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No dia em que se completou um ano da morte de Pelé e uma década do acidente de Michael Schumacher, o mundo esportivo foi surpreendido com mais uma notícia triste. Gil de Ferran, bicampeão da Fórmula Indy e vencedor das 500 Milhas de Indianápolis, faleceu aos 56 anos após sofrer uma parada cardíaca. Diversas pessoas e entidades se manifestaram nas redes sociais lamentando o ocorrido.

"Campeão, amigo, rival, mentor dentro e fora das pistas. Sem palavras para descrever esta perda. Descanse em paz meu amigo", escreveu Tony Kanaan, junto com duas fotos ao lado do amigo. Em 2003, quando Ferran conquistou as 500 milhas de Indianápolis, Kanaan foi o terceiro colocado e estava ao seu lado no pódio, assim como o também brasileiro Hélio Castro Neves, segundo colocado, completando o dia histórico para o automobilismo brasileiro.

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A McLaren, equipe na qual Gil de Ferran atuava como consultor e já exerceu vários cargos diretivos, também se pronunciou. "Todos na McLaren estão chocados e muito tristes de saber que perdemos um membro amado da nossa família. Enviamos nossas condolências à família e amigos do Gil de Ferran."

Felipe Massa, ex-piloto da Fórmula 1 e hoje na Stock Car, foi outro a prestar homenagem ao ídolo. "Que notícia triste. Perdemos um irmão! Pessoa maravilhosa, gente boa demais e uma lenda no nosso automobilismo mundial. Vá em paz, Gil. Muita força à sua esposa, sua filha, seu filho e toda sua família e amigos", escreveu.

As homenagens foram além do mundo automobilismo e chegaram ao futebol, com uma mensagem do Palmeiras, time para o qual Ferran torcia. "A Sociedade Esportiva Palmeiras lamenta a morte, aos 56 anos, do ex-piloto Gil de Ferran. Palmeirense, fez história no automobilismo ao vencer as 500 Milhas de Indianápolis, nos EUA, e se sagrar bicampeão da Fórmula Indy. Prestamos nossas condolências aos familiares, amigos e fãs neste momento de tristeza e saudade".

Ferran sofreu uma parada cardíaca nesta sexta-feira enquanto pilotava ao lado de seu filho na pista do Concours Club, um clube privado localizado na cidade americana de Opa-Locka, na Flórida, Estados Unidos. Não houve acidente, pois Ferran passou mal e encostou nos boxes a tempo de ser levado ao hospital com vida, mas não resistiu.

Morreu nesta sexta-feira, aos 56 anos, o ex-piloto brasileiro Gil de Ferran, que fez sucesso no automobilismo entre as décadas de 1990 e 2000, com conquistas como as 500 Milhas de Indianápolis e o bicampeonato da CART, atual Fórmula Indy. Ele sofreu uma parada cardíaca nesta sexta-feira enquanto pilotava no circuito do Concours Club, um clube privado localizado na cidade americana de Opa-Locka, na Flórida. Não houve acidente, pois Ferran passou mal e encostou nos boxes a tempo de ser levado ao hospital com vida, mas não resistiu.

Nascido na França, filho do engenheiro mecânico Luc de Ferran, mas criado no Brasil desde os quatro anos, Gil de Ferran tinha nacionalidade brasileira e, embora nunca tenha alcançado a Fórmula 1, modalidade mais popular do automobilismo, viveu sua melhor algum tempo depois da morte de Ayrton Senna, falecido em 1994, por isso herdou um pouco do carinho que os fãs de velocidade tinham pelo tricampeão da F-1.

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Ferran já havia vencido a Fórmula 3 em 1992, mas ficou mais conhecido ao chegar à Indy em 1995. O primeiro título veio cinco anos depois, em 2000, correndo pela Penske, assim como no bicampeonato, conquistado no ano seguinte. Em 2003, foi o vencedor da tradicional disputa das 500 Milhas de Indianapolis em uma edição histórica para o automobilismo brasileiro, pois o pódio foi completado por seus compatriotas Helinho Castroneves e Tony Kanaan.

No início da carreira, em 1993, depois de se destacar na Fórmula 3, chegou a participar de um teste da equipe Footwork para ingressar na Fórmula 1. A oportunidade, contudo, não se traduziu em uma vaga, até porque ele teve de lidar com uma batida na cabeça sofrida em meio a toda ansiedade e pressão da avaliação.

"Depois de 20 ou 30 voltas deu cãibra nas costas, câibra na bunda, no punho e disse 'meu Deus, eu preciso descer do carro’. Falei que precisava ir ao banheiro. Moral da história: saí pensativo, olhando para baixo, pensando em como ia administrar o dia e não vi a tampa do armário do caminhão e pimba! Arregaçou um pedaço da minha cabeça, tive que tomar 10 pontos e acabou o teste", contou em entrevista à jornalista Mariana Becker, em 2020.

Atualmente, Ferran vinha trabalhando nos bastidores da principal categoria do automobilismo, pois atuava como consultor para a McLaren, equipe na qual também já foi diretor esportivo e responsável pelo departamento de Fórmula Indy. Antes, exerceu cargos diretivos nas extintas Honda e British American Racing.

A McLaren anunciou nesta quarta-feira que aceitou o pedido de demissão de Éric Boullier, que deixou o cargo de chefe da equipe na Fórmula 1. O engenheiro francês desempenhava a função desde 2014, e agora as atribuições dele serão divididas entre o diretor de operações Simon Roberts, a diretora de desempenho Andrea Stella e Gil de Ferran, promovido ao recém-criado papel de diretor esportivo.

Ex-piloto das categorias Cart e Indy, disputadas nos Estados Unidos, o auge da carreira de Gil de Ferran aconteceu em 2003, quando venceu a edição daquele ano das 500 Milhas de Indianapolis. Aposentado das pistas, o brasileiro desempenhava na McLaren desde março uma função de consultor.

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"O desempenho do carro construído para a atual temporada, o MCL33, não atendeu às expectativas de ninguém na McLaren, especialmente dos nossos leais fãs", admitiu o CEO da McLaren Racing, Zak Brown, em declaração divulgada no site oficial da escuderia. De acordo com o executivo, mais mudanças podem estar por vir.

"Isso não é culpa das centenas de dedicados trabalhadores, homens e mulheres, da nossa equipe. As causas são sistêmicas e estruturais, o que requer mudanças profundas. Com esse anúncio, começamos a tratar essas questões de imediato e dar nosso passo inicial para nos recuperarmos", afirmou.

Apesar do pouco sucesso à frente da equipe, que não vence uma corrida desde 2012, Boullier se disse grato. "Estou muito orgulhoso por trabalhar com um time tão brilhante nos últimos quatro anos, mas reconheço que agora é o momento certo para sair. Gostaria de desejar a todos na McLaren o melhor no restante dessa temporada", disse o francês, ex-funcionário da Renault e da Lotus na Fórmula 1.

Após três anos de parceria fracassada com a Honda, entre 2015 e 2017, a McLaren passou a contar com o fornecimento de motores da Renault desde o início de 2018, mas os resultados seguem abaixo do esperado. Fernando Alonso é o oitavo colocado no Mundial de Pilotos, com 36 pontos, e tem um quinto lugar como melhor resultado na temporada. Companheiro de equipe do espanhol, Stoffel Vandoorne está em 16° na classificação geral, com só oito pontos, ganhos em três das nove corridas disputadas até o momento.

"Gostaria de aproveitar a oportunidade para, em nome de toda equipe, agradecer a Éric pelos serviços e contribuição prestadas à McLaren e desejar a ele sucesso nos projetos que assumir no futuro", finalizou Brown.

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