A Frente Parlamentar Mista de Combate à Corrupção, inaugurada nesta terça-feira (12) na Câmara dos Deputados, teve como um dos pontos de interesse os discursos de seus membros principais, que compõem a mesa diretora. O presidente da frente, deputado federal Coronel Meira (PL-PE), teve a companhia na mesa de abertura do primeiro vice-presidente, deputado federal Delegado Ramagem (PL-RJ), a segunda vice-presidente, deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), o coordenador geral, senador General Girão (PL-RN), e a coordenadora jurídica, deputada federal Bia Kicis (PL-DF).
Com bottons confeccionados com uma estrela vermelha riscada na lapela, parlamentares fizeram apontamentos, de forma contraditória, que a corrupção é uma característica inerentemente humana e que ao mesmo tempo o brasileiro é honesto em sua essência. Sem mencionar o nome do presidente Lula (PT), membros da Frente criticaram a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli de anular as investigações da extinta operação Lava Jato e dizer que a condenação do atual Chefe do Executivo foi um "erro histórico".
##RECOMENDA##Durante suas falas, o deputado federal Coronel Meira fez uso de argumentos questionáveis ao mencionar o Foro de São Paulo, instituição política fundada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), que reúne partidos de esquerda de diferentes países da América Latina. “É nossa missão pesquisar essas relações e diálogos cabulosos, para criarmos mecanismos que protejam a soberania e a sociedade brasileira. É preciso, portanto, utilizando mecanismos transparentes, constitucionais e democráticos, que enfrentemos o projeto totalitário de poder, que eu não tenho dúvida nenhuma, nasceram no Foro de São Paulo”, declarou.
O parlamentar ainda citou o filósofo irlandês Edmund Burke, conhecido como o pai do conservadorismo, que fez duras críticas à Revolução Francesa. Nas palavras do coronel, o momento vivido na França no século XVIII foi um “marco de ignorância e brutalidade”.
O deputado concluiu que o Brasil deve se espelhar em países que são exemplos no combate à corrupção, como é o caso de Cingapura, no sudeste asiático. O país reverteu os índices de corrupção com medidas consideradas socialistas, como a criação de estatais, reforma educacional e aumento de salário da classe trabalhadora. As leis vigentes, no entanto, são consideradas duras em comparação a outros países, como é o caso da pena de morte, sentença considerada no Brasil inconstitucional, segundo a Constituição Federal de 1988.
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