Tópicos | usuários

Uma atualização, lançada nesta sexta-feira (19), no X, antigo Twitter, permite que usuários façam chamadas de áudio e vídeo entre si. A nova função é disponível apenas para usuários pagantes da plataforma, chamado de Blue X, e é possível escolher como as ligações serão recebidas. 

Confira as informações básicas divulgadas pela plataforma: 

##RECOMENDA##

-> Apenas usuários premium são habilitados para fazer ligações de áudio e de vídeo; 

-> Todas as contas estão habilitadas para receber ligações; 

-> O usuário pode controlar de quem receberá ligações pelas configurações de mensagens diretas (DM); 

-> Por configuração padrão, o usuário pode receber ligações de quem segue ou de quem esteja na lista de endereços, caso o acesso à lista seja permitido pelo usuário; 

-> Para estar apto para ligar para outro usuário, é necessário ter enviado mensagem direta ao menos uma vez antes; 

-> No sistema operacional Android, é necessário ter as notificações por push ativadas para saber quando o dispositivo receber uma ligação. 

Os usuários que possuem a conta gratuita e que queiram habilitar a nova função devem assinar a versão paga da rede social, que custa uma mensalidade de R$ 42,00. 

 

A rede social TikTok anunciou, nesta terça-feira (5), que começou a hospedar os dados dos seus usuários europeus na Irlanda, em uma tentativa de acalmar os receios das autoridades que desconfiam desta empresa de capital chinês.

Os reguladores de vários países temem que os dados sejam acessíveis aos funcionários das empresas nos escritórios na China ou entregues a entidades governamentais em Pequim.

##RECOMENDA##

A plataforma, propriedade da empresa chinesa ByteDance, negou repetidamente que tenha um vínculo com o governo de Pequim, e garante que os dados dos seus usuários são armazenados de forma segura em Singapura e nos Estados Unidos.

O TikTok traçou um primeiro plano para hospedar localmente os dados dos usuários europeus em 2020 e publicou detalhes do projeto nas suas páginas na Internet, antes de confirmar a efetiva abertura de um destes centros.

"O nosso primeiro centro de dados em Dublin, na Irlanda, já está operacional e a migração dos dados dos usuários europeus para este centro já começou", disse a rede social em comunicado.

Além disso, a empresa informou que há dois centros adicionais em construção na Noruega e na Irlanda.

Essa transferência se prolongará até o final de 2024, disse a empresa, que se associou a uma companhia britânica de cibersegurança para garantir a proteção de dados, a NCC Group.

As medidas, que seguem as instruções impostas a esta rede social nos Estados Unidos, destinam-se a impedir que os funcionários da ByteDance, com sede na China, tenham acesso aos "dados protegidos" de usuários europeus, explicaram os executivos do TikTok em coletiva de imprensa por telefone.

Entre os dados protegidos há informações como a identidade jurídica dos usuários, seus endereços de e-mail, seus números de telefone e os endereços IP dos dispositivos usados para acessar a rede social.

- Proibições em vários países -

A empresa enfrenta restrições crescentes nos Estados Unidos e na Europa devido a temores de segurança. Vários governos e instituições proibiram o uso deste aplicativo de entretenimento nos telefones de trabalho dos seus funcionários.

O TikTok ganhou muita popularidade durante o confinamento da pandemia, especialmente entre o público jovem, e tem atualmente mais de um bilhão de usuários em todo o mundo e mais de 125 milhões na Europa.

Mas as questões começaram quando a ByteDance admitiu, em dezembro de 2022, que os seus funcionários tinham acessado os dados de dois jornalistas americanos durante uma acusação interna sobre vazamentos de informação corporativa.

As grandes empresas tecnológicas têm dificuldades com as regras da União Europeia, que restringem a transferência de informações pessoais dos usuários, por exemplo para os Estados Unidos, no caso dos gigantes do Vale do Silício.

A UE negociou em diversas ocasiões acordos de troca de dados com os Estados Unidos, mas estes foram bloqueados pelo Tribunal de Justiça do bloco.

Os magistrados do tribunal da UE apoiaram ativistas que afirmam que as empresas americanas são forçadas a entregar dados às agências de segurança nacional de Washington, o que viola os direitos à proteção de dados dos residentes do bloco.

Elon Musk afirmou no sábado que sua empresa de mídia social X fornecerá assistência jurídica aos usuários que enfrentam medidas de retaliação de seus chefes por postagens na plataforma.

Alguns usuários, incluindo muitas celebridades e outras figuras públicas, tiveram problemas com seus empregadores sobre questões controversas que postaram, curtiram ou retuitaram na plataforma, que antes era conhecida como Twitter.

##RECOMENDA##

"Se você foi tratado injustamente pelo seu empregador devido a postar ou gostar de algo nesta plataforma, vamos financiar seus gastos com questões legais", escreveu ele no site.

"Sem limites. Por favor, deixe a gente saber".

Musk não revelou detalhes sobre como os usuários poderiam reivindicar o dinheiro

Desde que o empresário comprou a plataforma por US$ 44 bilhões (227 bilhões de reais na cotação da época) em outubro do ano passado passado, a atividade de publicidade da rede entrou em colapso, em parte por causa de sua abordagem mais flexível para bloquear o discurso de ódio e o retorno de contas de extrema direita anteriormente banidas.

Musk citou repetidamente um desejo de liberdade de expressão como motivação para as mudanças. Ele critica o que considera uma ameaça à liberdade de expressão representada pela mudança de sensibilidades culturais.

De acordo com a organização sem fins lucrativos Center for Countering Digital Hate (CCDH), o discurso de ódio aumentou na plataforma.

A X contestou as conclusões e está processando a CCDH.

Em dezembro, Musk reintegrou a conta do ex-presidente dos EUA Donald Trump no Twitter, embora Trump ainda não tenha retornado à plataforma.

No início de 2021, o ex-presidente foi banido da rede social por seu papel no ataque de 6 de janeiro ao Capitólio por um grupo de seus apoiadores que tentavam reverter os resultados das eleições de 2020.

Recentemente, a X também reintegrou o rapper e designer Kanye West, quase oito meses após sua conta ser suspensa, de acordo com informações da mídia.

No ano passado, West, que agora é chamado profissionalmente de Ye, postou uma imagem que parecia mostrar uma suástica entrelaçada a uma Estrela de David, e Musk suspendeu o artista da plataforma.

Criada por um software de inteligência artificial (IA) e com o nome de Milla Sofia, uma influenciadora está confundindo os usuários nas redes sociais nos últimos dias. Apesar de ter mais de 150 mil seguidores no Instagram e no TikTok, ela costuma postar foto de biquíni e em viagens, assim como uma influenciadora normal. Mas Sofia não existe, por mais pareça real.

