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Um juiz peruano abriu nesta terça, 2, um julgamento contra o ex-ditador Alberto Fujimori e outras ex-autoridades. Eles são acusados de "esterilizações forçadas" de milhares de mulheres pobres, entre elas indígenas, entre 1996 e 2000. "Fujimori e outros cinco réus causaram muitos danos com sua política", disse o promotor Pablo Espinoza, ao apresentar as acusações, em uma audiência virtual que contou com um tradutor para o idioma quíchua, pois muitas das vítimas não falam espanhol.

Estima-se que 270 mil peruanas pobres tenham sido submetidas a cirurgias de laqueadura como parte do Programa Nacional de Saúde Reprodutiva e Planejamento Familiar, que Fujimori realizou em seus últimos quatro anos no poder. O ex-ditador, atualmente com 82 anos e cumprindo uma pena de 25 anos de prisão por violação dos direitos humanos, governou o Peru entre 1990 e 2000.

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O promotor afirmou ontem que os acusados "jogaram com a vida e a saúde reprodutiva das pessoas, sem se importar com os danos" causados. Entre os réus estão os ex-ministros da Saúde Alejandro Aguinaga (atual candidato ao Congresso), Eduardo Yong Motta e Marino Costa Bauer.

No processo, dirigido pelo juiz Rafael Martínez Vargas, Fujimori e seus colaboradores são acusados de ter "cometido danos à vida e à saúde", além de "violações graves dos direitos humanos" contra mulheres esterilizadas cirurgicamente.

A maioria das vítimas era indígena, entre elas uma jovem de 19 anos que relatou que, quando foi vacinar seu bebê no consultório médico, em 1997, fizeram um procedimento para ligar suas trompas.

Além das eventuais condenações dos acusados, as vítimas poderão ser indenizadas pelo Estado, em razão de uma reforma do plano de reparações para as vítimas do conflito armado interno que o Peru viveu entre 1980 e 2000. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ganhador do prêmio Nobel de Literatura, Mario Vargas Llosa, e outros 238 escritores do Peru assinaram uma carta denunciando o perdão concedido ao ex-presidente Alberto Fujimori, afirmando que ele cobre a nação de "infâmia e vergonha".

A carta foi divulgada neste sábado em resposta ao perdão natalino concedido pelo presidente Pedro Pablo Kuczynski ao ex-presidente, que foi preso pela morte de 25 peruanos após dez anos no comando do país.

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O documento afirma que o perdão não foi um ato de compaixão, "mas o cálculo político mais cínico e cru". Apoiadores de Fujimori ajudaram, na semana passada, o presidente Kuczynski a evitar um impeachment no Congresso.

Fujimori derrotou Vargas Llosa em 1990 e chegou à presidência. Dois anos depois, ele dissolveu o Congresso. Ele fugiu do país em 2000. Fonte: Associated Press.

O escritor peruano Mario Vargas Llosa pediu nesta segunda-feira (11) a seus compatriotas que superem a "cegueira" e não cometam o "grande erro" de eleger Keiko Fujimori presidente do Peru.

"Minha esperança é que a cegueira desapareça, ao menos em parte, e que os peruanos não cometam o grande erro de eleger Keiko Fujimori", disse Vargas Llosa durante uma conversa na Biblioteca do Congresso americano, em Washington.

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As consequências de um governo de Fujimori, que venceu as eleições presidenciais deste domingo mas deverá disputar o segundo turno, "politicamente, socialmente e economicamente seriam desastrosas", advertiu Vargas Llosa, prêmio Nobel de Literatura em 2010.

O escritor disse que espera que o ex-ministro Pedro Pablo Kuczynski vença o segundo turno, previsto para o dia 5 de junho.

Vargas Llosa recebeu o prêmio Living Legend, que a Biblioteca do Congresso entrega a personalidades das artes, indústria e política dos EUA, mas também a figuras estrangeiras, como o antropólogo mexicano Miguel León Portillas.

O escritor reafirmou que um governo de Fujimori, filha do ex-presidente e hoje detento Alberto Fujimori, seria uma "catástrofe" que dividiria o país.

"A ditadura seria legitimada pelo eleitorado peruano", avaliou Vargas Llosa.

Após a apuração de quase 90% dos votos, Fujimori, do partido Força Popular, lidera com 39,48%, contra 21,38% para Pedro Pablo Kuczynski (78), de centro direita.

Em 1990, o então desconhecido Alberto Fujimori derrotou Vargas Llosa nas eleições presidenciais.

O ex-presidente peruano Alberto Fujimori enfrenta novo julgamento por corrupção. Ele é acusado de desviar dinheiro das forças armadas para comprar o apoio da imprensa local. O julgamento, que não conta com júri popular, foi iniciado nesta quinta-feira, mas já entrou em recesso devido à fragilidade de saúde do réu. A próxima audiência foi marcada para o dia 28.

Os promotores acusam Fujimori de desviar 122 milhões de sóis (equivalente a US$ 44 milhões) para pagar tabloides peruanos com o intuito de enfraquecer seus oponentes e reforçar sua controversa reeleição em 2000.

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Naquele ano, Fujimori foi eleito para o terceiro mandato em uma eleição considerada injusta por observadores internacionais. Seu governo entrou em colapso alguns meses depois de ter vindo à tona um vídeo mostrando um assessor do presidente distribuindo pilhas de dinheiro para donos de jornal, deputados e juízes a fim de comprar apoio ao governo.

Fujimori cumpre atualmente pena de 25 anos por crimes contra a humanidade cometidos durante seu governo, incluindo a autorização de execuções extrajudiciais promovidas por grupos paramilitares. Em 2012 ele pediu perdão humanitário alegando problemas de saúde. O pedido foi negado no início de 2013 pelo presidente Ollanta Humala depois que um comitê médico constatou que sua doença não é terminal. Fonte: Associated Press.

O governo do Peru declarou nesta sexta-feira que descarta a possibilidade de conceder perdão humanitário ao ex-presidente Alberto Fujimori. Em 2009, um tribunal condenou Fujimori a 25 anos de prisão por sua participação em atos de violação dos direitos humanos relacionados a atividades de um esquadrão da morte.

Os tribunais também o declararam culpado por uma série de outras acusações, dentre elas fraude, o que resultou em novas sentenças de prisão. Fujimori, que tem 74 anos e sofre de câncer na boca, entrou com pedido de perdão, mas uma comissão do governo fez recomendações contrárias a qualquer tipo de ação neste sentido.

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"Há uma série de fatores que não permitem que o presidente Ollanta Humala conceda o perdão humanitário. O presidente decidiu não exercer seu poder de concessão de perdão humanitário", declarou o ministro da Justiça, Daniel Figallo, em coletivas de imprensa.

Fujimori era um acadêmico pouco conhecido quando chegou ao poder em 1990. Em 2000, quando seu governo começou a ruir, ele pediu asilo no Japão. Posteriormente, seguiu para o Chile, de onde foi extraditado para o Peru. Fonte: Dow Jones Newswires.

Uma pesquisa de opinião feita na capital do Peru, Lima, e na região de Callao, mostra que 70,1% da população do país quer que o atual presidente, Ollanta Humala, perdoe o ex-presidente Alberto Fujimori, que serve uma pena de 25 anos de prisão por diversos crimes, incluindo violações de direitos humanos.

O instituto CPI entrevistou 500 pessoas no início deste mês. Fujimori, de 74 anos, sofre de câncer e sua família deve pedir um perdão humanitário nesta semana. As informações são da Dow Jones.

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