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Os dados que fazem parte de ampla pesquisa realizada pelo Insper, em parceria com o Itaú Educação e Trabalho e Instituto Unibanco revela que a cada R$1 investido na Educação Profissional e Tecnológica de Nível Médio (EPTNM), o egresso da formação profissional tem um retorno na própria remuneração superior a R$3, mostrando que a educação técnica está entre os investimentos públicos mais rentáveis no país. 

O estudo estimou os impactos da Educação Profissional e Tecnológica de Nível Médio (EPTNM) na empregabilidade e rentabilidade dos egressos dessa modalidade de ensino.

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No total, foram analisadas 76 estimativas do impacto da educação técnica, presentes em 16 estudos criteriosamente selecionados, corroborando a relevância da formação técnica de nível médio para a inserção no mercado de trabalho e a ampliação dos rendimentos dos trabalhadores.


Outro ponto a se destacar é o que mostra que os egressos da EPTNM têm 5,5% mais chances de estarem no mercado de trabalho formal em comparação com os trabalhadores sem formação. Já as chances de emprego formal para egressos da formação técnica de nível médio são 6,2% maiores quando comparados com os que não concluíram o ensino superior.


“Os profissionais egressos da EPTNM recebem remuneração até 12% maior em comparação com aqueles que concluíram somente o ensino médio. O que deveria ser aperfeiçoado é a complementaridade curricular. O curso técnico precisa ser valorizado e melhor aproveitado pela educação superior”, comenta o professor Ricardo Paes de Barros.


Por fim, os dados do estudo revelam que a conclusão de cursos técnicos não apenas aprimora as habilidades individuais, mas também reduz significativamente as chances de os egressos atuarem no segmento informal da economia. 

A análise foi realizada pelo Insper, com o apoio do Instituto Unibanco e do Itaú Educação e Trabalho e é parte do livro “Impacto da educação técnica sobre a empregabilidade e a remuneração”, que será lançado dia 29/11 às 18h.

Nesta segunda-feira (31) é comemorado o Dia Mundial da Poupança. Tido como um refúgio conservador aos que não conseguem economizar quando estão próximos do dinheiro, esse produto financeiro não favorece os objetivos de quem pretende multiplicar o recurso aplicado e aumentar a renda. 

A poupança nem sequer pode ser considerada um investimento, já que sua rentabilidade é muito baixa e não consegue repor a inflação. Se trata de um local seguro do ponto de vista da volatilidade do mercado em que as pessoas depositam o dinheiro para ter uma reserva de emergência. Nesse sentido, quanto maior o grau de segurança, menor a rentabilidade, explica o economista e consultor Tiago Monteiro. 

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"Se a gente tá utilizando em um curtíssimo prazo e tem um alto grau de segurança, a rentabilidade desse produto é baixíssima. É tanto que, salvo os últimos dois meses, ela teve uma rentabilidade acima da inflação, mas nos últimos 24 meses, a rentabilidade dela era negativa, ou seja, descontada a inflação, ela rendia menos dinheiro", esclareceu. 

Os brasileiros culturalmente usam a poupança para deixar o dinheiro parado, mas com fácil acesso. Porém, outros produtos mais agressivos conseguem manter um grau considerável de segurança e podem proporcionar um retorno mais interessante, como o caso do Tesouro Direto, de títulos de renda fixa como o Certificados de Depósito Bancário (CDB) ou de Certificados de Depósito Interbancário (CDI). "Tua remuneração vai ser mais interessante e vai ter uma segurança também", resumiu Monteiro. 

O economista recomenda que, independente de como o dinheiro seja aplicado, é importante identificar seu perfil e priorizar a saúde financeira no que diz respeito ao uso de cartões de crédito, por exemplo. "O aconselhável é [separar] pelo menos 20% a 40% do que ganha, dividido entre uma reserva de emergência e um investimento financeiro, como bolsa de valores, fundo de investimento imobiliários, criptoativos, com característica mais volátil."

O direito é uma carreira que pode oferecer diversas possibilidades de atuação com altos retornos financeiros, principalmente diante dos avanços digitais e da ampliação das formas de informação e de comunicação. Qual será, então, a área com maior remuneração para os advogados? 

