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Nesta quinta (20), no Auditório Municipal Padre Vander Velden, em Pontezinha, Cabo, será lançado o DVD Mestres do Coco de Pernambuco que conta um pouco sobre mestres consagrados e novatos deste ritmo da cultura popular. O lançamento começa às 10h.

O DVD Mestres do Coco percorreu os quatro berços do coco pernambucano - Pontezinha, no Cabo de Santo Agostinho, Amaro Branco, em Olinda, Arcoverde e Sítio do Açude da Pedra, em Lagoa de Itaenga. O filme revela alguns mestres coquistas ainda desconhecidos do público e da mídia como os ipojucanos Inspetor e Manuel Pereira, Preto Limão, de Garanhuns (aos 95 anos de idade) e os novatos Fofo, de Pontezinhae, Natali Tomaz, do Coco do Mestre Goitá.

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As gravações foram feitas durante o ciclo junino de 2014 em Pernambuco em oito cidades pernambucanas. Participam do documentário 15 mestres de coco. Galo Preto (Recife), Patrimônio Vivo da Cultura Pernambucana, Zé de Teté (Limoeiro), com 45 anos de coco, e Ciço Gomes (Arcoverde) são alguns deles. O vídeo também mostra cenas inéditas da paisagem da reserva Fulni-ô, de Águas Belas. O projeto atingiu todas as regiões de Pernambuco, Mata Mata Norte (Lagoa de Itaenga), Metropolitana (Recife, Olinda, Cabo e Ipojuca), Agreste  (Limoeiro e Garanhuns) e o Sertão (Arcoverde).

O filme também será exibido em Olinda no dia 06 de dezembro, durante o festival Cena Brasil 2014 e no Recife no dia 26 de dezembro, às 19h, no Pátio de São Pedro, integrando o festival A Hora do Coco 2014. 

 

 

Serviço

Lançamento do DVD Mestres do Coco

Quinta (20) | 10h

Auditório Municipal Padre Vander Velden (Pontezinha - Cabo)

Gratuito

Tomás de Aquino Leão Cavalcanti, conhecido desde pequeno como Galo Preto, comemora em 2014 setenta anos fazendo improvisações (conhecidas no Nordeste como emboladas) sem nunca ter registrado em disco suas músicas. O cantor de coco nascido em um quilombo de Bom Conselho, interior de Pernambuco, tem algumas canções guardadas na memória - as outras, inventa na hora.

Inspirado pelas histórias que ouvia pequeno e pelo que viveu, Galo Preto tem na manga muitos causos, que devem conduzir o show que faz neste sábado (11), no Sesc Belenzinho. Do dia em que nasceu, conta: "Minha mãe estava no 'sono do parto', e eu fiquei num quarto com ela. Quando a parteira veio me procurar, eu tinha sumido. Pensaram que algum bicho tinha me comido, ficaram doidos. Foram meus irmãos que saíram comigo recém-nascido e me levaram pro gramado do lado de fora de casa, onde tinha uma cabra. Eles me deram de mamar pela primeira vez numa cabra!", conta, rindo.

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Há também episódios tristes. O pior deles foi quando sofreu "uma rasteira" e passou mais de dois anos preso sob acusação de chefiar um grupo de matadores, sem que houvesse provas contra ele. "Eu não entendo nada de justiça. Quando procurei o juiz, ele já tinha dado a sentença. Tive que aguardar júri, mas não havia nenhuma prova, nenhuma testemunha contra mim. Tanto que logo depois da primeira sessão, já fui liberado", diz. A prisão ocorreu, segundo ele, por conta de disputas políticas.

No período, compôs um samba para a sua primeira mulher, que o visitou todos os domingos no quartel em que foi preso, por ser reformado no exército: "Dia de visita, quando dá duas horas / Ela está no portão / Quando o sargento abre a cela eu vejo ela entrar de sacola na mão / Me alegra e me anima / Sua presença é tudo para mim / E agora eu pergunto a Deus desses sofrimentos meus / Quando vai chegar ao fim".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nesta quinta (28), o Curta Doze e Meia se despede da temática do mês de março - Identidades Afro - exibindo o média-metragem pernambucano Galo Preto – O Menestrel do Coco, às 12h30, no Auditório do Centro Cultural Correios.

O filme, dirigido por Wilson Freire, marca a história do último representante vivo e ativo da tradição do coco do Quilombo de Rainha Isabel e da tradição de sua família - o Mestre Galo Preto, de 75 anos, que ainda continua ativo e criativo. Após a apresentação haverá bate-papo com o público presente.  

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Serviço

Cineclube Curta Doze e Meia - Identidades Afro

Quinta (28), às 12h30

Auditório do Centro Cultural Correios (Av. Marquês de Olinda, 262 – Bairro do Recife)

Gratuito

 

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