Ainda não é possível identificar qual software foi usado para a criação e quem administra o perfil da influenciadora, mas o próprio Instagram de Sofia (@millasofiafin) avisa que ela é uma “menina robô” da Finlândia.

##RECOMENDA##

Já em seu site oficial, é descrita como uma “influencer virtual e modelo” que tem o objetivo de revolucionar o mundo fashion. Nas últimas fotos em seu perfil, alguns usuários elogiaram a beleza da influenciadora.

Além disso, os pesquisadores também estão levando em consideração os comentários nas fotos da modelo, pois não é possível dizer se seus próprios seguidores sabem que ela não é real.  

A primeira publicação de Sofia na rede social foi em novembro de 2022 e uma das primeiras fotos tem um erro perceptível. Na imagem, a modelo está de costas para a parede e uma mão aparece abraçando sua cintura, como se alguém estivesse ao seu lado. A partir deste ano, seu conteúdo não mudou dentro dos padrões das postagens, mas a qualidade das imagens, sim – ficou melhor. Programas de IA que criam fotos, incluindo aplicativos como Remini, DALL-E 2, Mid Journey e Chatsonic não conseguem gerar imagem realista de uma mão por conta da dificuldade – o que pode servir como alerta para identificar fotos criadas por IA.

Menos de 24 horas após o seu lançamento, nesta quarta-feira (5), a nova rede social da Meta, o aplicativo de mensagens Threads, inspirado no Twitter, revolucionou o setor, impulsionado pela força do grupo de Mark Zuckerberg.

- Trinta milhões de usuários -

##RECOMENDA##

O Threads alcançou esta marca em menos de 24 horas, segundo Zuckerberg, CEO da Meta. O aplicativo lidera os downloads na loja da Apple, no que é, de longe, um recorde absoluto.

O recorde não oficial era ostentado pelo jogo Mario Kart Run, que conquistou 20 milhões de usuários em um único dia, em 2019.

- Não acessível na UE -

O aplicativo está disponível em quase todos os principais países do mundo, com exceção dos que fazem parte da União Europeia, onde a Meta optou por adiar o lançamento, enquanto esclarece as implicações das novas regras europeias sobre os mercados digitais (DMA), que entraram em vigor em maio.

- Quando estará disponível na UE? -

O Instagram pretende oferecer o produto aos usuários da União Europeia, mas o próprio modelo do Threads, que se baseia em uma relação estreita com o Instagram (com a consolidação dos dados de um mesmo usuário nos dois serviços), não atendeu aos critérios da DMA, que proíbe o cruzamento, pelo mesmo grupo, de dados coletados em aplicativos diferentes.

- Sem publicidade -

A plataforma não inclui publicidade em sua versão atual. “Se tiver êxito, se criarmos algo que muita gente use e ame, com o tempo iremos monetizá-lo, tenho certeza”, indicou o head do Instagram, Adam Mosseri, ao The Verge.

Todas as redes semelhantes ao Threads ou Twitter obtêm a maior parte de sua receita da publicidade.

- Clone rudimentar do Twitter -

O desenho do Threads é semelhante ao do Twitter, incluindo o selo azul para contas verificadas. Mas diferentemente deste último, onde o único critério atual para a atribuição de um selo é que se pague pelo mesmo, o Threads verifica se a conta realmente pertence à pessoa cujo nome é exibido.

Cada publicação tem um limite de 500 caracteres e pode incluir fotos ou vídeos de até cinco minutos de duração. Por enquanto, o software oferece apenas uma coluna e só pode ser acessado por meio de dispositivos móveis.

"Faltam muitas funções básicas: busca por palavra, palavras-chave, e um fio ou feed para seguir as contas", reconheceu Adam Mosseri em seu perfil na plataforma. "Estamos trabalhando nisso, mas leva tempo."

Por outro lado, Mosseri disse ao The Verge que a Meta não pretende criar mensagens diretas (DMs) entre os usuários do Threads, um recurso popular no Twitter. Já a moderação de conteúdo é a mesma do Instagram.

- Celebridades e marcas já aderiram -

As cantoras Shakira e Jennifer Lopez, o jogador de basquete Stephen Curry, o cantor, produtor e criador Pharrell Williams e Oprah Winfrey já aderiram ao Threads, onde publicaram várias mensagens. Quanto às marcas, Netflix, Spotify, Amazon e Coca-Cola também abriram suas contas oficiais.

“Seria genial se se tornasse realmente grande, mas estou mais interessado em que se torne culturalmente relevante, do que em atrair centenas de milhões de usuários”, disse Adam Mosseri ao The Verge.

Em rápida expansão, a rede 5G completa um ano de operação no Brasil nesta quinta-feira (6) com disponibilidade superior às metas fixadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A tecnologia supera os 10 milhões de usuários e atende a mais de 150 cidades.

Segundo levantamento da Conexis Brasil Digital, entidade que reúne as empresas de telecomunicações e conectividade, o 5G atingiu a marca de 10 milhões de usuários 11 meses após o lançamento, enquanto a rede 4G alcançou o mesmo número em 26 meses.

##RECOMENDA##

Em relação aos locais atendidos, as operadoras já instalaram o sinal 5G em todas as capitais, todas as cidades com mais de 500 mil habitantes e em metade das cidades com mais de 200 mil habitantes, segundo a Conexis Brasil Digital. Os números estão bastante superiores às metas estabelecidas pela Anatel.

O edital da agência reguladora para o leilão 5G obrigava a instalação da tecnologia em todas as capitais até setembro do ano passado com cerca de uma antena para cada 100 mil habitantes. As etapas seguintes são a oferta em todas as cidades acima de 500 mil habitantes até julho de 2025 e em todas as localidades com mais de 200 mil habitantes até julho de 2026.

Desafios

Segundo a Conexis Brasil Digital, um dos motivos para a rápida expansão da rede 5G foi o fato de o leilão privilegiar os investimentos na instalação e expansão da tecnologia, em vez de concentrar-se apenas em quem pagaria o maior valor. Apesar da rápida expansão, a entidade cita desafios, como legislações municipais desatualizadas que atrasam ou impedem a instalação de mais antenas.

Conforme levantamento do projeto Conecte 5G, criados pelas prestadoras associadas à Conexis, das 155 cidades com mais de 200 mil habitantes – incluindo as capitais – metade delas, 77, tem leis desfavoráveis ou não tem legislação específica para a instalação de antenas; 54 dessas cidades têm leis de antenas favoráveis para a expansão do 5G; e 24 têm legislação específica, mas que ainda demandam ajustes para ter mais aderência à Lei Geral de Antenas.

