Tópicos | Hall da Fama do Rock

Dolly Parton, ícone da música country, foi introduzida nesta quarta-feira (4) no Hall da Fama do Rock and Roll, apesar da artista não desejar essa honra, por não se considerar digna dela.

A cantora faz parte de um grupo eclético de novos integrantes desse seleto clube, que inclui o rapper Eminem, o cantor e ator Harry Belafonte, a cantora de rock Pat Benatar, a banda britânica Duran Duran e o cantor, compositor e produtor Lionel Richie, entre outros.

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Parton, de 76 anos, conhecida por hits como "Islands in the Stream" e "Jolene", pediu que seu nome não fosse considerado para a homenagem.

"Embora me sinta extremamente lisonjeada e grata por ter sido nomeada ao Hall da Fama do Rock and Roll, não sinto que conquistei esse direito", disse.

Quando o Hall de Fama rejeitou seu pedido, em parte porque a votação já estava em marcha, Parton acabou cedendo.

A organização afirmou que Parton é muito mais que uma estrela da música country. "Com sua carreira pioneira como compositora, sua voz inconfundível, seu glamour campestre, sua inteligência empresarial e seu trabalho humanitário, Dolly Parton é um ícone muito querido que transcende o gênero que transformou para sempre", escreveu a organização em seu site.

Estrelas da música country não são novidade no Hall da Fama com sede em Cleveland: Johnny Cash, Jimmie Rodgers eChet Atkins integram suas fileiras.

Outros novas integrantes anunciados nesta quarta-feira incluem Carly Simon, os Eurythmics e Judas Priest.

Os novos homenageados serão admitidos formalmente em um cerimônia em Los Angeles em 5 de novembro.

Os artistas podem ser admitidos pela organização 25 anos depois de seu primeiro lançamento musical comercial. São eleitos por um grupo de mais de mil artistas, historiadores da música e veteranos da indústria.

Em um evento online no último sábado (7), a banda inglesa de música eletrônica Depeche Mode recebeu homenagens e consquistou seu espaço no Hall da Fama do Rock, em Ohio (EUA).

Com um discurso tocante, postado no canal da Rock and Roll Hall of Fame no YouTube, os integrantes da banda homenagearam suas famílias, fãs e os ex-integrantes, Vince Clarke e Alan Wilder. "É uma honra fazer parte disso. É incrível fazer parte desse clube que tem vários artistas que crescemos ouvindo: David Bowie, Iggy Pop and The Stooges, The Clash, The Eagles", disse o vocalista, Dave Gahan. "Não faço ideia do que faria se não tivesse encontrado a música. A música nos salvou", complementou.

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O evento, que acontece todos os anos, foi transmitido pelo canal HBO Max. Essa foi a primeira vez que a cerimônia não teve apresentação ao vivo, por conta da pandemia de coronavírus. Na atração também foi anunciado que Doobie Brothers, Whitney Houston, a banda Nine Inch NailsNotorious BIG, T. Rex, o produtor cinematográfico Jon Landau e o empresário Irving Azoff ganharam homenagens no museu.

 A banda formada em 1980, em Essex, na Inglaterra, por Dave Gahan, Martin Gore e Andrew Fletcher, se mostrou animada ao ser incluída na instituição localizada em Ohio, EUA. 

 

As bandas de rock britânicas The Cure e Radiohead vão fazer parte, assim como a cantora americana Janet Jackson, do Hall da Fama do Rock, anunciou nesta quinta-feira (13) o panteão do Rock and Roll, que há tempos abre suas portas a diversos gêneros musicais.

Completam a safra de 2019 outros três grupos britânicos: Def Leppard, Roxy Music e The Zombies, representantes de estilos muito diferentes, e a cantora americana Stevie Nicks, que integra o grupo Fleetwood Mac, e passa a ser homenageada individualmente.

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Embora a lista seja dominada por músicos de rock, a inclusão da cantora pop Janet Jackson mostra a intenção do Hall da Fama de não se limitar estritamente a este estilo musical e, neste sentido, já fazem parte dele rappers e músicos de folk, reggae, soul e R&B.

Na pré-seleção, apresentada em outubro pelo Hall da Fama, situado em Cleveland (Ohio) e do qual um artista pode fazer parte a partir dos 25 anos desde a publicação de sua primeira canção, apareciam também o grupo alemão de música eletrônica Kraftwerk e o rapper americano LL Cool J.