No ramo do direito tradicional, uma das áreas de maior rentabilidade é a do direito tributário, que lida com tributos que geram receitas para o Estado. É o que diz a Professora de direito, Anna Priscylla. 

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“Direito tributário é uma área que propicia muito dinheiro, porque temos muitas teses em direito tributário, e além de tudo, nós temos 1,2 milhão advogados no Brasil e apenas 8% desses são tributaristas. Ou seja, é um nicho de mercado muito aberto”, explica. 

A professora conta, ainda, que o estudante que quer seguir carreira como tributarista deve fazer um planejamento de ingresso ainda na faculdade, já que a rentabilidade financeira vem a longo prazo. Um advogado tributarista ganha em média R$ 4,7 mil, segundo pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – Fipe, em 2018.  

Outro seguimento do direito muito cobiçado e que possui um alto salário é o direito aduaneiro, que trata das operações de comércio exterior (importação e exportação). “São operações de alta rentabilidade econômica, de alto impacto e de alta relevância, mas você também tem que planejar sua carreira desde o início da faculdade pra conseguir analisar e entrar no mercado” esclarece a Anna Prscylla.  

A estudante Laís Marina está no 7º período do curso de direito. Ela pontua que direito empresarial e o direito penal são outros dois setores que geram retorno para o profissional. De acordo com a Fipe, um salário de um advogado empresarial pode chegar a R$ 8 mil, a depender do tamanho da empresa. Enquanto o advogado penal pode ganhar até R$ 5 mil. Todos os dados salariais foram levantados pela Fipe entre janeiro e julho de 2018.  

Apesar do retorno, a estudante pensa em trabalhar na área civil ou de direitos do consumidor. “Civil porque a cadeira que mais me identifico e que me ajuda a resolver os problemas de família. Já o direito consumidor é onde eu tenho mais experiência e que acho que é necessária”, conta Laís que estagia no Procon desde o 6º período.   

Direito das novas tecnologias 

Embora não seja uma disciplina específica, o direito aplicado as novas tecnologias está cada vez mais forte, principalmente aliado ao empreendedorismo. Confundido com o direito empresarial, o direito das startups usa de ferramentas tradicionais para amparar legalmente empreendimentos inovadores. 

Foi visando acompanhar o desenvolvimento dessa nova tecnologia que a OAB Pernambuco criou, em abril deste ano, a Comissão de Direito de Startups, que tem como presidente o advogado Ticiano Gadêlha.  

De acordo com Ticiano, o advogado de uma startup age para otimizar os processos burocráticos pelos quais toda empresa precisa passar. “A comissão existe pra fazer um elo entre as startups e as ações jurídicas. As startups são submetidas as mesmas leis que uma empresa normal. O que muda é o rítimo que no caso das startups, é muito mais rápido”, explica. 

Como o mercado das startups está em crescimento, o retorno financeiro é um desafio. Entretanto, Ticiano destaca que o seguimento tem um grande futuro. “A rentabilidade é excelente. A demanda tem crescido bastante, mas é desafiador, pois estamos falando de um setor em experimentação e que muitas vezes a empresa não tem recursos financeiros. Mas, paro futuro, o mercado tende a se expandir, porque cada vez mais surgem novas empresas que são inovadoras", afirma.

 

Uma análise realizada e divulgada este ano pela empresa de consultoria Gallup constatou que o alto engajamento de funcionários leva a um aumento de cerca de 20% na rentabilidade das empresas. O motivo, de acordo com a pesquisa, é que colaboradores motivados apresentam desempenho 147% melhor em relação às companhias que não promovem ações para motivar os funcionários, fazendo com que os clientes se sintam satisfeitos com o atendimento, gerando um crescimento no volume de vendas.

Segundo o CEO da empresa Viva! Experiências, Andre Susskind, o ideal para motivar os funcionários é oferecer prêmios que realmente agradem os diferentes perfis de colaboradores. “A gente oferece desde uma sessão de cinema, até uma viagem para assistir a Copa de 2018 na Rússia”, explicou André.

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Ele também acrescenta que mesmo em momentos de crise, oferecer dinheiro como prêmio de motivação não é eficaz, pois “a hora do reconhecimento é o momento de sair do lugar comum”. “A empresa precisa celebrar e reconhecer a meta alcançada e nesse caso, propomos sempre que se ofereça uma experiência, que depois de vivida, se torna uma boa lembrança”, completou, conforme informações da assessoria de imprensa.   