A tecnologia 5G tem uma vantagem em relação às redes anteriores, ao exigir a utilização de antenas pequenas, que dispensam torres e podem ser instaladas na fachada de prédios e até em postes e semáforos, sem interferir na paisagem urbana. No entanto, por ter frequência mais alta e comprimento de onda menor, a rede exige a instalação de mais antenas que os outros tipos de sinais.

De acordo com o projeto Conecte 5G, o avanço do 5G que vai exigir de cinco a dez vezes mais antenas que o 4G. As operadoras pedem regras mais claras e licenciamentos mais ágeis para manter a velocidade de expansão da tecnologia.

O YouTube decidiu bloquear os bloqueadores de anúncios nessa sexta-feira (30). Porém, a plataforma confirmou nesta semana que está fazendo um “experimento” para impedir que usuários de ferramentas do tipo assistam aos vídeos à vontade, com um aviso pedindo para permitir anúncios no site ou assinar o YouTube Premium. O teste ocorre no mundo todo e afeta tanto o desktop como dispositivos móveis. 

Usuários do YouTube bloqueando anúncios afetados pelo “experimento” são presenteados com a tela que aparece notificando. O aviso diz que o player de vídeo vai ser bloqueado depois de três vídeos, a menos que os anúncios sejam liberados ou o bloqueador seja desabilitado. A confirmação oficial de que esses testes estão sendo feitos foi enviada para o site The Verge. “Nós levamos muito a sério desabilitar os vídeos, e vamos apenas fazer isso se os usuários ignorarem pedidos repetidos de permitir os anúncios no YouTube”, disse em nota a empresa. Também destacou que no caso de um usuário não estar usando algum bloqueador, mas for detectado de maneira equivocada, é possível relatar o problema no aviso.

##RECOMENDA##

A plataforma ressaltou a importância dos anúncios para defender seus novos testes contra o bloqueio deles. Em sua declaração, a empresa destacou que “o modelo suportado por anúncios do YouTube suporta um ecossistema diverso de criadores, e oferece acesso gratuito a conteúdo com anúncios para bilhões de pessoas globalmente”. Enquanto a plataforma chama a atenção dos anúncios para os criadores, a promoção do YouTube Premium tem sido cada vez mais agressiva, sendo essa inclusive, uma das propagandas que mais aparecem. Mas todo tipo de anúncio tem aparecido com mais frequência, o que pode ser justamente o fator que aumentou o número de usuários dessas ferramentas. 

 

Com a promessa de um atendimento especializado para cada dependente químico, e com a parceria de igrejas, o governo de São Paulo lançou na terça-feira (11) o Hub de Cuidado em Crack e outras drogas no Bom Retiro, região central da cidade. A cerimônia de entrega do equipamento contou com a participação do vice-governador do Estado, Felício Ramuth (PSD), o prefeito Ricardo Nunes (MDB), políticos e representantes de entidades religiosas e comunidades terapêuticas. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) não compareceu ao evento.

A unidade, que funcionará como uma porta de entrada para o encaminhamento a outros serviços de tratamento contra a dependência química, pretende ampliar as ações de acolhimento aos usuários de drogas da cidade, sobretudo aos que vivem no Centro, local onde a Cracolândia está instalada.

##RECOMENDA##

Para isso, o vice-governador promete um atendimento aos adictos em que seja "respeitada a singularidade de cada um", e reforçou que, além dos equipamentos municipais especializados em saúde mental, como Caps (Centro de Apoio Psicossocial), os pacientes também poderão ser direcionados para grupos de ajuda mútua, como narcóticos anônimos, e também para comunidades terapêuticas.

"Aqui (no Hub) será oferecida uma linha de cuidados ampla, atendimento através dos Caps, grupos de mútua ajuda, das comunidades terapêuticas e internação em hospitais gerais e psiquiátricos", disse Ramuth. "O próprio nome 'Hub' já mostra a integração de várias entidades".

O hub será administrado pela SPDM, uma organização social (OS) de natureza privada, e contará com 380 profissionais especializados em dependência química, 40 leitos sociais e 20 leitos de internação, informou o vice-governador.

A unidade já está funcionando desde o último dia 6, no mesmo endereço onde operava o antigo Cratod (Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas).

Contratadas por meio de edital, as comunidades terapêuticas, ligadas a igrejas, vão oferecer 700 vagas para o acolhimento dos dependentes químicos, segundo Ramuth. O vice-governador disse que o trabalho dessas instituições será fiscalizado, mas não conseguiu lembrar o nome da empresa responsável pela gestão e contratação das entidades.

O prefeito Ricardo Nunes disse que as abordagens serão mais desafiadoras nos casos de pessoas que estão há mais tempo no mesmo local consumindo a droga. Ele citou uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) que mostra que 39% dos usuários estão há mais de 10 anos na mesma cena de uso, e 53% há mais de cinco anos.

"Vamos ter uma ação muito mais complexa para convencê-los a um tratamento do que as pessoas que estão a menos tempo", disse Nunes. O prefeito ainda projetou a necessidade de cuidados com a nova droga K9, cujo consumo tem crescido na capital nos últimos meses. "É uma nova realidade", disse.

Sobre as internações compulsórias, o vice-governador respondeu que "não é o principal tema" das políticas de combate ao uso de drogas do governo, e que abordagens desse tipo vão depender de um relatório clínico fornecido por um médico e também "com anuência da Justiça".

No evento, Ramuth anunciou também que o governo de São Paulo pretende instalar, no Centro, 500 câmeras de segurança inteligentes com capacidade de fazer reconhecimento facial. O objetivo é aumentar a segurança da região, diz o vice-governador. A área de abrangência dos equipamentos, segundo ele, será de 7,5 quilômetros quadrados.

Protesto

Durante o evento de lançamento do hub, servidores que atuavam no extinto Cratod fizeram uma manifestação contrária ao governo. Eles seguravam faixas com mensagens se opondo à privatização dos equipamentos públicos de São Paulo.

"Agora, eles vão fortalecer as comunidades terapêuticas. Há um departamento de comunidades terapêuticas e será para esse departamento que os pacientes vão. O tratamento vai deixar de ser humanizado", disse o agente técnico de saúde Fabiano Siqueira, um dos manifestantes.

Ele era servidor e trabalhava no centro de referência há 18 anos. O Cratod foi extinto por meio de decreto nesta terça-feira, e uma nova equipe de profissionais foi contratada pela SPDM para trabalhar na unidade.

Especialista vê avanços, mas faz alerta sobre falta de prevenção

A pesquisa citada por Ricardo Nunes em sua fala na cerimônia foi desenvolvida pela pesquisadora Clarice Madruga, coordenadora do Levantamento de Cenas de Uso de Capitais (Lecuca), da Unifesp. Ela também compareceu à entrega do hub no centro de São Paulo.

