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"Até quando vão continuar objetificando e hipersexualizando o corpo da mulher?". O questionamento é da jornalista Paula Passos, de 22 anos, impedida de entrar em uma unidade de saúde de Pernambuco por causa do tamanho de seu vestido. O episódio constragendor aconteceu por volta das 14h desta quarta-feira (12), no Hospital dos Servidores do Estado, no bairro do Espinheiro, Zona Norte da capital pernambucana.

A jornalista estava na unidade de saúde para buscar injeções para a mãe, que sofre com câncer e está fazendo quimioterapia. "Após cada sessão, ela precisa tomar cinco injeções para imunidade. Cheguei do trabalho e coloquei a primeira roupa que vi para ir ao hospital pegar as injeções porque tem o horário certo para aplicá-las", relata.

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Ao chegar ao local, ela conta que foi "barrada" ainda na portaria do hospital porque, de acordo com a atendente da recepção, "seu vestido estava muito curto". Constrangida com a situação, Paula explicou o caso para a atendente e destacou a importância das injeções para o tratamento da mãe, mas a resposta foi que não poderia subir com aquela vestimenta.

"Tive que ir até o Serviço Social para liberarem a minha permanência no hospital por alguns minutos, enquanto o gelo derretia no isopor em que as vacinas precisam ficar até voltar para geladeira", diz. Em entrevista ao LeiaJá.com, a jornalista explicou que após muitos olhares de repulsa, conseguiu finalmente a autorização para subir rapidamente e buscar os remédios.

"No caminho, encontrei uma senhora magra, por volta dos 50 anos, com o vestido de mesmo comprimento que o meu, andando tranquilamente pelo hospital. Por que ela pode e eu não?", questiona. Ela conta também que em outro momento, no mesmo hospital, já presenciou homens usando bermudas sem restrições.

"Até quando minhas pernas vão incomodar ao ponto de punir minha mãe do seu tratamento? Só porque, em tese, elas são mais "atrativas" do que as da senhora de 50? Até quando vão colocar a culpa nas mulheres por um machismo institucionalizado?", questiona a jornalista.

Procurada pela reportagem do LeiaJá, a assessoria de comunicação do Instituto de Recursos Humanos de Pernambuco, órgão responsável pela administração da unidade de saúde, afirmou que está apurando o caso, já entrou em contato com o hospital e deve se pronunciar ainda nesta quarta-feira. 

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A Secretaria de Defesa Social informou, em nota, nesta quarta-feira (10), que a paralisação prevista para durar 48 horas dos policiais civis do Estado está proibida. O Estado ajuizou ação perante o Tribunal de Justiça, e, segundo o órgão, obteve resultado positivo.

De acordo com a SDS, o órgão vem mantendo constante negociação com as categorias que compõem seu quadro de servidores, e tem dado continuidade às ações de melhorias das condições de trabalho. Afirmou também que vem negociando os pleitos que envolvam repercussões de natureza salarial, observando a atual realidade fiscal do Estado, sob a coordenação da Secretaria de Administração.

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Diante destes fatos, o Desembargador José Fernandes de Lemos determinou a suspensão do movimento com o imediato retorno dos policiais civis às suas atividades, a partir da ciência da decisão por parte do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Pernambuco – SINPOL, sob pena de multa fixada em R$30.000 por dia.

O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) por sua vez, afirmou não ter recebido a informação oficial e que não pode julgar o mérito do requerimento nem recorrer à justiça. Até o momento, a paralisação continua, ratificou a representação da categoria. 

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