O Grupo Ser Educacional S.A. anuncia os resultados do primeiro trimestre de 2016 (1T16). A receita líquida atingiu R$ 285,1 milhões, um aumento de 5,8% em relação ao 1T15 em virtude do aumento da base de alunos, impulsionado pela consolidação das aquisições recentes e por um melhor mix de cursos, principalmente por conta das recentes aprovações de cursos de maior ticket médio proveniente do aumento da participação dos cursos das áreas de saúde, engenharia e licenciatura.

O resultado trimestral foi recorde, o EBTIDA ajustado alcançou R$113,1 milhões no 1T16, aumento de 8,1% em comparação ao mesmo período de 2015. A margem EBITDA ajustada atingiu 39,7%, em comparação a 38,8% no 1T15.

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No 1T16, o Ser Educacional registrou lucro líquido de R$ 85,9 milhões, resultado 3,7% superior ao lucro líquido do primeiro trimestre de 2015 (quando atingiu R$ 82,8 milhões), em virtude da boa captação alcançada pela companhia no 1T16 bem como das ações de melhoria da eficiência operacional implementadas pelo Grupo, que geraram reduções de 11,6% nos custos e de 15,8% nas despesas, quando comparados o 1T16 contra o 4T15.

Ao final do primeiro trimestre de 2016, foram matriculados 37,3 mil novos alunos de graduação presencial, um aumento de 4,3% quando comparado à captação ajustada realizada pela companhia até 31 de março de 2015 (excluindo da captação 8,3 mil alunos que não tiveram acesso ao FIES e deixaram suas instituições).

O contas a receber de mensalidade de alunos manteve-se sob controle e atingiu R$73,3 milhões no trimestre, registrando um aumento de 4,8% em relação ao 4T15, abaixo do crescimento da receita liquida de 14,7%, na comparação com o mesmo período.

SOBRE O GRUPO SER EDUCACIONAL

Fundado em 2003 e com sede no Recife, o Grupo Ser Educacional (BM&FBOVESPA SEER3, Bloomberg SEER3:BZ e Reuters SEER3.SA) é um dos maiores grupos privados de educação do Brasil e líder nas regiões Nordeste e Norte em alunos matriculados. A Companhia oferece cursos de graduação, pós-graduação, técnicos e ensino a distância e está presente em 12 estados, em uma base consolidada de mais de 151 mil alunos. A Companhia opera sob as marcas Faculdades Maurício de Nassau, UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau, Faculdades Joaquim Nabuco, Escolas Técnicas Joaquim Nabuco e Maurício de Nassau, FIT – Faculdades Integradas dos Tapajós, UNG (Universidade Guarulhos) e UNAMA (Universidade da Amazônia), por meio das quais oferece mais de 915 cursos.

Com informações da assessoria

Os fundos de ações se mantiveram como destaque de valorização em agosto, diante da forte alta do Ibovespa no período, de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima), nesta segunda-feira, 08. Os fundos com maior rentabilidade foram os do tipo Ações Ibovespa Indexado (9,65%), Ações IBrX Ativo (9,10%) e Ações Setoriais (8,95%), o último impulsionado por Petrobras e setor de energia.

Já no acumulado do ano, segundo a Anbima, as modalidades Ações Ibovespa Indexado e Ações Setoriais apresentaram rentabilidade de 17,34% e 17,19%, respectivamente.

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Entre as demais categorias, os fundos de Renda Fixa Índices valorizaram 2,61%, acumulando rentabilidade de 11,19%, no ano. Na categoria Multimercados, os fundos Estratégia Específica têm valorização de 2,25% no mês, acumulando alta de 10,68%, no ano.

Por outro lado, ainda segundo a Anbima, as categorias Ações, Renda Fixa e Multimercados registraram resgate líquido no mês. Os fundos de ações tiveram resgates líquidos de R$ 1,4 bilhão em agosto, os de renda fixa saída de R$ 1,1 bilhão e os multimercados resgates líquidos de R$ 100 milhões, ainda em relação ao mês passado. No outro sentido, o fundo referenciado DI foi líder na captação líquida, refletindo a Selic em dois dígitos, e teve entrada líquida de R$ 16,6 bilhões.

