanto começou a desencantar e mudar a forma como via o jornalismo.

“Eu não enxergava mais espaço para o meu crescimento dentro da área que eu escolhi trabalhar. Aliado a isso, o modelo de trabalho estressante me levou a uma crise emocional e desencadeou na minha ruptura com essa profissão. Perceber que toda uma aposta de vida não é o que você realmente quer é muito duro, mas foi necessário para mim, pois me fez enxergar que ali eu não estava feliz”, conta a jovem. 

Depois de sair do emprego que tinha em uma agência, Carolina resolveu se dedicar a outro projeto de vida. Ela se especializou em cortes de cabelos crespos e cacheados. Começou a atender amigas e conhecidas em casa e a qualidade do trabalho fez com que a clientela aumentasse, passando a atender em um salão de beleza na Zona Norte do Recife. “Se não me faz feliz, não é bom pra mim. Hoje eu fiz uma escolha que se mostrou ser uma vocação, devoção e paixão. Então, talvez o trabalho perfeito seja aquele que te traga felicidade. E a minha felicidade é proporcionar uma experiência boa para as pessoas através de um corte de cabelo”, concluiu a jornalista e cabeleireira. 

Superestimada pela sociedade, a maternidade normalmente é vista como algo belo, maravilhoso e sem defeitos. No entanto, muitas mães não compartilham da ideia de que ser mãe é ‘padecer no paraíso’ e a idealização em torno do tema vem sendo discutida com mais ênfase na contemporaneidade.

Em fevereiro de 2016, a internauta Juliana Reis resolveu lançar a campanha ‘Maternidade Real’, na qual pediu para que as mães compartilhassem suas insatisfações com a maternidade. “Eu amo meu filho, mas to detestando ser mãe”, escreveu. No relato, Juliana fala sobre o período de gestação, a hora do parto e a restrição de sono imposta pela maternidade.

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Não exclusiva de Juliana, as dificuldades enfrentadas ao se descobrir/tornar mãe são retratadas em algumas produções audiovisuais. Neste domingo (12), Dia das Mães, o LeiaJá listou cinco filmes que não romantizam a maternidade. Confira:

Precisamos falar sobre o Kevin

 

Olmo e a Gaivota

 

Mommy

 

Perfeita é a Mãe

 

Não sei como ela consegue

A atuação do juiz Sérgio Moro à frente da Operação Lava Jato tem gerado manifestações críticas e de apoio. No Recife, um levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), divulgado nesta terça-feira (12), constatou que a maioria da população que tem conhecimento sobre a postura do magistrado, confia e admira ele. 

Segundo dados do estudo, encomendado pelo Portal LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, 79,9% dos recifenses já ouviram falar no juiz enquanto 18,8% não. Daqueles, 56,4% confiam no magistrado e 39,2% não. Já 57,3% admiram Sérgio Moro, em contrapartida 38,7% não nutrem admiração pelo juiz.

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Com a confiabilidade em alta, mais até do que alguns políticos, o Instituto indagou os entrevistados se o magistrado paranaense merece ser presidente do Brasil. Mais da metade, 57,3% responderam que não e 30,4% sim. Outro tópico desta mesma mostra, divulgado nessa segunda (11), aponta que se a eleição presidencial fosse hoje 15,9% dos eleitores votariam em Moro para assumir o comando do Planalto. 

“As pessoas confiam e admiram Sérgio Moro. Não o veem como um político e sim como um magistrado que está numa jornada para prender os corruptos que estão no ambiente político brasileiro”, argumentou o coordenador do IPMN e cientista político, Adriano Oliveira. 

Moro: imparcial ou partidário?

Nas últimas manifestações que aconteceram por todo o país, a imagem de Moro tem tido duas interpretações diferenciadas. Para os movimentos e sindicatos aliados a presidente Dilma Rousseff (PT), o magistrado é massa de manobra para o PSDB e, por isso, expediu um mandado de condução coercitiva para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e vazou os áudios de grampos de conversas entre Lula e Dilma. 

Já outra ala, dos movimentos sociais contrários ao governo, vê o juiz como “herói” pelas mesmas medidas e o andamento das investigações. O IPMN também aferiu a visão dos recifenses quanto à postura de Sérgio Moro diante da Lava Jato. Para a maioria, 66,9%, o magistrado é imparcial, 19,8% classificou-o como partidário e 13,3% não soube responder. 

