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Trabalhadores rurais de Pernambuco percorreram nesta terça-feira (30), as principais ruas do centro do Recife para reivindicar melhores condições de trabalho durante o 4º Grito da Terra Pernambuco. No protesto muitos agricultores associados ao Movimento Sem Terra e a Federação dos Trabalhadores de Agricultura em Pernambuco (FETAPE), relataram os principais problemas que enfrentam nesse momento de estiagem.
De acordo com a vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais da cidade de Gravatá, Joselma Tenório, o agricultor está endividado e sem condições de pagar os empréstimos realizados no Banco do Nordeste e do Brasil. Os prejuízos ocasionados pela seca são muitos, cerca de 90% do rebanho morreu e as sementes plantadas nem chegaram a germinar.
“Estamos pedido renegociação e perdão das dívidas, pois o gado que foi comprado com o dinheiro desses empréstimos, morreu e teve agricultor que perdeu até 100% do rebanho. A renda das plantações ficou perdida, com a falta de chuva nem um pé de milho nasceu”, lamentou.
Joselma Tenório comentou que além de ações mitigadoras dos efeitos da seca, os trabalhadores rurais estão reivindicam ampliar o atendimento do Programa de Saúde da Família (PSF) na Zona Rural e a redução da idade para o agricultor se aposentar. “O trabalho no campo desgasta muito a pessoa, por isso precisamos reduzir os anos de aposentadoria do homem de 60 para 55 e a mulher de 55 para 50”, defendeu a agricultora.
Já um dos representantes do MST, Francisco Terto, destacou que a mobilização desta terça sinaliza a unidade de duas forças sindicais que precisam lutar em prol do desenvolvimento econômico da zona rural e criticou ações paliativas desenvolvidas pelo poder público. “Nós precisamos de políticas efetivas e estruturantes, e não apenas ações emergenciais no período de seca”, reclamou.
Na ocasião, representantes do MST-PE e da FETAPE, debateram com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), a melhor maneira de mitigar os problemas ocasionados por uma das piores secas dos últimos 50 anos.
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