Ao Estadão, Clarice diz que as ações anunciadas pelo atual governo apresentam avanços em relação às gestões passadas no que compete ao tratamento dos dependentes químicos. De com a pesquisadora, isso vai permitir, em tese, uma ação mais integrada e aproximada das áreas de saúde e assistência social.

Nas outras gestões, havia um extremo que só via a parte social e depois outro extremo que só via saúde, diz a pesquisadora. A recuperação da dependência química não pode ser olhada de maneira avulsa, diz a pesquisadora, que defende ações contínuas e de longo prazo para evitar que, após o tratamento e reinserção, os pacientes retomem o consumo das drogas.

Clarice Madruga alerta, porém, sobre a falta de medidas de prevenção no plano nas políticas apresentadas pelo governo. "Continua um grande buraco que é o que vai ser feito para que não haja mais frequentadores entrando na cena de uso", diz a especialista. "Eu queria saber o que essa estratégia está considerando para a prevenção e para reduzir o influxo de novos frequentadores. Isso é fundamental e parece que ainda falta", afirma.

Ela afirma também que o acolhimento aos usuários, independente por qual serviço seja, precisar ser feito seguindo as diretrizes estabelecidas pela governo. E diz ainda que há risco dessas diretrizes deixarem de ser seguidas por algumas comunidades terapêuticas que, ligada às igrejas, poderiam desrespeitar os direitos daqueles que serão direcionados a esses espaços.

"É necessário saber como vão fazer um monitoramento que garanta que nenhum indivíduo seja encaminhado para algum serviço que não segue as diretrizes esperadas para o serviço de acolhimento social, seja religioso ou não", afirma a pesquisadora.

A poucos metros da esquina das Avenidas Ipiranga e São João, a mais famosa da cidade, na região central, funcionários do minimercado Extra instalaram uma grade de contenção na entrada principal. Isso só permite a entrada de um cliente por vez. Essa é a medida de segurança mais visível depois que o estabelecimento foi saqueado por grupos de dependentes químicos da Cracolândia, agora localizada na região da Santa Ifigênia, na sexta (7).

A unidade da Drogaria SP localizada na esquina da Avenida São João com a Rua Vitória, também alvo de um "arrastão", abriu apenas parcialmente na manhã desta segunda-feira (10). Das três portas do estabelecimento, apenas uma estava aberta. Tanto na farmácia como no minimercado, os funcionários mantêm o silêncio como forma de precaução e evitam relatar quais produtos foram roubados.

##RECOMENDA##

Após os episódios do fim de semana, cada estabelecimento busca a própria solução de segurança, com medo de novos saques. Os arrastões ocorreram depois de uma ação de zeladoria da Prefeitura de São Paulo para remover lixo e desmontar as tendas usadas para o tráfico de drogas, de acordo com a polícia, na área conhecida como "fluxo", que reúne grande número de usuários e atualmente se localiza entre as Ruas Conselheiro Nébias e dos Gusmões.

Medo

Imagens de câmeras de segurança mostram o momento do saque. Uma grande quantidade de pessoas entra de forma desorganizada, levando tudo o que consegue. Neste domingo, 9, usuários de drogas invadem uma lanchonete na altura do 450 da Avenida Rio Branco e tentam furtar uma televisão, uma chapa de lanche e um computador. Policiais afirmaram que os objetos permaneciam no local.

Até os estabelecimentos que escaparam do vandalismo também estão precavidos. No Bar e Lanches Pombalense, os funcionários são orientados a baixar as portas ao primeiro sinal de aglomeração, como conta o gerente Eduilson Dantas, que trabalha no local há seis anos. O toldo, normalmente usado para os dias de chuvas, é usado permanentemente para proteger os clientes que preferem as mesas nas calçadas. O local estava fechado no feriado.

Moradores da região central afirmam que estão mudando seus hábitos pessoais e profissionais e evitam sair de casa nos horários da ação da Prefeitura no fluxo, por volta das 8h (manhã) e 15h (tarde). Eles contam que essa dinâmica costuma espalhar os usuários. Além disso, relatam a atuação dos assaltantes de bicicleta, a chamada "gangue das bikes", durante a dispersão do fluxo. "Eu evito sair de casa nesses horários e, quando saio, coloco o celular dentro da meia e dentro do top", conta uma moradora. Iézio Silva, presidente da Associação de Moradores e Comerciantes de Campos Elísios, chama a atenção para os receptadores. "Temos dezenas de depósitos de ferro-velho que compram qualquer coisa, inclusive de madrugada. Isso também precisa ser fiscalizado", afirma.

Roubo

Na manhã desta segunda-feira, o Estadão chegou poucos minutos depois de uma viatura da PM a uma loja da Oxxo, no Largo do Arouche, que havia acabado de sofrer uma tentativa de assalto. Não foi um arrastão. De acordo com o gerente Madson Wilker, um casal tentou roubar quatro barras de chocolate ao leite Nestlé. Ele e o segurança conseguiram impedir o assalto. Madson ainda estava ofegante quando relatou o episódio que, segundo ele, é frequente na região central. "A gente sabe quando sai de casa, mas não sabe se vai voltar", afirmou.

As gestões do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e do prefeito Ricardo Nunes (MDB) anunciaram planos para resolver o problema da Cracolândia.

Estratégia é 'caminho certo' e saques são reação do tráfico, diz secretário

As invasões e saques em uma drogaria e um mercado na Avenida São João, no centro de São Paulo, na sexta-feira, são a reação do tráfico de drogas à estratégia da Prefeitura na região da Cracolândia. Além disso, apontam que o poder municipal está no "caminho certo" na forma de atuar na maior concentração de dependentes químicos da região central da cidade.

A avaliação é feita por Alexis Vargas, secretário executivo de Projetos Estratégicos da Prefeitura de São Paulo. "Os saques mostram que estamos mexendo com a economia da Cracolândia e que a estratégia está no caminho certo", afirmou o secretário. "Esses saques são a resposta do crime organizado às iniciativas do poder público, que tem conseguido reduzir o comércio de drogas na região", disse Vargas.

Para minimizar os transtornos causados, ele também prometeu uma "presença forte e robusta" do policiamento. A Secretaria Municipal de Segurança Urbana informou que intensificou o patrulhamento comunitário e preventivo, ampliando o número de viaturas e motos em pontos estratégicos, sendo 90 agentes a mais nas ruas, além dos 80 guardas e 20 viaturas da Inspetoria de Operações Especiais (IOPE) que já atuam no território. De acordo com Prefeitura, a região conta com mais de 500 agentes da GCM.

