Tópicos | fundos de ações

Os fundos de ações se mantiveram como destaque de valorização em agosto, diante da forte alta do Ibovespa no período, de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima), nesta segunda-feira, 08. Os fundos com maior rentabilidade foram os do tipo Ações Ibovespa Indexado (9,65%), Ações IBrX Ativo (9,10%) e Ações Setoriais (8,95%), o último impulsionado por Petrobras e setor de energia.

Já no acumulado do ano, segundo a Anbima, as modalidades Ações Ibovespa Indexado e Ações Setoriais apresentaram rentabilidade de 17,34% e 17,19%, respectivamente.

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Entre as demais categorias, os fundos de Renda Fixa Índices valorizaram 2,61%, acumulando rentabilidade de 11,19%, no ano. Na categoria Multimercados, os fundos Estratégia Específica têm valorização de 2,25% no mês, acumulando alta de 10,68%, no ano.

Por outro lado, ainda segundo a Anbima, as categorias Ações, Renda Fixa e Multimercados registraram resgate líquido no mês. Os fundos de ações tiveram resgates líquidos de R$ 1,4 bilhão em agosto, os de renda fixa saída de R$ 1,1 bilhão e os multimercados resgates líquidos de R$ 100 milhões, ainda em relação ao mês passado. No outro sentido, o fundo referenciado DI foi líder na captação líquida, refletindo a Selic em dois dígitos, e teve entrada líquida de R$ 16,6 bilhões.

A indústria de fundos apresentou em agosto captação líquida de R$ 12,1 bilhões. No acumulado dos oito primeiros meses do mês passado a diferença entre entrada e saída de recursos foi de R$ 23,7 bilhões.

Se de um lado a participação do investidor estrangeiro em ofertas públicas iniciais (IPOs, na sigla em inglês) tem diminuído em relação aos anos de 2006 e 2007, a fatia destinada ao investidor local vem ganhando relevância. Uma das molas propulsoras do investidor doméstico são os fundos de renda variável, que cresceram e têm ganhado espaço nas gestoras de recursos.

"A participação do investidor brasileiro tem sido mais relevante. Estamos chegando a quase dez fundos que têm R$ 3 bilhões ou mais para investir em bolsa de valores. Isso é uma coisa nova em relação há sete anos", destacou Marcelo Kayath, responsável pela área de mercado de capitais do Credit Suisse.

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O sócio da Mesa Corporate, Renato Chaves, destaca que o Brasil tem, neste momento, oportunidade de compra, o que pode atrair os investidores. Chaves destaca também que o fato de o maior IPO do mundo em 2013 ter sido realizado no Brasil também atrai os olhares dos investidores.

A oferta primária e secundária da BB Seguridade, braço de seguros do Banco do Brasil, levantou R$ 11,47 bilhões. Trata-se a maior abertura de capital desde 2009, ano em que o banco espanhol Santander levantou R$ 14 bilhões.

A expectativa, segundo Kayath, é de que, neste ano, os investidores buscarão papéis de companhias privadas bem administradas e que sofram pouca interferência do governo. No radar está a oferta subsequente (follow on) da Fras-le, fabricante de autopeças do grupo Randon, que pretende adquirir empresas no Brasil e no exterior com o capital que levantará.

Para Flávia Turci, diretora da Turci Advogados, a situação da economia brasileira, diante de perspectivas de baixo crescimento, pode tirar o "olhar de sedução" dos investidores em relação ao País. "Há uma migração do capital de brasileiros para o exterior. Falta rentabilidade nos investimentos locais." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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