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O presidente da Caixa, Jorge Hereda, informou nesta terça-feira, 10, que terá nesta quarta-feira, 11, uma reunião com Miriam Belchior, que o sucederá na presidência do banco. Ele considera que o período de transição até o dia 23 de fevereiro será suficiente para garantir que a Caixa não sofra uma descontinuidade. "Isso dá tranquilidade e previsibilidade e garante uma transição tranquila", disse.

O presidente da Caixa mostrou-se tranquilo em relação à mudança. "Nós temos muito tempo", afirmou sobre a transição, em entrevista logo após participar de uma solenidade de inauguração da nova sede da Caixa Seguradora, em Brasília.

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Segundo Hereda, ele e Miriam, além de já terem trabalhado juntos no governo, são amigos há muito tempo. O presidente da Caixa garante que não está magoado com a sua substituição. "Tive hoje uma ótima conversa com a presidente. Agradeci a ela pelos anos de convivência e tenho gratidão pela oportunidade que me foi dada", afirmou.

Hereda disse que irá cumprir um período de quarentena, de seis meses, e que ainda não sabe o seu futuro profissional. "Tenho o período de quarentena para decidir", declarou. O executivo disse que antes de sair da presidência quer anunciar o resultado da Caixa em 2014. Segundo ele, a ideia é aprovar o balanço nesta quarta-feira, na reunião do Conselho de Administração, e anunciá-lo na quinta-feira, 12.

O líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI), afirmou nesta segunda-feira (27) que não vai trabalhar para impedir a aprovação do convite apresentado pelo PSDB para que o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, explique à Comissão Fiscalização e Controle da Casa sobre os problemas no pagamento do programa Bolsa Família. O petista disse que o próprio Hereda tem interesse em explicar a liberação dos benefícios.

"Acho que o próprio presidente da Caixa, Jorge Hereda, vai ter interesse em vir aqui", afirmou o líder do PT. O pedido de convite dos tucanos, que pode entrar na pauta da comissão nesta terça-feira, 28, pela manhã, tem por objetivo esclarecer o que consideram "declarações falsas" prestadas pela diretoria do banco acerca da liberação do benefício.

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Ao contrário da oposição, Wellington Dias insiste na tese levantada pela Polícia Federal de que a corrida no fim de semana retrasado para sacar o benefício nas agências do banco se deveu a uma mensagem disparada por uma empresa de telemarketing do Rio de Janeiro. A Caixa, contudo, já admitiu que liberou o pagamento aos beneficiários antes do prazo estipulado.

"O recurso para o pagamento está sempre disponível. Esse cronograma é feito muito mais para criar uma cultura de evitar superlotação em uma mesma data, somente por isso", afirmou. Questionado se já conversou com o presidente da Caixa sobre o pedido, o líder petista disse que ainda não.

Pouco antes, o líder do PSB no Senado, Rodrigo Rollemberg (DF), afirmou que a bancada do partido deve apoiar o pedido apresentado pelo PSDB de convidar Jorge Hereda à comissão da Casa. Apesar de não ter tido uma decisão de bancada, o socialista declarou que a tendência da bancada é apoiar o pedido. No caso do convite, mesmo se for aprovado, o convidado pode se recusar a comparecer.

"Acho que um convite é sempre uma possibilidade de poder ouvir e esclarecer qualquer dúvida. Faz parte do processo e o esclarecimento é necessário", disse Rollemberg. "Eu entendo que interessa ao próprio governo a presença do presidente da Caixa para esclarecer a fundo essa questão", completou.

Na primeira visita a João Pessoa, na Paraíba, desde que foi eleita, a presidente Dilma Rousseff participou, nesta segunda-feita (4), da cerimônia de entrega de 576 moradias do Residencial Jardim Veneza, empreendimento do Programa Minha Casa Minha Vida. Na ocasião, ela afirmou que, se for necessário, o governo ampliará o número de moradias contratadas.

“Um dos programas do meu governo que eu tenho em mais alta conta é o Minha Casa, Minha Vida. E fiquei muito feliz porque vi apartamentos com o acabamento muito bem feito. Nós não descansaremos até que o último brasileiro tenha acesso a uma moradia digna. Falta 1,1 milhão para ser entregue, estão as pessoas podem ficar tranquilas. E se não der conta? Aí contrataremos mais 1 milhão”, prometeu Dilma. Segundo ela, um milhão de moradias já foram entregues desde a criação do programa em 2009, somando R$ 156 bilhões em investimento.