A polícia ainda investiga o que levou aos saques nos estabelecimentos no centro, mas algumas hipóteses já são descartadas. Na avaliação de investigadores do Denarc, setor focado em reprimir o narcotráfico, os episódios não têm relação com o avanço da maconha sintética nas ruas. A polícia aguarda as imagens internas dos estabelecimentos para a identificação de mais envolvidos. "Por essas imagens, vamos tentar localizar e identificar os autores do crime", disse o delegado Alexandre Dias, titular do 3.º Distrito Policial.

Estado

O governo de São Paulo inaugura nesta terça-feira (11) o Hub de Cuidados com Crack e Outras Drogas, nova medida para tentar conter a Cracolândia no centro da capital paulista. Trata-se de uma "repaginação" do Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod), localizado próximo a um fluxo de dependentes químicos no Bom Retiro. O local foi ampliado e terá capacidade de realizar 700 atendimentos clínicos e 6 mil atendimentos por mês.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dois dias após invasões e saques realizados em uma drogaria e em um mercado na Avenida São João, na região da Cracolândia, no centro da cidade, usuários de drogas tentaram furtar um restaurante na Avenida Rio Branco, na mesma região. A ocorrência foi registrada por volta das 8h30 do domingo (9) de Páscoa. Um homem de 33 anos foi preso em flagrante por furto quando tentava sair do estabelecimento com dois fardos de refrigerante. Não houve feridos.

"O suspeito foi detido pela Guarda Civil Metropolitana (GCM). O homem foi conduzido para a delegacia, onde permaneceu à disposição do Poder Judiciário", disse a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP).

##RECOMENDA##

O caso segue em investigação pelo 3º DP (Campos Elíseos), para a identificação e detenção dos demais autores.

Desde o ano passado, quando houve dispersão dos dependentes químicos após operação policial, a região tem visto uma escalada de violência e transtornos, com aumento de roubos, migração de bancas de venda do tráfico e sujeira nas ruas.

As gestões de Tarcísio de Freitas (Republicanos), do governo estadual, e a de Ricardo Nunes (MDB), da Prefeitura, anunciaram novos planos para resolver o problema da Cracolândia, mas a recorrência de crimes e tumultos no centro tem elevado a pressão sobre o poder público por respostas rápidas.

Na sexta-feira (7), usuários de drogas também invadiram e saquearam uma drogaria e um mercado na Avenida São João, no centro da cidade. O grupo havia acabado de ser retirado do local em que estava na Cracolândia por uma ação de zeladoria.

Conforme a SSP, outras duas pessoas foram presas ainda na noite de sexta-feira, por suspeita de participação na invasão aos dois comércios. Ninguém ficou ferido.

"O policiamento segue reforçado na região pela Polícia Militar e a Polícia Civil continua trabalhando para identificar os demais envolvidos, bem como analisa as imagens dos fatos", disse a SSP.

De acordo com a pasta, no 1º trimestre deste ano foram presos na região central 1.861 suspeitos, o que representa um aumento de 53% comparado ao mesmo período do ano passado. "A área também recebe a "Operação Resgate", que resultou na prisão de 72 suspeitos por tráfico de drogas e crimes patrimoniais", disse ainda a SSP.

Usuários de drogas invadiram e saquearam uma drogaria e um mercado na Avenida São João, no centro de São Paulo, na manhã desta sexta-feira, 7. O grupo havia acabado de ser retirado do local em que estava na Cracolândia por uma ação de zeladora. Desde o ano passado, quando houve dispersão dos dependentes químicos, a região tem visto uma escalada de problemas, com aumento de roubos, migração de bancas de venda do tráfico e sujeira nas ruas.

Apesar do terror, segundo relataram funcionários da Drogaria SP ao Estadão, nenhum deles se feriu. O grupo ainda saqueou um minimercado ao lado, mas em número menor. A Secretaria da Segurança Pública diz que reforçou o policiamento na região.

##RECOMENDA##

"Só não entraram aqui porque abaixamos a porta de vez", diz o cozinheiro Adenilson Santos da Silva. Funcionário do restaurante em frente à drogaria, ele e os colegas viram o grupo carregando o que podia da farmácia.

O saque ocorreu por volta das 8h, quando o restaurante ainda estava abrindo. "Se fosse na hora do almoço seria pior", diz Silva.

Por volta das 15h30, os funcionários da Drogaria SP ainda trabalhavam na limpeza da loja e na arrumação do que foi destruído. A empresa não quis se manifestar, mas confirma que não houve feridos.

Ao lado da drogaria, uma unidade móvel da Polícia Militar fazia guarda desde a manhã. Em frente, na Praça Júlio de Mesquita, viaturas da Guarda Civil Metropolitana também estavam no local.

Casos como esse não são raros na região da Cracolândia, que se deslocou da Rua Helvetia para as ruas de Santa Ifigênia. A cada ação rotineira de limpeza das vias, a peregrinação dos usuários recomeça.

A mudança de local da Cracolândia vem sendo alvo de reclamações de comerciantes locais. No último domingo, os usuários de drogas atearam fogo a sacos de lixo. A polícia foi hostilizada ao chegar no local.

A Secretaria da Segurança Pública afirma que a Polícia Militar reforçou o policiamento na área central de São Paulo nesta sexta-feira. "Equipes realizam buscas para localizar os autores das invasões a comércios na área central, ocorridos nesta manhã, após ação de zeladoria realizada por agentes da Prefeitura na região."

Ainda segundo a SSP, "a 1ª Seccional e os distritos policiais da região central estão à disposição dos representantes dos estabelecimentos para registrar os fatos". "As imagens veiculadas pela imprensa são analisadas pelas equipes de investigação, que trabalham para identificar e individualizar a conduta de cada um."

Já a Prefeitura disse, também em nota, que a GCM participou nesta sexta, em conjunto com a Polícia Militar, Polícia Civil e a Subprefeitura da Sé, de ação de zeladoria urbana e desobstrução das vias públicas. As ações são realizadas diariamente na região. A Guarda, em parceria com a PM e com a Civil, auxiliou na prisão de quatro indivíduos e presta apoio para encontrar os demais suspeitos.

"Durante a ação, um grupo de pessoas invadiu uma drogaria, saqueando alguns produtos da loja. A GCM imediatamente controlou a situação. Não houve confrontos, nem feridos, nem condução de pessoas ao DP por parte da GCM", acrescentou o Município.

O sistema operacional dos iPhones da Apple, iOS 17, pode estrear em junho durante a conferência para desenvolvedores WWDC 2023 com vários “recursos interessantes” solicitados pelos usuários. A informação foi revelada hoje (27) por Mark Gurman, jornalista da Bloomberg e pela fonte sobre assuntos da Gigante de Cupertino, uma base de operações da Apple.  

Antigos rumores indicavam que o novo software seria uma “grande atualização” focada em correções de bugs e desempenhos, mas entregando poucos recursos novos. Contudo, a Apple alterou os planos originais e o iOS poderá incluir “novidades notáveis”.

