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As médicas baianas Ana Elisa Almeida e Mariana Fontes estão reinventando o modo humanizado de prestar atendimento aos seus pacientes. O objetivo da dupla é correr na direção contrária da típica prescrição ilegível e do contato engessado entre médico e paciente.

 Ana Elisa tem 25 anos e é residente em Infectologia, já Mariana tem 27 e faz residência em Psiquiatria. As duas passaram a fazer receitas visuais e de fácil entendimento, tornando mais simples a compreensão do paciente em relação aos remédios que deve tomar.

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 “Durante nossa graduação tivemos matérias focadas na humanização da relação médico-paciente e isso inclui uma linguagem acessível ao paciente, de forma que ele entenda, participe ativamente do seu processo de saúde-doença, e tenha uma boa adesão terapêutica”, explicam as médicas.

 Muitos desenhos, cores e formatos fazem parte das prescrições feitas por elas. A atitude facilita, inclusive, a situação de pacientes analfabetos. Colando o mesmo desenho na receita e na caixa do remédio, o enfermo consegue saber sem dificuldades qual medicamento precisa tomar tantas vezes por dia.

 Segundo o levantamento mais atual divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem pelo menos 11,5 milhões de pessoas com mais de 15 anos analfabetas. Segundo as baianas, foi a partir dos preceitos aprendidos nas aulas e na filosofia da slow medicine (medicina sem pressa) que elas decidiram utilizar recursos visuais em seus atendimentos.

 “A receita ilustrada deixa visualmente mais fácil e ajuda na assimilação do que foi prescrito, uma vez que utiliza recursos como símbolos e imagens (estimulando o hemisfério direito do cérebro, que é subjetivo/ criativo) e palavras pontuais (estimulando o hemisfério esquerdo do cérebro que é mais lógico/ objetivo). Como resultado, nos aproximamos da linguagem dos pacientes, os quais compreendem a informação e consequentemente, melhoram a adesão terapêutica”, afirma a dupla.

Nesta sexta-feira (12), os enfermeiros de todo o mundo podem comemorar. É neste dia em que é celebrado o Dia Mundial do Enfermeiro. A data foi criada em homenagem à famosa enfermeira Florence Nightingale, nascida em 1820. No Brasil, a comemoração é estendida até o dia 20, já que é nesta data em que se comemora o Dia do Técnico e Auxiliar de Enfermagem. O dia também marca o dia da morte de Ana Néri, a enfermeira brasileira mais reconhecida por seu trabalho.

Mas, na realidade, o que essas duas enfermeiras que foram motivo da criação de uma semana em comemoração à profissão têm em comum? Ambas dedicaram suas vidas a cuidar de outras pessoas, em um serviço de saúde humanizado. Ana Néri partiu, durante a Guerra do Paraguai, para prestar serviços de enfermagem em hospitais da América Latina. Já Florence Nightingale foi a responsável por cuidar de centenas de vidas na Guerra da Crimeia.

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O que é uma enfermagem humanizada?

De acordo com a coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade Joaquim Nabuco, Thaisa Remigio, a enfermagem humanizada é aquela que se preocupa verdadeiramente com o paciente, que presta atenção nas suas necessidades, que o ouve e que está à disposição para auxiliá-lo. “O cuidado ideal, humanizado, é aquele que valoriza todo o processo de assistência, que acolhe, que ouve, que percebe as necessidades, que busca auxiliar no que for necessário, sempre buscando o bem estar do paciente”, pontua.

Importância da enfermagem humanizada

E mesmo que seus benefícios não sejam tão reconhecidos, a enfermagem praticada de forma humanizada é a solução para muitos problemas que enfrentam os pacientes. Ainda de acordo com a professora Thaisa Remigio, além dos benefícios emocionais para o paciente, a docente também salienta o progresso na recuperação. “Todo cuidado humanizado é percebido pelo paciente de forma positiva influenciando diretamente em sua evolução recuperação”, comenta.

Ou seja, pensando de uma forma prática, trabalhar de forma humanizada é a otimização do processo de cuidado e internação de pacientes. Se esse tipo de trabalho é realizado, os pacientes obtêm mudanças significativas e consideráveis no estado de saúde, há a liberação mais rápida dessas pessoas. 

Dia Mundial do Enfermeiro

A Faculdade Joaquim Nabuco promoveu um evento em comemoração ao Dia Mundial do Enfermeiro, celebrado nesta sexta-feira (12). Às 8h30, os alunos vão poderam conferir a palestra “Conhecendo a atuação do Enfermeiro na Saúde Pública”, ministrada pela professora Ms. Angela Lessa de Andrade. 

Das 9h15 às 10h, os alunos contaram com a palestra “Conhecendo a atuação do Enfermeiro em Cuidados Paliativos”. Essa aula ficou a cargo da professora Ms. Andreyna Javorski Rodrigues. Por último, das 10h30 às 11h15, os discentes de Enfermagem foram contemplados com outra atividade. Com tema “Conhecendo a atuação do Enfermeiro na Saúde da Mulher”, novamente ministrada pela Ms. Ângela Lessa de Andrade, a palestra encerrou as atividades do Dia Mundial do Enfermeiro.

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