A indústria de fundos apresentou em agosto captação líquida de R$ 12,1 bilhões. No acumulado dos oito primeiros meses do mês passado a diferença entre entrada e saída de recursos foi de R$ 23,7 bilhões.

A Ambev é a empresa brasileira com maior rentabilidade sobre o patrimônio (ROE) entre as companhias de capital aberto com valor de mercado acima de US$ 100 bilhões em levantamento feito pela consultoria Economática no universo de Estados Unidos e América Latina. A fabricante de bebidas tem ROE de 29%, o que a coloca em terceiro lugar nesse ranking, atrás das americanas IBM, com 78,65%, e Home Depot com 33,76%.

A Economatica também fez um estudo sobre as empresas com os maiores lucros em 2013 nessas regiões, e novamente Ambev é a única brasileira nas 35 primeiras colocações, situando-se na 32ª posição. As primeiras posições são de Apple, Exxon Mobil e Verizon.

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Era 27 de outubro de 2008 e a bolsa brasileira chegava ao fundo do poço, perdendo 60% de seu valor em menos de seis meses, envolta naquela que foi considerada uma das piores crises econômicas mundiais. Passados pouco mais de cinco anos, quem entrou na bolsa naquele dia tem hoje 63,6% mais reais no bolso. Parece bom? Pois é menos do que rendeu, no mesmo período, o CDI - a taxa do Certificado de Depósito Interbancário e que reflete o juro básico da economia brasileira.

Neste ano, a bolsa já caiu 6,5%, acumulando-se as perdas de mais de 15% em 2013. Em dólar, as perdas superam 10% em 2014. Neste mês, está subindo pouco mais de 1%. Mas nesses dias de fevereiro a bolsa ou sobe ou desce no embalo da divulgação de lucros das empresas listadas. Pois é de olho nesse lucro que estrategistas de importantes instituições financeiras internacionais como Credit Suisse, Citibank e Franklin Templeton afirmam: "A bolsa brasileira está barata".

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Mas é preciso ponderar que não significa que não pode ficar ainda mais barata. Não existe segredo no mercado financeiro, os investidores estão sempre atrás do lucro. Para dizer se a bolsa está ou não barata, pega-se o preço da ação e divide-se pelo lucro obtido no ano ou o que é esperado. O resultado dessa conta evidencia em quanto tempo o investidor teria seu dinheiro de volta só com base em pagamento de dividendos, que é a distribuição do lucro aos acionistas.

Na média histórica do índice Bovespa, o preço das ações é cerca de 11 vezes o lucro das empresas. Neste momento, esta conta é de 9,5 vezes. Por isso, os estrategistas afirmam que a bolsa está barata. Mas para se ter uma ideia, quando houve um pico de alta da bolsa em 2010, era de 13 vezes. Em 2008, no fundo do poço, chegou a registrar 7,5 vezes.

O histórico mostra, portanto, que mesmo barata a bolsa ainda pode cair mais a depender das expectativas que podem ser afetadas por um rebaixamento da nota de risco do Brasil, ou por uma produção industrial que caia mais uma vez, ou um racionamento de energia, ou uma queda muito forte do consumo e mesmo que a crise dos países emergentes ganhe novos contornos. "Estou apostando que a bolsa vai a 40 mil pontos, pressionado pelos estrangeiros, que vão voltar depois das eleições quando a bolsa estiver uma pechincha", diz um corretor de ações com 30 anos de mercado mas que não quis se identificar.

O estrategista do Citibank, Fernando Siqueira, diz, entretanto, que não se pode comparar o momento atual com a crise de 2008. "Naquele período, em poucos meses a bolsa saiu de 70 mil pontos para menos de 30 mil. Agora, estamos falando de alguns anos de desempenho fraco, não de uma queda brusca", diz Siqueira.

Segundo Frederico Sampaio, da Franklin Templeton, naquele período de 2008 os lucros das empresas foram revisados para baixo. Agora, os preços estão caindo mas não há, por enquanto, revisão generalizada do lucro das empresas.