O grupo The Cure será oficialmente contemplado em uma cerimônia em 29 de março de 2019 no Brooklyn, quando forem completados 40 anos do lançamento do primeiro álbum com o nome inicial da banda, "Easy Cure".

A banda marcou profundamente os anos 1980 e 1990 com uma música marcada pela melancolia e pelo romantismo, com sucessos como "Boys Don't Cry", "Close To Me" e "Friday I'm in Love".

Sua composição evoluiu ao longo dos anos, sempre ao redor do vocalista, Robert Smith, a imagem da banda com sua voz aguda, maquiagem marcada e cabelos desgrenhados.

Apesar de não ter lançado nenhum álbum desde 2008, o The Cure continua enchendo casas de shows e estádios por onde vá. Em 7 de julho passado, reuniu mais de 65.000 pessoas no parque londrino Hyde Park, em um concerto organizado para comemorar os 40 anos da banda.

- "OK Computer" -

A anos-luz do universo do The Cure, o Hall da Fama do Rock decidiu também homenagear Janet Jackson, eleita por um júri de mais de mil pessoas, membros, historiadores da música e profissionais da indústria.

Inicialmente conhecida por ser a irmã caçula do rei do pop, Michael Jackson, Janet construiu uma carreira a partir dos anos 1980.

Em 1986, seu álbum "Control" fez dela uma estrela completa, graças a uma hábil combinação de pop e R&B e, da mesma forma que seu irmão, salvando as diferenças, conseguiu criar um universo, no qual a dança está muito presente, inspirando gerações de cantores.

De 1986 a 2000, dez de suas canções alcançaram os primeiros lugares de sucesso de vendas nos Estados Unidos, como "Miss You Much" e "Rythm Nation", acompanhadas de vídeos que modernizaram o universo das coreografias em grupo.

"Conseguimos, garotos. Muito obrigada por todo o seu apoio e apoio", tuitou a estrela.

Outro contemplado este ano foi o grupo inglês Radiohead, descartado no ano passado apesar de ser um dos pré-selecionados favoritos.

O Radiohead marcou a cena musical desde seu primeiro álbum, com uma música sombria e neurótica, que contrastava com a picardia dominante do "brit pop" no começo dos anos 1990, e foi catapultado para a fama com a balada "Creep".

Impulsionada pelo espírito atormentado do vocalista Thom Yorke e sua voz cativante, a banda se posicionou na vanguarda do rock, especialmente com o álbum "OK Computer", que marcou profundamente o fim dos anos 1990.

Com passagens instrumentais melodiosas, compassos que desconcertavam os DJs e letras inspiradas em textos hindus, o Yes desafiou o rock, mesmo nos momentos de sucesso.

A banda que definiu o gênero do rock progressivo entrará para o Hall da Fama do Rock and Roll em 7 de abril e seu cofundador Jon Anderson diz que o Yes tem o mérito de ter permanecido fiel a seus princípios.

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"A música não deve ser apenas uma mercadoria. É sobre evoluir como um músico e como um grupo de músicos", disse Anderson à AFP por telefone.

"E foi isso que o Yes fez. Permaneceu leal a seus ideais", disse. "É genial quando uma banda se apega a um ideal", completou.

Liderado pela voz marcante de Anderson, o Yes se inspirou mais na estrutura das sinfonias clássicas do que na do R&B, ao contrário de boa parte do rock.

O grupo, que venceu mais de 50 milhões de álbuns, chegou apenas uma vez ao "número um" da parada de sucessos nos Estados Unidos, em 1983 com "Owner of a Lonely Heart", talvez a canção do Yes que mais se aproxime do pop tradicional.

A banda inglesa celebrará em 2018 o aniversário de 50 anos de carreira, após uma série de mudanças em sua formação, que deixaram o Yes irreconhecível em relação a sua formação original.

O baixista Chris Squire, que fundou o Yes com Anderson, faleceu em 2015, depois de ter sido diagnosticado com uma forma rara de leucemia.

Rick Wakeman, que foi tecladista do grupo durante muitos anos, não escondeu a irritação com o fato do Yes ter sido indicado ao Hall da Fama do Rock and Roll apenas após a morte de Squire. Mas ele aceitou comparecer à cerimônia em Nova York depois de chegar a um acordo para prestar uma homenagem à viúva do baixista.