##RECOMENDA##

Diferente do iOS 16, o novo sistema será mais resumido do que antes. No Twitter, Gurman citou que o iOS 17 deve ter mais recursos inéditos para os donos de iPhone. Contudo, não serão grandes inovações, como a tela de bloqueio renovada introduzida no iOS 16. De modo suposto, esse sistema deve inserir funções menores e constantemente solicitadas pelos usuários. Entretanto, o jornalista não deu exemplos de quais recursos poderão ser adicionados. 

Segundo Gurman, a Apple não quer transformar o iOS 17 em uma atualização ambiciosa como o antecessor. Lançado em 2022, o iOS 16 teve um desenvolvimento difícil com prazos estourados e, infelizmente, chegou ao público com inúmeros bugs. O jornalista também afirmou que o headset da Apple foi apresentado internamente para executivos da empresa no Steve Jobs Theatre na semana passada. Além do software para iPhones, a marca deve mostrar os sistemas operacionais watchOS 10 para Apple Watch e macOS 14 para computadores e notebooks Mac. 

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ontem que autoridades e órgãos de investigação brasileiros podem requisitar informações diretamente a provedores de internet e plataformas digitais que têm sede no exterior, sem a necessidade de passar pela Justiça estrangeira. O resultado impõe uma derrota a empresas de tecnologia como Twitter, Facebook e Telegram.

O entendimento unânime dos ministros deve facilitar as investigações sobre os atos golpistas do dia 8 de janeiro. Os protestos que deixaram rastro de destruição no Palácio do Planalto, no Congresso e no Supremo, em Brasília, foram articulados majoritariamente pelas redes sociais.

##RECOMENDA##

"As grandes plataformas acabaram, por omissão, colaborando com os atos do dia 8 de janeiro. A organização desses atos não teria sido possível se elas tivessem um filtro mínimo, teriam não só avisado as autoridades como cessado essa propagação", afirmou o ministro Alexandre de Moraes.

O julgamento foi iniciado em outubro e suspenso por pedido de vista de Moraes. Os ministros seguiram o relator Gilmar Mendes e concluíram que, quando possível, os pedidos de informação devem ser direcionados a filiais ou escritórios no Brasil para agilizar o acesso a dados necessários em investigações penais.

Essa é uma prática que já vinha sendo usada por Moraes em investigações sensíveis ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados, como os inquéritos das fake news, das milícias digitas e agora dos atos antidemocráticos, e também pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As empresas estrangeiras questionaram esses métodos na Corte.

DESOBEDIÊNCIA

Ao chancelar o mecanismo, o plenário do STF aumenta a pressão pela entrega de dados, em meio à resistência das plataformas em bloquear perfis e expor a comunicação dos usuários. O Telegram, por exemplo, foi multado em R$ 1,2 milhão por descumprir uma ordem judicial para bloquear a conta do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG). Moraes já chegou a tirar o aplicativo do ar no Brasil e citou o episódio como exemplo de coerção possível, se houver desobediência.

A facilidade com que os usuários conseguem apagar os conteúdos publicados nas redes sociais foi um dos pontos centrais no julgamento. A exclusão das postagens não isenta as plataformas de manter os registros de acesso, mas na prática dificulta a produção de provas nos casos em que as autoridades brasileiras não conseguem contato com os provedores no exterior.

"É diferente para conseguir uma quebra de sigilo bancário, os dados estão no banco, ou o compartilhamento de processos. Aqui a celeridade necessária é muito grande e a possibilidade de simplesmente ocorrer um sumiço total das provas é maior ainda", afirmou Moraes. "Sem a obtenção da prova, não haverá responsabilização."

ACORDO

A ação julgada foi movida pela Federação das Associações das Empresas de Tecnologia da Informação (Assespro Nacional) em 2017. A entidade é representada no processo pelo escritório do ministro aposentado do STF Carlos Ayres Britto.

A Assespro defendeu que o acesso judicial a dados de usuários da internet por provedores sediados no exterior deveria, necessariamente, seguir o trâmite previsto no Acordo de Assistência Judiciária em Matéria Penal (MLAT, em inglês), assinado entre o Brasil e os Estados Unidos.

O acordo de cooperação foi firmado para facilitar investigações criminais, como a tomada de depoimentos, entrega de documentos, transferências de presos, bloqueio de bens e execução de pedidos de busca e apreensão. O texto prevê que as solicitações devem passar por uma autoridade central designada por cada país - no caso do Brasil, o Ministério da Justiça.

"Não importa se o provedor é em Dubai, na Rússia, em Cingapura, se essas informações estão disponíveis e a transmissão dessas informações se dá pelas antenas de telecomunicação brasileiras, a Justiça brasileira tem alcance, está dentro da jurisdição brasileira, não se pode esconder essas informações", ressaltou Moraes.

INEFICIENTE

Para o ministro, o procedimento exigido no acordo não é eficiente. "Funciona bem para todo tipo de cooperação, mas não vem funcionando bem nessa troca de informações ou colheita de provas relacionadas a grandes plataformas", disse Moraes. Segundo ele, "há diferença muito grande" entre o sentido de liberdade de expressão do Brasil e dos EUA. "Essa diferença de interpretação, nesses casos nos quais a informação é uma ideia colocada nessas plataformas, vem dificultando muito a operacionalidade desse acordo", afirmou.

A Assespro argumentou, por sua vez, que não questionou a aplicação da lei brasileira aos atos praticados no Brasil. "O que se defende é a obtenção dos meios de prova com a observância do devido processo legal previsto na própria lei brasileira. E, uma vez que os controladores dos dados pretendidos estão fora do território nacional, faz-se imperioso o uso dos mecanismos de cooperação internacional", afirmou a associação.

O Facebook acompanhou o processo como terceiro interessado. A plataforma defendeu que o MLAT é o "procedimento correto" para obtenção de dados controlados por empresas americanas e culpou autoridades brasileiras pela falta de eficiência do acordo.

"Caso houvesse medidas simples e de fácil alcance ao DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça), como maior divulgação de informações quanto ao uso do mecanismo de cooperação jurídica internacional, melhor treinamento das autoridades brasileiras, ou melhor uso de recursos ou capacitação (por exemplo, tradução de requisições), a quantidade de respostas exitosas aumentaria substancialmente", afirmou o Facebook.

REGULAÇÃO

O julgamento também foi marcado por longos debates entre os ministros, que defenderam ampliar a regulação sobre a atuação das plataformas no Brasil e as hipóteses de responsabilização das redes sociais. Moraes e Dias Toffoli compararam as desinformações que circulam nas redes sociais a uma droga.