Mas algumas empresas como Petrobras estão piores do que estavam em 2008 como lembra o sócio e responsável pela gestora de recursos do banco Brasil Plural, Carlos Eduardo Rocha. A Petrobrás está mais endividada e suas cotações já chegaram a ficar abaixo de 2008 neste ano. O índice também foi afetado pela OGX, do empresário Eike Batista. Mas as duas companhias não influenciam mais o índice Bovespa. A primeira porque teve seu peso reduzido, e a segunda, porque foi excluída.

Nestes cinco anos, segundo cálculos da consultoria Quantum, o ganho real do investidor em bolsa foi de 22%. A Petrobras teve uma queda, já descontada a inflação, de 24%. A estatal não reflete, no entanto, a expectativa para outras empresas. O estrategista do Credit Suisse Andrew Campbell ressalta o setor financeiro, algumas empresas como AmBev e Brasil Foods, e ainda companhias exportadoras que se beneficiam do dólar mais alto.

Os tapetes são iranianos, a livraria é charmosa, o restaurante é prestigiado, a chocolateria, aquele encanto, a rede de fast food, uma das maiores do País, e os bares, os mais frequentados. A loja de tapetes não abre mão de aceitar Amex. A livraria reduziu custo com a GetNet. O restaurante quer garantir o sinal na hora de passar o cartão. A chocolateria não paga pelo aluguel da máquina. A rede de fast food está sendo seduzida pelo maior concorrente. E os bares? Os bares, do mesmo dono, foram os únicos a ter exclusividade com a Cielo.

Este emaranhado retrata justamente o fogo cruzado em que está hoje a maior empresa de captura de pagamentos com cartões de crédito e débito, com mais de 50% do mercado, e que tem registrado por ano lucro líquido de R$ 2 bilhões. Em 2013, entretanto, a Cielo começou a se ressentir da concorrência e a registrar queda na rentabilidade. Até o final do ano, a expectativa é de mais aperto. O principal embate é com a Redecard, que depois de um ano de ajustes começou forte ofensiva para recuperar mercado.

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Por trás desse ramo de nome difícil - adquirência - e muitas vezes confundido com o negócio das bandeiras dos cartões, estão os maiores bancos do país. E estão no setor não só porque as empresas de adquirência podem ser altamente lucrativas, mas porque geram um potencial de mercado de crédito lastreado em recebíveis (os recibos de pagamentos gerados todo mês e que tornam as operações de crédito menos arriscadas), que neste ano pode chegar a R$ 850 bilhões. Em 2012, os brasileiros passaram pelas maquininhas R$ 725 bilhões.

É esse mercado que os bancos querem ter acesso e não foi à toa que o Itaú dobrou sua aposta no ano passado ao pagar mais de R$ 10 bilhões para ser dono sozinho da Redecard, a principal concorrente da Cielo, que tem o Bradesco e o Banco do Brasil como sócios. E também não é à toa que o Santander está fazendo um movimento próximo à casa dos dez dígitos para comprar a GetNet, que já é sua parceira. Outros movimentos foram a decisão do Banco Pan, do BTG Pactual, de começar no negócio, o anúncio feito pelo Citibank de que vai retornar à adquirência com a Elavon e, no Sul do país, a iniciativa do Banrisul de também atua no setor.

Se, por um lado, as empresas estão tendo que abrir mão de sua lucratividade, por outro toda essa concorrência está chegando aos lojistas e representando redução de custos. Na semana passada, o dono do Filial, um tradicional bar da Vila Madalena, na zona oeste de São Paulo, abriu sua quarta casa, o Mundial. Foi a oportunidade de negociar preços e reduzir seus custos em 0,2% sobre o faturamento. Os bares que antes tinham maquininhas da Redecard e da Cielo vão operar agora só com esta última, e a máquina da Redecard servirá de back up. De acordo com um dos sócios dos bares, Arnaldo Altman, a exclusividade também foi fechada porque a Cielo ofereceu vantagens como a possibilidade de troco de até R$ 20 para os clientes que frequentam cada bar todas as noites e que eventualmente estão sem dinheiro para pagar o estacionamento ou o táxi.

