Tópicos | Instituto Humanize

Na manhã desta quarta (16), os delegados responsáveis pela Operação Desumano, falaram sobre as investigações em coletiva de imprensa, na Superintendência da Polícia Federal, localizada no centro do Recife. Realizada em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público de Pernambuco (MPPE), a operação investiga irregularidades em contratos firmados pelas Prefeituras do Recife e Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana, por meio das secretarias municipais de Saúde, com recursos provenientes do Ministério da Saúde para combate à Covid-19.

Logo no início desta quarta (16), a operação cumpriu um mandado de prisão temporária e 21 de busca e apreensão, nas prefeituras do recife e Olinda, bem como em suas secretarias de saúde e nas residências de seus secretários, e outros envolvidos. 

##RECOMENDA##

Segundo o delegado Orlando Neves Neto, coordenador da Desumano, as investigações iniciaram após o recebimento de um relatório vindo da Controladoria Geral da União que dava indícios de irregularidades na contratação do Instituto Humanize para a gestão de dois hospitais de campanha durante o período de pandemia, um no Recife e outro em Jaboatão dos Guararapes. “Um ponto que gerou a necessidade de aprofundar essas investigações é que o presidente do Instituto Humanize, Jairo Flores, é na verdade empregado de uma empresa de transporte e possui uma renda declarada em fontes abertas de aproximadamente R$ 2 mil”.

Ainda de acordo com o delegado, tais indícios levavam a crer que a contratação do Instituto e a subcontratação de cerca de 12 empresas ligadas a ele teriam sido feitas sem licitação. Estima-se que R$ 57 milhões teriam sido empregados nos contratos feitos entre as prefeituras e o Humanize, o quantitativo total ainda está sendo apurado. 

O coordenador da operação falou também, que estão sendo investigados os crimes de fraude de licitação, lavagem de capitais, crimes de corrupção e formação de organização criminosa. No cumprimento dos mandados, nesta quarta (16), foram apreendidas mídias, documentos e cinco veículos.

O empresário Paulo Magnus, responsável por algumas das empresas envolvidas teve a prisão temporária decretada e foi encaminhado para o  Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel). Ele é sócio de Jairo Flores, presidente do Instituto Humanize. "Estamos averiguando se as empresas subcontratadas existem e se prestaram de fato os serviços. Foi feita uma busca na casa dele (Jairo) para avaliar o grau de conhecimento que ele tinha sobre o que estava acontecendo." Segundo o delegado, Jairo pode ter sido usado como "laranja" de Paulo Magno.

O Governo de Pernambuco convocou, nesta segunda-feira (30), os hospitais credenciados como Organizações Sociais (OSs) para atuarem na administração de unidades de saúde que estão trabalhando exclusivamente no combate ao novo coronavírus.

A sobrecarga nos hospitais havia se tornado uma grande preocupação dos órgãos de saúde para o controle da doença e na última semana, em Pernambuco, foram garantidos cerca de 400 leitos de UTI e 600 de retaguarda, parte deles será distribuída em dois hospitais privados atualmente desativados.  

##RECOMENDA##

Confira a nota:

“O Governo de Pernambuco e a Prefeitura do Recife convocaram cinco entidades credenciadas como organizações sociais para administração das unidades hospitalares que atuarão, exclusivamente, no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus. Além do antigo Hospital Alfa e da Maternidade Brites Albuquerque, mais três unidades provisórias exclusivas estão sendo providenciadas. Foram convocadas o Imip para o antigo Hospital Alfa, o Hospital Tricentenário para a Maternidade Brites de Albuquerque, e o Hospital de Câncer, Fundação Martiniano Fernandes e Instituto Humanize para as três unidades provisórias”.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando