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O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou nesta quarta-feira (27) que a plataforma deixará de recomendar grupos militantes ou políticos aos seus usuários, medida já tomada há alguns meses nos Estados Unidos para reduzir as tensões eleitorais.

A rede social, que teve um papel importante na Primavera Árabe há dez anos, agora quer refazer sua imagem afastando-se das polêmicas e escândalos políticos que marcaram seu dia a dia desde a eleição de Donald Trump e Brexit em 2016.

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"Paramos de recomendar grupos militantes ou políticos nos Estados Unidos à medida que as eleições se aproximavam e agora pretendemos estender essa regra para todo o mundo", disse Mark Zuckerberg durante a apresentação dos resultados trimestrais da gigante das mídias sociais.

O objetivo é "acalmar as coisas e desencorajar conversas divisivas".

Em um comunicado divulgado anteriormente, Zuckerberg disse que estava "animado" para projetar em 2021 "maneiras de criar oportunidades econômicas, construir comunidades e ajudar as pessoas a se divertirem".

O grupo californiano alcançou quase 86 bilhões de dólares em vendas durante o ano e gerou mais de 29 bilhões de dólares em lucros, um aumento de 58% apesar da pandemia, do boicote de marcas no verão passado e tensões significativas com a sociedade civil, funcionários, eleitos e autoridades.

O Facebook tem multiplicado suas medidas para melhorar a moderação de conteúdo e coibir a desinformação, mas ainda não conseguiu satisfazer muitas organizações antirracistas ou dedicadas à defesa dos direitos e liberdades em geral.

"Em setembro, anunciamos a retirada de mais de um milhão de grupos em um ano", lembrou Zuckerberg. "Mas também há muitos grupos para os quais não queremos encorajar as pessoas a se juntarem, mesmo que não violem nossas regras."

O fundador da rede social acrescentou que suas equipes também buscam formas de reduzir a visibilidade do conteúdo político no mural do usuário. “Claro, sempre será possível participar de discussões e grupos políticos, para quem quiser”, disse o bilionário.

“Um dos principais comentários de nossa comunidade atualmente é que as pessoas não querem que a política e as discussões prevaleçam quando usam nossos serviços”, concluiu.

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