"Acredito que Chris estará lá em espírito", disse Anderson, 72 anos, que está em turnê com Wakeman e o ex-guitarrista do Yes Trevor Rabin, em um grupo que batizaram de ARW.

- "Todos somos espirituais" -

Anderson incorporou a meditação em sua vida cotidiana e frequentemente fala sobre a natureza e a proteção ao meio ambiente em suas letras, como na canção "Don't Kill the Whale" de 1978.

Consultado sobre seus rituais, o cantor disse que a meditação não é uma atividade fixa.

"Depende de como você enxerga a meditação. Caminhando pelo jardim ou caminhando pela cidade você pode meditar ao ser parte da energia que te cerca".

Anderson revela que pensa muitas vezes por quê ele e não outros tiveram sucesso. Ele acredita que é por sua visão da "energia divina que nos cerca o tempo todo".

"Desde as primeiras canções que escrevi no primeiro álbum até agora eu continuo cantando sobre as mesmas coisas", disse.

"As pessoas falam: 'Você é muito espiritual'. E eu digo: 'Não, não, todos somos espirituais, eu apenas gosto de cantar sobre isso", comenta, com um sorriso.

A ambição do Yes ficou evidente em 1973 com o álbum "Tales from Topographic Oceans", que tem quatro canções com quase 20 minutos cada.

Anderson estabeleceu o conceito inspirado por quatro shastras hindus que leu no livro clássico de Paramahansa Yogananda, "Autobiografia de um iogue".

- Emocionado com o futuro -

Além do Yes, Anderson participou em vários projetos, que incluem música ambiente para meditação, uma pesquisa sobre a música da África Ocidental e um álbum sobre uma lenda nativa americana.

Ao mesmo tempo, Anderson confessa que é fã de "La La Land", que assistiu depois de uma recomendação de sua filha.

Seus próximos projetos incluem um musical sobre Rumi, o célebre poeta persa do século XIII.

Também pretende continuar explorando o impacto das novas tecnologias na música, da realidade virtual até o "sound surround".

"Estou trabalhando em tantas coisas que você ficaria maluco para entender", afirmou, sem conter a risada.

"Estou na casa dos 70 e ainda adoro o que eu faço", conclui".

Os pioneiros da música eletrônica Kraftwerk, os roqueiros do The Smiths e os rappers do N.W.A. estão entre os indicados para entrar no Hall da Fama do Rock, anunciados nesta quinta-feira. Sting e o falecido Lou Reed também estão entre os candidatos. Suas influentes bandas originais - The Police e The Velvet Undergroud - já estão nesse seleto clube de lendas da música em Cleveland, Oklahoma.

Os indicados serão submetidos ao julgamento de 700 especialistas, que vão selecionar cinco artistas para entrar no salão no próximo ano.

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Os fãs também desempenham um pequeno papel, pois poderão votar em seus favoritos entre os candidatos no dia 9 de dezembro.

"O rock n'roll incorpora aspectos de diferentes estilos musicais e isso é o que faz que este grupo de artistas seja tão poderoso e único", disse Joel Peresman, presidente e CEO da 'Rock and Roll Hall of Fame Foundation'.

Os alemães do Kraftwerk foram os pioneiros da música eletrônica nos anos 70 ao se "desumanizarem" com canções como "We Are the Robots" (Nós somos os robôs) e "The Man-Machine" (O homem-máquina).

Os britânicos do The Smiths, que atuaram juntos por cinco anos - até 1987 -, conquistaram um grande número de fãs com as letras de Morrisey e a guitarra "pós-punk" de Johnny Marr.

O N.W.A. surpreendeu a muitos no final dos anos 80 com suas letras polêmicas sobre a vida nas ruas, como "Fuck The Police".

O mítico guitarrista de blues, Stevie Ray Vaughan, que teve sua carreira abreviada em 1990 por um acidente aéreo, também foi nomeado junto ao quarteto feminino The Marvelettes, que interpretou em 1961 o clássico "Please Mr. Postman".

"Clássicos recentes" também fazem parte do grupo de candidatos, como Green Day e Nice Inch Nails.

Para ser indicado, o artista precisa ter lançado seu primeiro single ou álbum há pelo menos 25 anos.

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