O Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), banca organizadora do concurso público da Polícia Militar de Alagoas (PMAL) para soldados e oficiais, oficializou a suspensão do certame. Anteriormente, o secretário de planejamento do Estado, Fabrício Marques, já havia anunciado a suspensão após denúncias de fraude nas provas.
O concurso da PM-AL, que teve seu resultado divulgado na última sexta-feira (10), viu sua prova objetiva virar alvo de investigações. Segundo a Polícia Civil, 150 candidatos teriam comprado o gabarito da prova. As suspeitas surgiram após a polícia apreender um homem que já tinha sete passagens pela polícia, não possuía ensino médio (requisito para participar do concurso) e apresentou na prova 80 questões respondidas corretamente e 20 em branco igual a outros 150 candidatos.
##RECOMENDA##Em nota, a Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) havia informado que já estava apurando informações repassadas sobre o esquema de fraude no certame, e que caso houvesse comprovação das denúncias, medidas administrativas e judiciais seriam aplicadas.
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O Cebraspe oficializou, por meio de comunicado, a suspensão. A medida foi tomada para cooperar com os procedimentos de investigação. Ainda no informativo, a banca explica que caso seja constatado que foram utilizados métodos ilícitos durante as provas, estas serão anuladas e o concurso eliminado. O centro ainda informa que está em contato com a Policia Civil do Estado e que irá contribuir com todas as informações necessárias para esclarecer os fatos.
O concurso da PM-AL ofertou 1.600 vagas, sendo 1.000 para soldado (ensino médio) e 60 para aspirantes a oficial (ensino superior). A prova, que foi aplicada no dia 15 de agosto, teve questões de conhecimento básico (informática, português, matemática e inglês, para o cargo de oficial) e conhecimentos específicos do cargo designado. A realização foi feita nos estados de Alagoas, Pernambuco e Sergipe, mobilizando 67 mil inscritos.