"Este não é um momento de mudança de interpretação do direito, mas de transformação do direito para que nós não tenhamos espaços de faroeste digital com efeitos concretos na vida de todos nós", afirmou a ministra Cármen Lúcia.

Nos EUA, a Suprema Corte julga duas ações nesta semana que podem acabar com a imunidade das big techs. As plataformas podem não ter mais o poder de decidir quais conteúdos manter online e quais remover, pois seria preciso uma fiscalização do governo. Além disso, os sites poderiam ser legalmente responsabilizados pelo que seus usuários publicam.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira, 23, por maioria, que a Justiça pode fazer solicitação direta de dados de usuários a grandes plataformas digitais como Facebook e Google. O julgamento reiniciou hoje com o voto do ministro Alexandre de Moraes, que havia pedido vista. A decisão afetará processos importantes em tramitação no STF, como os inquéritos dos atos antidemocráticos e das fake news, relatados por Moraes.

O processo discutia se autoridades brasileiras podem solicitar dados diretamente a provedores de internet com sede no exterior ou se devem seguir os procedimentos firmados entre Estados Unidos e Brasil no Acordo de Assistência Judiciária em Matéria Penal (MLAT, na sigla em inglês).

##RECOMENDA##

A maioria dos ministros seguiu o relator, Gilmar Mendes. Ele votou quando a ação começou a ser julgada, no ano passado. "Não importa se o provedor é em Dubai, na Rússia, em Cingapura, se essas informações estão disponíveis e a transmissão dessas informações se dá pelas antenas de telecomunicação brasileiras, a Justiça brasileira tem alcance, está dentro da jurisdição brasileira, não se pode esconder essas informações", ressaltou Moraes.

Para Moraes, o procedimento exigido no acordo não é eficiente. "Funciona bem para todo tipo de cooperação, mas não vem funcionando bem nessa troca de informações ou colheita de provas relacionadas a grandes plataformas", disse o ministro. O acordo determina que a solicitação de informações seja feita somente entre os Ministérios da Justiça dos dois países. Ele também estabelece regras para que a jurisdição estrangeira não se sobreponha à local. Para isso, há um longo caminho burocrático.

O magistrado destacou que "há diferença muito grande" entre o sentido de liberdade de expressão do Brasil e dos EUA. "Essa diferença de interpretação, nesses casos onde a informação é uma ideia colocada nessas plataformas, vem dificultando muito a operacionalidade desse acordo", afirmou em seu voto.

Moraes ainda ressaltou que, em caso de desobediência das plataformas, um caminho que a Justiça brasileira pode seguir é a suspensão do funcionamento em território nacional. Em março do ano passado, o ministro atendeu a pedido da Polícia Federal e suspendeu o Telegram no Brasil até que o aplicativo cumpriu medidas judiciais e foi reativado. Moraes citou o caso como um "leading case" de referência internacional.

Em razão do tempo avançado, os outros ministros votaram rapidamente após Moraes. As únicas divergências foram dos ministros André Mendonça e Kássio Nunes Marques, que não conheceram a legitimidade da ação. Eles deixaram explícito, no entanto, que seguiriam o relator caso apreciassem o mérito.

Ao prometer uma experiência mais personalizada e simples, a Uber anunciou a nova versão do aplicativo nesta quarta-feira (22). Disponível para alguns dos usuários há algumas semanas, a interface reformulada agora começa a ser liberada para mais clientes. Segundo a empresa, o novo visual deixa o uso mais intuitivo ao eliminar ‘toques extras” ao solicitar uma corrida ou entrega.  

Assim, a plataforma pretende se tornar uma ferramenta única para “ir a qualquer lugar ou pedir qualquer coisa”. A nova interface traz os carrosséis “Mais formas de usar o app” e “Economize com a Uber”. São destacadas outras opções de serviços. Como reservar uma viagem, conexões com o transporte público, adição de paradas e envio de itens. Outra novidade é a guia “Serviços” na parte inferior da tela, onde os usuários encontram todas as opções de produtos disponíveis na região, como “Mercado” e “Envios”.  

##RECOMENDA##

Já na aba “Atividades”, os clientes conseguem ver o histórico e re-agendar corridas e pedidos. A atualização também trouxe mudanças para o menu “Viagens”. Ao tocar em “Para onde?”, será exibido a opção “Lugares salvos” e sugestões de destinos baseados nas atividades dos usuários. Segundo a Uber, o novo app estará sempre aprendendo sobre o cliente e exibirá recomendações personalizadas na tela inicial. Por exemplo, se a pessoa costuma reservar viagens, o próprio software mostrará outras opções de serviços “pré-planejados”.  

 

O cidadão que precisar pedir informações ao Banco Central (BC) ou registrar reclamações sobre bancos pode usar o nome social. Desde a última segunda-feira (23), o órgão oferece a opção ao serviço Fale Conosco. A única exigência é que o nome social esteja incluído na base de dados da Receita Federal.

A opção pelo nome social existe desde outubro para o Registrato, serviço que fornece o histórico do cidadão com instituições financeiras. O canal de atendimento telefônico do BC também está adaptado, com o atendente perguntando ao cidadão se prefere ser tratado pelo nome social ou civil.

##RECOMENDA##

Segundo o Departamento de Atendimento Institucional do BC, o uso do nome social é possível porque o órgão tem convênio com a Receita Federal para acessar a base de dados do Fisco e comprovar a identidade do usuário. Ao informar o Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou logar com o CPF na conta Gov.br, o BC cruza os dados. Em caso de contato telefônico, o sistema avisa ao atendente a existência do nome social. Se o registro for pela internet, a forma de tratamento aparece na tela.

Além da forma de dirigir-se ao cidadão, o sistema permite que o BC inclua o nome social em documentos oficiais, como os relatórios emitidos pelo Registrato. Nesse caso, o nome social do usuário aparecerá em destaque, acompanhado do seu nome civil.

De acordo com o BC, o reconhecimento do nome social na administração federal é exigido pelo Decreto 8.727, editado em abril de 2016. No entanto, os órgãos públicos ainda estão se adaptando.

No Registrato, a opção de uso do nome social está disponível desde 1º de outubro do ano passado. O BC esclarece que a possibilidade ainda não é oferecida em demandas de ouvidoria ou de pedidos relacionados à Lei de Acesso à Informação porque esses serviços dependem da plataforma Fala.BR, desenvolvida pela Controladoria-Geral da União (CGU), que ainda não permite a inclusão do nome social pelos requerentes.

A gigante americana das redes sociais Meta, proprietária do Facebook, foi multada em 5,5 milhões de euros nesta quinta-feira (19) por descumprir o regulamento de proteção de dados da União Europeia com seu aplicativo de mensagens WhatsApp.