Oferecer alguns benefícios, como esse dado ao dono do Filial, é uma das estratégias da Cielo para manter seus clientes. A empresa já se prepara para um novo baque em seus negócios: a regulamentação do setor que passou a ser supervisionado pelo Banco Central. A expectativa é de que a partir das regras a serem feitas pelo BC, a Cielo perca a exclusividade no recebimento dos cartões American Express. Muitas lojas ainda se mantém fiéis à Cielo por causa dessa exclusividade.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Frustrando expectativas do mercado e de setores do próprio governo, a Taxa Interna de Retorno (TIR) do Trem de Alta Velocidade (TAV) foi fixada em 7% ao ano, ante os 6,32% da versão anterior do edital de licitação.

Na quarta-feira, em conversa com a imprensa, o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, havia dito que o número ainda estava sendo calculado pelo Ministério da Fazenda, mas a lógica apontava para algo entre 8% e 8,5%. Esses eram também os números que circulavam no mercado.

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No entendimento de Figueiredo, o TAV deveria ter uma taxa de retorno elevada porque é um projeto que envolve mais riscos do que as rodovias, por exemplo. No entanto, as estradas que irão aos leilões de concessão apresentarão uma rentabilidade maior do que o trem-bala: 7,22%.

A decisão de fixar uma TIR modesta vai também na contramão da pressão do mercado. Empresas estão defendendo rentabilidades mais altas para as rodovias, que irão a leilão a partir de outubro, por entender que o cenário econômico mudou para pior e hoje embute riscos mais elevados.

Primeiro, por causa da perspectiva de elevação da taxa de juros nos Estados Unidos, que deve provocar migração de investimentos para lá e encarecer os financiamentos para mercados emergentes. Segundo, por causa das manifestações pelo País afora, que tornaram praticamente impossível promover reajustes tarifários, a ponto de o governo de São Paulo e o governo federal suspenderem os aumentos. A avaliação é que aumentou a insegurança jurídica das concessões.

O entendimento do governo federal, porém, é que esses fatores não afetarão as concessões em infraestrutura. Os técnicos consideram que os negócios são atraentes e, dado seu perfil de longo prazo, pouco afetados por turbulências como a atual.

Por isso, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, bateu o martelo numa TIR de 7%. Prevaleceu o entendimento de que os riscos para o operador não são muito elevados, porque serão compartilhados pelo governo federal. A parte mais complexa e arriscada, avaliaram os técnicos, está na construção da linha, que será objeto de uma segunda licitação.

Na primeira etapa do leilão do TAV, cujas propostas deverão ser entregues em agosto, será escolhido o operador do serviço. Espanhóis, italianos, franceses, japoneses e coreanos são os principais concorrentes dessa fase, que vai escolher o operador e a tecnologia a ser adotada para o trem-bala brasileiro. O resultado deve ser anunciado em 19 de setembro.

Demanda

Para o operador, explicaram os técnicos, o principal risco é o de demanda. Ou seja, a preocupação dele é se o trem vai ter ou não o número de passageiros estimado para calcular a tarifa. Porém, foram criados mecanismos para evitar perdas caso isso ocorra. Até um determinado nível de frustração, o prejuízo será dividido entre empresa e governo. Se a demanda for ainda menor que o esperado, a concessionária passa a ter descontos nos juros dos empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), como forma de compensação. Por tudo isso, o entendimento foi de que a TIR não tinha de ser tão elevada.

O operador escolhido nessa primeira etapa do leilão vai, junto com a EPL, definir detalhes do traçado da linha e o projeto de engenharia. Só então será contratada a construção. O modelo atual prevê que ela será feita também por concessão, na qual quem fizer a linha poderá explorar as estações e o entorno delas. Nesse caso, a TIR terá de ser elevada, pois o trajeto exigirá a construção de muitos túneis, por exemplo. Há, porém, a possibilidade de a linha ser construída como obra pública. Nesse caso, a licitação vai apenas contratar as construtoras.

Além da nova TIR, o governo estuda outras alterações no edital. Uma delas é a mudança do critério de escolha, que passará a ser apenas o valor da outorga. Anteriormente, contava também a economia que o operador faria na infraestrutura do serviço. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo vai aumentar a rentabilidade e mudar o critério de escolha do vencedor do leilão do Trem de Alta Velocidade (TAV), informou, na quinta-feira, 27, o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo. Com isso, a data de entrega das propostas dos interessados, que é 13 de agosto, deverá ser adiada em alguns dias. Porém, a intenção até o momento é manter o anúncio do resultado do leilão para 19 de setembro.

