Tópicos | grupo de impunidade

O deputado federal Jean Wyllys (PSOL) questionou a atuação do senador afastado Aécio Neves (PSDB) para manter o cargo, apesar da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de distanciá-lo das atividades legislativa. Segundo Wyllys, nos bastidores do Congresso Nacional o tucano “dá as cartas como se nada tivesse acontecido” como se ele tivesse se tornado “um verdadeiro líder insurgente do grupo de investigados com processo no Supremo”.

“É inacreditável a petulância do presidente nacional do PSDB, o senador Aécio Neves. Ele já se tornou o senador no exercício do cargo com mais pedidos de prisão contra si, teve um primo preso em flagrante e até a irmã levada para uma carceragem por suspeita de favorecê-lo em desvios, mas é capaz de manter uma postura firme para ignorar a decisão da mais alta corte de justiça do país, o Supremo Tribunal Federal, que ordenou o seu afastamento do cargo”, declarou em publicação nas redes sociais. 

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Sob a ótica do parlamentar, esse grupo que ele diz ser liderado por Aécio é de investigados por suspeitas de corrupção na Lava Jato que articulam uma “impunidade geral”. “Juntos, eles procuram armar uma impunidade geral e pensam em caminhos e estratégias para continuar não apenas nos cargos, mas também tocando a pauta do governo e direcionando onde e quando devem ser aplicados os recursos públicos. Tudo com ares de naturalidade e como se a opinião da população não valesse de nada”, salientou. 

Jean Wyllys também comparou o afastamento de Aécio ao do ex-senador Delcídio Amaral. “A única diferença é que, agora, o afastado é um tucano de alta plumagem, acossado desde sempre por parte da alta cúpula do empresariado podre que atua nos bastidores da política”, cravou. “Aécio e sua turma operam por meio do cinismo, beirando o deboche, porque parece que sabem como funciona a estrutura do poder no Brasil. A sua permanência até agora no cargo de senador - é bom que se diga - serve de ratificação de que, no país, o poder, de fato, emana do dinheiro”, acrescentou, finalizando ao ponderar que o tucano “se coloca acima da República ao ignorar o Supremo”.

Aécio foi afastado do cargo pela Primeira Turma do STF no último dia 26. A medida foi questionada pelo Senado que levará a sanção para a análise do Plenário. Nessa terça (5), o ministro Edson Fachin reiterou a decisão. 

Diante das críticas de parlamentares de diversos partidos de que a decisão da Corte contrariou o que diz a Constituição sobre o cumprimento de ações de restrição de liberdade, o STF agendou para o dia 11 de outubro o julgamento de uma ação sobre o assunto. Na pauta, os ministros vão decidir sobre a necessidade de autorização legislativa para a imposição de medidas cautelares alternativas à prisão de parlamentares.

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