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A Polícia Civil do Rio considera improvável a hipótese de crime passional para explicar o assassinato da geógrafa Priscila de Góes Pereira, de 38 anos. Morta a tiros por um homem encapuzado na última segunda-feira (5) em Maria da Graça, na zona norte, a pesquisadora foi enterrada ontem no cemitério Memorial do Carmo, no Caju, região portuária. Relatos de pessoas próximas à vítima apontam para possibilidade de o crime ter relação com corrupção.

Segundo policiais, Priscila mantinha bom relacionamento com seus dois ex-maridos - ambos foram ao enterro, ontem. O psicoterapeuta Horácio Ramasine, com quem Priscila fazia sessões periódicas, contou, em postagem na rede social Facebook, que havia atendido à paciente três dias antes do crime e ela havia demonstrado preocupação com o trabalho.

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"Eu a alertava com os seus afrontamentos no trabalho quando ela primava pelo correto e contra a corrupção lá! Ela estava preocupada", escreveu o psicoterapeuta, que não quis dar mais detalhes à imprensa, mas será convocado para prestar depoimento à Delegacia de Homicídios do Rio.

Divorciada, mãe de uma menina de 5 anos e funcionária de um consórcio de empresas que presta serviço para a Secretaria estadual do Ambiente do Rio, Priscila estava no carro que usava, um Renault Logan, parada em um estacionamento na rua Antônio de Freitas. O local é vizinho da estação Maria da Graça do metrô, onde, seguindo sua rotina, a pesquisadora tomaria um trem para o trabalho. Um homem entrou no estacionamento a pé, disparou sete tiros contra a mulher e fugiu. Priscila morreu no local.

Ontem, o primeiro marido de Priscila, Celso César Leite dos Santos, contou que eles se conheceram quando Priscila tinha 18 anos, e moraram juntos durante sete anos. Ele diz não ter dúvidas de que o assassinato tem relação com a situação dela no trabalho.

Celso relatou um momento profissional anterior de Priscila, que atualmente era assessora de planejamento do Consórcio SCC. "Ela foi trabalhar uma época em Brasília e voltou com medo. Disse que não poderia continuar naquele local, pois acabaria sobrando para ela. Priscila relatava que o ambiente de trabalho era muito pesado e corrupto e que isso a amedrontava", afirmou, durante o enterro.

Celso afirmou ter se tornado amigo também de Bruno Palmieri, segundo marido de Priscila e pai da filha dela.

Bruno contou que até agora a filha não sabe da morte da mãe. "Devo contar no fim de semana. Ela vai ter acompanhamento de um psicólogo porque ainda é muito pequena", afirmou.

Uma mulher foi encontrada morta a tiros dentro de seu próprio carro na tarde desta segunda-feira (5), em Maria da Graça, na zona norte do Rio de Janeiro, em um estacionamento perto da estação de metrô do bairro. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da capital fluminense (DH). A vítima foi identificada como Priscila de Góes Pereira, de 37 anos.

De acordo com a DH, policiais realizam diligências em busca de testemunhas e imagens de câmeras do local que possam indicar a autoria do crime. O veículo que ela dirigia, um Renault Logan prata, está em nome de uma empresa. Segundo testemunhas, Priscila costumava estacionar o carro no local todos os dias, para depois pegar o metrô para ir ao trabalho.

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Priscila era professora de Geografia e pesquisadora. Atualmente, fazia parte do grupo de Pesquisa do Laboratório Estado, Economia e Território (Leste/IPPUR/UFRJ), com estudos área do planejamento governamental.

Entre 2007 e 2009, trabalhou como consultora e assessora técnica do Ministério da Integração Nacional, mesmo ano em que atuou como assessora da Secretaria Estadual de Obras. A professora deixa uma filha de sete anos. Ainda não se sabe o que motivou o crime.

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