Tópicos | Gerente do esquema

O Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) negou, por unanimidade, o pedido de liberdade do empresário Arthur Roberto Lapa Rosal, apontado pelo Ministério Público Federal (MPF) como um dos gerentes da organização criminosa que supostamente operava com lavagem de dinheiro para beneficiar políticos pernambucanos, entre eles, o ex-governador Eduardo Campos (PSB), morto em 2014.

O empresário está detido no Centro Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife, desde 21 de junho, quando a Operação Turbulência foi deflagrada. A rejeição do habeas corpus aconteceu nessa terça-feira (9).

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Rosal é suspeito de ter recebido R$ 100 mil das empresas pertencentes a Roberto Trombeta e Rodrigo Morales, além de outros benefícios a partir de articulações com a Câmara & Vasconcelos Locação e Terraplanagem. 

“Antes de se visualizar regularidades nas transações financeiras do ora paciente, mostram-se fortes os indícios de irregularidades a concluir, inclusive, com eventual prática de crime de lavagem ou ocultação de bens”, justificou o relator, desembargador federal convocado Ivan Lira de Carvalho, pontuando os indicativos de crimes e a importância do resguardo de elementos de provas úteis ao processamento da ação penal.

O TRF5 também já negou o habeas corpus aos empresários Apolo Vieira, Eduardo Freire Bezerra Leite e João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho, todos detidos pela Turbulência.

ENTENDA O CASO – A Operação Turbulência, deflagrada pela Superintendência da Polícia Federal, apura esquema de lavagem de dinheiro no âmbito de obras públicas federais, como a transposição do Rio São Francisco e refinarias da Petrobras, dentre outras.

A Polícia Federal realizou investigação a partir de Relatórios de Inteligência Financeira elaborados pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), que informaram movimentações atípicas nas contas das empresas Geovane Pescados Eireli e Câmara & Vasconcelos Locação e Terraplanagem Ltda., no ano de 2014.

A empresa Geovane Pescados Eireli esteve envolvida na aquisição da aeronave CESSNA CITATION, prefixo PR-AFA, usada por Eduardo Campos durante a campanha presidencial em 2014. A mesma em que estava quando aconteceu um acidente aéreo em 13 de agosto daquele ano em Santos, São Paulo, vitimando ele e outras seis pessoas.

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