Dados do levantamento - A pesquisa do IPMN ouviu 624 pessoas no Recife, nos dias 4 e 5 de abril. O nível de confiabilidade é de 95% e a margem de erro é de 4,0 pontos percentuais para mais ou para menos.

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Um dos pilares do governo de  Eduardo Campos foi a implantação do Programa Pacto pela vida. Lançada em 2007, a primeira política de segurança pública de Pernambuco perdeu na última quarta-feira (13) um dos seus idealizadores. Eduardo Campos não hesitava em demonstrar o orgulho que tinha do Programa. Mas não era para menos, pois o Pacto foi reconhecido internacionalmente. A organização das Nações Unidas (ONU) concedeu, em 2013, ao Governo de Pernambuco, um prêmio na categoria ‘Melhoria na Entrega de Serviços Públicos’  do United Nations Public Services Forum Day and Awards, que premia boas práticas administrativas desenvolvidas em todo o Mundo. Ao receber o prêmio, em Brasília, Campos declarou a seguinte frase:  “Este título é muito importante para todos nós pernambucanos, que construímos juntos o Pacto Pela Vida. Além de ser um reconhecimento pelo sucesso na redução da violência, é também uma demonstração da nossa capacidade de inovar, dialogar e unir forças”.

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Como então candidato à Presidência do Brasil, Eduardo Campos pretendia implantar um sistema nacional de segurança, o qual seguiria o mesmo mote do Pacto. Mas o socialista não teve tempo hábil para levar sua proposta adiante. Porém, na véspera da sua morte, em entrevista a um veículo de comunicação, Campos foi conciso em dizer que o Brasil necessita de uma política de segurança efetiva, assim como Pernambuco conquistou a sua, em função do Programa.  

Após a criação do Pacto pela Vida, Pernambuco conseguiu diminuir os índices de violência. De acordo com o secretário de Planejamento e Gestão do Estado e presidente do comitê gestor do Pacto Pela Vida, Fred Amancio, o engajamento de Eduardo Campos foi fundamental para a conquista dos resultados. “ O ex-governador Eduardo Campos tomou a área da segurança pública como uma prioridade nas duas gestões que comandou. Foi com muita determinação e planejamento que conseguimos, ano a ano, diminuir os índices de homicídios que eram alarmantes em Pernambuco. No início do Pacto pela Vida, em 2007, Pernambuco e Recife ocupavam a segunda posição no ranking dos lugares considerados mais violentos, segundo dados do DATASUS. Nas duas gestões de Eduardo Campos, as ações do Pacto Pela Vida conseguiram reduzir em 30% a taxa de homicídios no Estado e em 42,6% os homicídios na Capital”, afirmou. 

Além do título concedido pela ONU, o programa foi reconhecido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com o prêmio ‘Governarte : a Arte do Bom Governo’. O secretário de Defesa Social de Pernambuco, Alessandro Carvalho, considera o Pacto pela Vida uma revolução na segurança pública. O Programa , que era o menino dos olhos da administração de Campos,  vai continuar buscando os melhores resultados e honrar os anseios do ex-governador do Estado. “A importância do governador Eduardo Campos foi vital, pois com sua presença marcante, foi o grande timoneiro de todo o processo, que derrubou os números da violência ano a ano. Sua partida prematura, de forma brutal e inesperada, no entanto, nos fortalece ainda mais para tocar o barco em frente, como já vem fazendo o governador João Lyra Neto e sua equipe", destacou Carvalho.

O Pacto pela Vida virou lei e, mesmo sem o seu ‘pai’, terá continuidade. O governador João Lyra Neto, que assumiu a gestão de Pernambuco desde que Eduardo Campos abriu mão do cargo para participar da disputa presidencial, deu prosseguimento aos trabalhos. Segundo o secretário de Planejamento, independente de quem será o administrador do Estado, a política de segurança pública continuará galgando os melhores resultados. “Um conjunto de medidas foi desenvolvido e oficializado em lei, a fim de garantir a continuidade do programa independentemente de gestões posteriores. Todos que fazem o Pacto Pela Vida estão firmes no propósito de continuar determinados no trabalho iniciado por Eduardo Campos, que deixou como importante legado a garantia da continuidade de um dos programas de segurança pública mais eficientes do país”, concluiu Fred Amancio.

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