A Taxa Interna de Retorno (TIR), atualmente em 6,32%, vai aumentar, mas o número ainda está sendo definido pelo Ministério da Fazenda, segundo Figueiredo. No mercado, fala-se em algo na casa dos 8% a 8,5%. Com isso, o valor da outorga pelo direito de explorar o serviço, atualmente estimado em R$ 27,6 bilhões, vai cair algo como R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões.

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Além disso, o governo vai mudar o critério de escolha do vencedor do leilão. Atualmente, ganha quem oferecer maior outorga, combinada com a economia que o operador fará na instalação da infraestrutura para operar o serviço. Quanto maior a economia, maior a pontuação. A outorga responde por 70% da nota e a infraestrutura, por 30%.

Questionamento

Porém, o governo desistiu do segundo critério, de forma que agora só o maior valor de outorga definirá vencedor. A mudança ocorreu porque a economia em infraestrutura foi questionada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que queria garantias sobre a mensuração dos ganhos prometidos.

Figueiredo reconheceu que esse quesito tinha fragilidades. Poderia ocorrer, por exemplo, de uma empresa ganhar o leilão e depois a economia não se concretizar. Nesse caso, a segunda colocada poderia ver motivos para questionar o resultado do certame.

Canaletas

Nos bastidores, comenta-se que essa mudança poderá prejudicar os japoneses, que tinham como um diferencial de competição a construção de túneis menores. Isso porque eles utilizam uma só canaleta para que os passageiros deixem o trem no caso de ele parar, ao passo que os europeus utilizam duas. Figueiredo disse que essa desvantagem não necessariamente ocorrerá, pois o projeto envolve muitas outras variáveis.

O presidente da EPL acredita que a elevação da TIR atrairá mais investidores do exterior. Se hoje eles estão restritos aos países interessados em fornecer o serviço e a tecnologia, além de vender equipamentos, a rentabilidade mais elevada poderá despertar o interesse de investidores financeiros.

Construção

O governo estuda mudar também a segunda fase de licitação, que era a contratação da construção da linha e das estações. Atualmente, a ideia é fazer uma concessão, na qual o construtor terá o direito de explorar a parte não operacional das estações e o entorno. Agora, a ideia é contratar a construção como obra pública. Essa alteração, porém, ainda está em análise.

Licitação internacional

Pelo novo desenho, o governo se encarregaria de fazer a linha, que tem 511 km. Para isso, seria feita uma licitação internacional para a construção de aproximadamente 10 trechos. Figueiredo avalia que assim a obra andará mais rápido. Porém, serão necessárias precauções para garantir que as construtoras tenham fôlego para entregar a obra no prazo previsto, evitando assim a repetição do que ocorre, por exemplo, na norte-sul.

A exploração comercial das estações e do entorno delas seria feita a partir de concessões específicas. Estudo do BNDES indica que ela poderá gerar negócios entre R$ 5 bilhões em R$ 10 bilhões. Segundo Figueiredo, a EPL vai formar sociedades de propósito específico (SPEs) com as prefeituras das cidades onde haverá paradas do trem-bala. Essas SPEs, por sua vez, vão licitar as estações e seu entorno. O concessionário poderá explorar a parte não operacional das estações, além de construir nas áreas vizinhas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As pessoas que preferiram deixar o dinheiro na poupança em 2012 obtiveram retorno de apenas 0,6% no ano - o segundo menor ganho real, descontando a inflação medida pelo IPCA, em dez anos, segundo a Economatica.

A rentabilidade nominal do produto no ano passado, conforme as regras antigas (rendendo 0,5% ao mês - ou 6,17% ao ano, mais a variação da Taxa Referencial), foi de 6,47% - menor patamar nominal já atingido pela poupança nos últimos 46 anos, de acordo com a consultoria.

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O menor ganho real já registrado nos últimos dez anos foi no ano de 2004, quando o poupador teve 0,4% de rentabilidade, descontada a inflação. Já o melhor ano no período de referência foi 2006, quando o porcentual atingiu 5,10%.

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