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Hábitos saudáveis, exercícios físicos e controle do peso podem prevenir a incontinência urinária – sintoma caracterizado pela perda involuntária da urina, problema que acomete cerca de 20 milhões de brasileiros, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

De acordo com o doutor em urologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e diretor da SBU, Carlos Sacomani, a incontinência, quando moderada ou grave, pode afetar a vida sexual, profissional e o convívio pessoal do paciente. “Em termos de comprometimento da qualidade de vida, pode ser bastante importante se a intensidade for de moderada a grave”, destaca.

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Segundo o médico, quando ocorre em mulheres, as causas principais estão ligadas ao esforço, em pacientes que sofreram um enfraquecimento da musculatura do assoalho pélvico. “Quando elas tossem, espirram ou fazem esforço físico, alguma atividade física, escapa urina”, explica. De acordo com ele, a musculatura do assoalho pélvico pode ser sobrecarregada em caso de mulheres com muitos partos, gravidez de gêmeos ou de crianças muito pesadas.

As pacientes também podem ter incontinência devido a um quadro de bexiga hiperativa, explica o médico, quadro que pode ser acentuado pelo consumo de café e chá preto. “São mulheres que têm alteração na bexiga, elas têm vontade de urinar e se elas não forem rapidamente ao banheiro, perdem urina”.

Nos homens, o quadro de bexiga hiperativa ocorre também, mas é mais comum nos pacientes  idosos. A incontinência urinária ainda ocorre em homens como sintoma secundário à cirurgia de próstata. “Há pacientes que fizeram cirurgia de próstata, principalmente por câncer, e que evoluem com perda urinária depois da cirurgia. A causa é a própria cirurgia”, ressalta Sacomani.

O tratamento da incontinência pode começar pela mudança do estilo de vida e fisioterapia do assoalho pélvico. Nos casos de bexiga hiperativa, há a possibilidade da utilização de medicamentos e até o implante de um marca-passo da bexiga. Nos pacientes com perda de urina associada ao esforço, pode-se também fazer o tratamento cirúrgico.

A prevenção passa por hábitos saudáveis, segundo o médico. “São aqueles hábitos de sempre, entre eles praticar atividade física adequada e evitar obesidade, que está diretamente relacionada à incontinência urinária - quanto maior o sobrepeso, maior a chance de incontinência urinária”. 

São Paulo – Escutar as batidas de um coração – em formato gigante – e saber o quanto ele pode bater quando você estiver comemorando o gol de seu time preferido ou quando você terminar uma prova da tradicional Corrida de São Silvestre. Ou saber quantas vezes, aproximadamente, seu coração bateu desde o dia em que você nasceu. Estas são algumas das atividades interativas que fazem parte da exposição Vias do Coração, aberta na última quinta-feira (1º) na Estação Ciência, ao lado da Estação Lapa, em São Paulo.

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A mostra, criada em 2008,  foi visitada por mais de 45 mil pessoas. Ela é parte do Programa Ciência Móvel-Vida e Saúde para Todos, um museu de ciências itinerante.

A exposição, que passou por outras cidades antes de chegar à Estação Ciência, tem início no próprio coração – que na mostra tem cerca de 2,5 metros de altura. “Esse coração é a nossa estrela. Temos dez estações, que são evolutivas. A mostra começa com o coração. Logo de cara você é apresentado ao principal artista do nosso corpo, mostrando sua estrutura e também estabelecendo um paralelo com o nosso dia a dia”, explicou Cristina Moscardi, coordenadora executiva da mostra.

Ao lado do coração há um painel que informa sobre a sua estrutura e seu funcionamento. E há também botões que podem ser apertados pelos visitantes e vão lhe mostrar quantas vezes o coração bate em diversas situações: quando se está dormindo, quando se está assistindo à final de um campeonato de futebol, quando se leva um susto ou se recebe uma grande notícia e quando se termina uma Corrida da São Silvestre. “A exposição tem esse propósito de fazer uma troca com as pessoas, de fazer com que elas participem. O visitante informa-se e também aprende como deve agir para começar a tratar melhor seu coração”, falou Cristina.

Após o coração, o visitante vai a outros espaços, onde poderá aprender sobre o funcionamento do sistema circulatório e conhecer os principais elementos constituintes do sangue. Vai aprender a prevenir doenças cardiovasculares como a hipertensão e conhecer o que é o diabetes. Na Estação Diabetes há um modelo interativo mostrando o impacto do diabetes no corpo humano e um prato gigante, criado pelo escultor Gil Verx, com o objetivo de orientar os visitantes a compor refeições saudáveis e equilibradas.

No dia de abertura, grupos de estudantes visitaram a exposição. Maria Vitória Campos, 11 anos, do Colégio Bem-me-Quer Positivo, de Tatuí (SP), foi pela primeira vez. “Achei bem legal. Pretendo vir várias vezes aqui”, disse ela. Rodrigo Medeiros Mazzochi, outro aluno de 11 anos e integrante da mesma excursão do colégio gostou da exposição. “Gostei de ver quantas vezes o coração bateu”, disse ele.

A exposição Vias do Coração é uma parceria entre o Museu da Vida, a Casa de Oswaldo Cruz, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Sanofi (empresa do ramo farmacêutico). Estará aberta até 31 de março do ano que vem. Mais informações podem ser encontradas em http://www.eciencia.usp.br/.

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