Tópicos | inabilidade administrativa

PSDB, DEM e PPS vão apresentar, nesta sexta-feira (2), um recurso conjunto no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a anulação da segunda votação do impeachment, em que foi mantida a possibilidade de a ex-presidente Dilma Rousseff ocupar cargos públicos. O PMDB também anunciou que será signatária da ação.

O PV já protocolou uma ação semelhante no STF nessa quinta-feira (1º). De acordo com o senador Álvaro Dias (PR), o objetivo é anular a decisão do presidente da Corte, Ricardo Lewandowski de separar a votação da cassação de Dilma da deliberação sobre a inabilitação para exercer funções públicas. "Ao responder uma questão de ordem minha, o presidente disse que quem deliberava era o Senado, mas essa interpretação não houve. Se ocorresse seria por maioria simples e não houve. Se houvesse, o destaque seria rejeitado e não haveria a segunda votação", explicou.

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Mais cedo, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), autor do pedido de fatiamento do julgamento do impeachment, disse que a decisão do PSDB de contestar a medida na Justiça é uma "faca de dois gumes".

Votações

Na quarta-feira (31), por 61 votos a 20, o Senado decidiu pelo afastamento definitivo de Dilma Rousseff da Presidência da República. A petista foi considerada culpada de ter cometido crime de responsabilidade, pela abertura de crédito suplementar atravém de três decretos sem a devida autorização do Congresso Nacional e por atrasar repasses ao Banco do Brasil referente ao pagamento do Plano Safra, medida conhecida como pedalada fiscal.

Apesar de aprovar o afastamento, em segunda votação, o plenário não a condenou a ficar inelegível por oito anos, período em que também não poderia ocupar cargos públicos. Isso porque não foram atingidos os votos suficientes para a segunda condenação – foram 42 votos favoráveis, 36 contrários e três abstenções. Para condená-la seriam necessários ao menos 54 votos favoráveis.

A bancada de oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) divulgou uma nota, nesta terça-feira (14), sugerindo que o governador Paulo Câmara (PSB) retomasse o diálogo com os professores estaduais, em greve desde a última segunda-feira (13). 

Para os parlamentares, a gestão tem “interditado” as negociações com a categoria, principalmente após o anúncio de medidas punitivas para os grevistas. “Governador, o uso da força, no lugar da negociação, é um erro e uma clara demonstração de inabilidade administrativa”, dispara o texto. “Os professores não estão sequer cobrando neste momento a promessa de campanha de dobrar o salário da categoria, o que já vem se revelando difícil de cumprir diante do atual reajuste zero. O que se pede é que o Estado implemente a lei do piso salarial”, acrescenta.

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De acordo com a portaria 28, divulgada no Diário Oficial do Estado desta terça, os profissionais que não comparecerem aos locais de trabalho por motivos de greve terão descontos das faltas na remuneração, assim como os servidores temporários poderão ter os contratos rescindidos. Além disso, a portaria também afirma que os professores lotados nas escolas de referência que aderirem à paralisação poderão ser realocados em outra unidade de ensino.

Veja na íntegra a nota da bancada de oposição:

A greve dos professores da Rede Estadual de Pernambuco entra hoje para o seu segundo dia com um saldo mais de 650 mil alunos fora da sala de aula e profissionais de educação sem perspectiva de negociação com o Governo do Estado.

A bancada de oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco considera fundamental que o governador Paulo Câmara retome o diálogo com os professores para buscar uma rápida solução para este problema, que afeta milhares de crianças e jovens pernambucanos. 

Interditar o diálogo, como tem feito o governo estadual, inclusive por meio de medidas extremas, como a de cortar o ponto dos docentes, não dará solução para a situação. Pelo contrário, tal medida emite sinais claros de desprestígio à luta dos professores, que historicamente enfrentam uma dura realidade, marcada pela falta de salários justos e por precárias condições de trabalho.

Governador, o uso da força, no lugar da negociação, é um erro e uma clara demonstração de inabilidade administrativa. 

Os professores não estão sequer cobrando neste momento a promessa de campanha de dobrar o salário da categoria, o que já vem se revelando difícil de cumprir diante do atual reajuste zero. O que se pede é que o Estado implemente a lei do piso salarial, o que era para ter sido feito desde janeiro, como tem ocorrido todos os anos. O aumento de 13,01% deve ser concedido a 46 mil docentes.

Consideramos legítima a reivindicação dos professores e nos colocamos à inteira disposição do governo do Estado para contribuir com o entendimento com a categoria. 

Reajuste zero e diálogo zero não resolverão o impasse.

Bancada de Oposição de Pernambuco

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