Nesta nova decisão, a comissão irlandesa de proteção de dados (DPC, na sigla em inglês), que atua em nome da UE porque a sede europeia do grupo fica na Irlanda, considerou que a gigante digital operou "descumprindo suas obrigações de transparência", informou o órgão regulador em nota.

##RECOMENDA##

Além disso, a Meta baseou-se em um fundamento jurídico equivocado "para seu tratamento de dados pessoais com fins de melhoria e segurança do serviço", acrescentou, dando ao grupo um prazo de seis meses para "ajustar suas operações de tratamento de dados" em conformidade com o regulamento europeu.

Esta sanção tem como base motivos similares à adotada em 4 de janeiro contra a Meta, que foi multada em 390 milhões de euros em relação com suas redes sociais Facebook e Instagram.

O grupo americano anunciou imediatamente que pretende apresentar um recurso.

O órgão regulador irlandês já havia imposto uma sanção de 255 milhões de euros ao WhatsApp em setembro de 2021, por descumprir suas obrigações de transparência, em particular no que se refere às transferências de dados para outras empresas do grupo.

A DPC também multou a Meta em 405 milhões de euros em setembro por falhas no tratamento de dados de menores de idade e em 265 milhões de euros em novembro por não proteger suficientemente os dados de seus usuários.

A nova rodada de sanções de janeiro é consequência da adoção de três decisões vinculantes pelo comitê europeu de proteção de dados no início de dezembro.

As câmeras podem ser um elemento essencial na hora de escolher um celular novo. Então, as fabricantes têm lançado aparelhos que atendam às necessidades de públicos diferentes. Com base nos lançamentos de 2022, a equipe do LeiaJá selecionou quatro smartphones com as melhores câmeras para cada ocasião. Confira a seguir os modelos indicados para os usuários mais “versáteis” até aqueles que procuram uma experiência profissional. 

Câmera mais versátil: Samsung Galaxy S22 Ultra: Entre as opções premium de 2022, o S22 é o mais versátil. O celular tem um sensor principal de 108 MP com “Adaptive Pixel”, tecnologia que combina com imagens de 108MP e 12MP para registros mais brilhantes e detalhados. Outro destaque é o modo Night Graphy para fotos à noite ou em ambientes mais escuros. Além do sensor ultrawide, o celular ainda tem duas unidades teleobjetivas com zoom de 3x e 10x. Preço: a partir de R$7.599. 

##RECOMENDA##

Melhor câmera para vídeo: iPhone 14 Pro Max: Em 2022, ele é o mais indicado para quem deseja gravar vídeos. Com o novo sensor principal de 48MP, o topo da linha da Apple possui o modo Cinema para gravações com controle de foco em 4K HDR a 24 quadros por segundo. Para mais, o modo Ação mantém as imagens estáveis em registros em movimento. Os profissionais se beneficiam com o codec ProRes da Apple que, apesar de ocupar mais espaço, oferece maior gradação de cores e não danifica a qualidade na pós-produção. Preço: a partir de R$8.999. 

Melhor câmera de selfie: Vivo V21: Em 2022, o Vivo desbancou as marcas mais tradicionais ao entregar uma câmera frontal com sensor de 44MP. O conjunto ainda oferece estabilização óptica de imagem (iOS) e dois defensores de flash. Outro destaque fica para o software da câmera com ajustes de desfoque de fundo, iluminação do flash e até modo de “embelezamento digital”. O ponto negativo é que o modelo não foi lançado oficialmente no Brasil. Preço: a partir de 1.600 yuans (cerca de R$1.223 na conversão direta, sem impostos) 

Melhor “câmera profissional”: Sony Xperia 1 IV: Considerada “uma câmera que faz ligações”, o Sony é indicado para usuários que buscam experiências fotográficas profissionais. Desenvolvido em parceria com a Zeiss, o conjunto é liderado por uma câmera principal de 12MP com tamanho de uma polegada. Com isso, o modelo pode captar mais luz e obter maior alcance dinâmico que os outros dispositivos da lista. Tal como, o celular com câmera quádrupla usa um software com inúmeros ajustes manuais semelhantes às câmeras profissionais. Preço: a partir de US$1.599 (cerca de R$8.467 na conversão direta, sem impostos). 

Os planos de saúde médico-hospitalares já acumulam um aumento de 1,6 milhão de beneficiários nos últimos 12 meses, segundo balanço divulgado nesta terça-feira (6) pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e referente a dados de outubro. 

Depois de ter superado a marca de 50 milhões de usuários em setembro, o número continuou a subir em outubro e somou 50.196.862.

##RECOMENDA##

A ANS também contabiliza aumento no número de usuários de planos odontológicos, que segue acima do patamar de 30 milhões.

O balanço mostra que o crescimento no número de beneficiários nos planos médico-hospitalares ocorreu em 25 das 27 unidades da federação, quando outubro de 2022 é comparado com o mesmo mês de 2021.

Entre os odontológicos, 26 unidades federativas registraram crescimento no comparativo anual.

Usuários do WhatsApp poderão utilizar a ferramenta de criação de enquetes em suas conversas. A novidade vinha sendo testada e agora foi lançada na versão estável do aplicativo nesta quarta-feira (16). É possível criar enquetes tanto em conversas únicas quanto em grupos. Cada enquete pode ter até dez opções e no mínimo duas. 

O aplicativo também informa sobre as opções repetidas e, caso existam, não deixa o usuário fazer o envio para os contatos. Também é possível votar em mais de uma opção e até mesmo “cancelar” um voto. Ao criar uma enquete, é possível notar direto do chat a quantidade de votos que uma opção obteve e também os contatos que votaram.

##RECOMENDA##

Também é possível verificar, de um modo geral, os dados ao clicar no botão “Ver votos”, que fica logo abaixo da mensagem com a enquete. O lançamento da nova ferramenta tem sido feito gradualmente. Logo, nem todos os usuários podem acessá-la de imediato. A versão Web do mensageiro, por outro lado, ainda não permite a criação de enquetes.  

Tanto em celulares Android quanto em iPhones (iOS), os usuários já podem criar as enquetes e compartilhar com contatos ou em grupos.

No sistema operacional do Google, basta realizar o seguinte processo:  

Abra uma conversa e toque no ícone de clipe de papel; 

Selecionar a opção “Enquete”; 

 Já em dispositivo iOS, o processo também é simples: 

Abra uma conversa e toque no ícone de “+”; 

Selecione a opção “Enquete” 

 Não é possível encaminhar enquetes para outras pessoas. Na enquete, é preciso incluir uma pergunta em uma linha e, em seguida, digitar as opções. Depois de incluir as informações, basta que o usuário toque o botão “Enviar” para que os contatos recebam a enquete e possam participar da votação. A função de criar enquetes também está disponível no Telegram.  

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando