Um caso de assassinato está chocando a Itália nesta semana. Uma mãe matou suas duas filhas pequenas na sua casa e depois tentou se suicidar em Gela, cidade na Sicília.
Giuseppa Savatta, de 41 anos, professora de uma escola pública da cidade, envenenou Maria Sofia, de 9 anos, e Gaia, de 7, forçando as meninas a beberem alvejante. A mulher depois tentou se suicidar também ingerindo o líquido e amarrando o chuveiro em volta do seu pescoço para se enforcar.
##RECOMENDA##Neste momento, o seu marido e pai das crianças, o engenheiro e professor italiano Vicenzo Trainito, de 48 anos, entrou na casa e impediu Giuseppa de se matar. A mulher ainda tentou pular da sacada do seu apartamento, mas também foi impedida pelo homem. As meninas já estavam mortas.
A mulher foi levada para a ala psiquiátrica do hospital Vittorio Emanuele, em Gela, onde se recupera da tentativa de suicídio. No entanto, um mandato de prisão por duplo homicídio doloso qualificado já foi expedido a ela pelo procurador da polícia local, Fernando Asaro. Além disso, os médicos que estão atendendo a mãe ainda deverão estabelecer se as meninas morreram por envenenamento causado pelo alvejante ou por enforcamento, já que os pescoços das duas têm marcas de uma pressão bem forte causada por mãos. O médico legal Cataldo Rafino, do Instituto de Medicina Legal da Catânia, fará a autópsia dos corpos de Maria Sofia e Gaia ainda nesta quarta-feira (28).
As investigações também estão tentando descobrir se a mulher agiu por achar que seu marido iria a abandonar ou se os crimes foram cometidos devido a uma patologia mental ainda não declarada, como suspeitam alguns vizinhos, que disseram que a mulher tinha alguns comportamentos "estranhos".
A hipótese mais aceita pelos psiquiatras é que Guiseppa sofre de um distúrbio de personalidade bipolar: mãe modelo na sociedade e no trabalho e mulher violenta e possessiva em casa. Em depoimento, Trainito assumiu que brigava muito com a esposa e que ameaçou deixá-la algumas vezes, pedindo a separação, mas disse que não tinha planos de cumprir a promessa.
Para os médicos, no entanto, a mulher repetia que ela matou as suas filhas pelo bem delas, "para não fazer elas sofrerem" com a separação com o pai.