Tópicos | Gilles de Kerchove

Redes de centrais nucleares, bem como de outras infraestruturas de grande porte, poderiam estar sujeitas a ataques cibernéticos jihadistas nos próximos cinco anos, advertiu neste sábado (26) em uma entrevista o coordenador antiterrorismo da União Europeia.

"Eu não ficaria surpreso se houvesse uma tentativa nos próximos cinco anos de utilizar a internet para cometer ataques", declarou Gilles de Kerchove ao jornal La Libre Belgique. "Poderia assumir a forma de um ataque a um centro de controle de uma usina de energia nuclear, a um centro de controle de tráfego aéreo ou ferroviário", afirma o coordenador.

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"Em um dado momento, haverá um membro do grupo Estado Islâmico (EI) com um doutorado em tecnologia da informação, que será capaz de entrar num sistema do tipo", alertou.

A miniaturização dos explosivos e o crescente conhecimento dos combatentes do EI em biotecnologia constituem outras ameaças, de acordo com o funcionário europeu. "O que vai acontecer quando as pessoas se perguntarem como desenvolver um vírus na cozinha da minha mãe'?", perguntou-se.

A imprensa belga e internacional informou na sexta-feira (25) que a célula extremista responsável pelos ataques de terça-feira (22) em Bruxelas havia planejado um ataque com armas de guerra nas ruas da capital belga, como em 13 de novembro, em Paris, e a fabricação de uma bomba suja radioativa, após dois dos homens-bomba, os irmãos El Bakraoui, vigiarem por vídeo um especialista nuclear belga.

Os ataques reivindicados pelo EI no aeroporto e uma estação de metrô de Bruxelas fizeram 31 mortos e 300 feridos.

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