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O condomínio entregue nesta segunda vai beneficiar 2,3 mil pessoas de famílias com renda até R$ 1,6 mil. O investimento foi de quase R$ 24 milhões do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR). São 36 prédios, com apartamentos de 43,2m², divididos em dois quartos, sala, banheiro, cozinha e área de serviço. Algumas unidades são adaptadas a pessoas com deficiência. De acordo com o Ministério das Cidades, o condomínio conta com quadra poliesportiva, salão de festas e 327 vagas de estacionamento, além de infraestrutura completa e disponibilidade de acesso a creches, escolas, postos de saúde e transporte público.

Durante o evento, a presidente também entregou 22 retroescavadeiras para prefeitos de municípios da Paraíba. As máquinas foram adquiridas através do PAC Equipamentos e serão usadas para a recuperação de estradas. Na ocasião estiveram presentes o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PT), e o presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Jorge Hereda, entre outras autoridades.

Minha Casa, Minha Vida

 O programa foi criado com o objetivo de subsidiar a aquisição da casa própria para famílias com renda de até R$ 1,6 mil e facilitar as condições de acesso ao imóvel para famílias com renda de até R$ 5 mil. Para participar, as famílias que se enquadram nas faixas de renda devem se cadastrar nas Prefeituras, que são responsáveis pela seleção dos beneficiários

Agenda

Ainda nesta segunda, Dilma segue para o município de Itatuba, para uma visita às obras da primeira etapa do Sistema Adutor das Vertentes Litorâneas da Paraíba, iniciadas em outubro de 2012. Quando concluído, o sistema adutor, com 112,5 km de extensão, beneficiará cerca de 300 mil pessoas com abastecimento de água para consumo humano e sistemas de irrigação. A obra conta com um investimento de R$ 860,8 milhões da União, com uma contrapartida estadual de R$ 95,64 milhões. Nesta etapa, foram gerados 399 empregos diretos. Na segunda etapa, o número chegará a 800.

A Caixa Econômica Federal é hoje o mais agressivo banco de grande porte do País. Além de expandir o crédito em ritmo superior ao dos principais concorrentes, a instituição anunciou na semana passada a criação de um banco de investimentos - que permitirá a entrada em segmentos onde a Caixa não atua hoje. Para fazer frente a tantos desafios simultâneos, o banco, também na semana passada, recebeu nova capitalização de seu único acionista, o governo federal: R$ 1,5 bilhão, que se somam aos R$ 500 milhões do fim do ano passado.

A estratégia da instituição, porém, tem sido duramente criticada por analistas, que apontam dois riscos principais: expansão rápida demais dos empréstimos que pode fazer explodir a inadimplência no futuro e a entrada em novos segmentos, que pode ser perigosa para um banco sem tradição em áreas fora do crédito imobiliário.

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O presidente da Caixa, Jorge Hereda, rebate os críticos, reafirma as escolhas para o banco, alfineta os concorrentes privados e reclama de preconceito. "A avaliação deve ser feita de uma maneira mais criteriosa, talvez com um pouco menos de preconceito. O banco público, sempre que faz alguma coisa, parece que o faz de maneira irresponsável", afirmou.

"Os críticos precisam conhecer um pouco mais da realidade. Emitir uma opinião sobre a estratégia de um banco sem conhecê-la profundamente não é muito recomendável. Em relação ao banco de investimentos, a Caixa já tem uma área de mercado de capitais e uma vice-presidência de terceiros que atua com coisas inerentes ao banco de investimento. O que a Caixa está fazendo hoje é juntar essas atividades em um banco. Portanto, não está entrando em um banco que não conheça", disse, em relação aos novos projetos da Caixa que envolveu a compra do Panamericano. "Qualquer pessoa que entenda de compra de empresas e participações que olhar o processo de compra do Panamericano vai ver que foi feito tudo o que todo mundo faz no mercado para comprar uma empresa".

Sobre o ritmo de crescimento de crédito da Caixa, muito superior à média do mercado, o presidente rebate as críticas de analistas. "A Caixa está crescendo com crédito bom. Não tivemos nenhuma alteração no nosso modelo de risco. Nossa avaliação de risco é reconhecida no mercado como uma das melhores. É segura. A Caixa aumentou a carteira com créditos bons que os outros bancos não quiseram fazer. Nossa carteira tem a menor inadimplência do mercado. Por quê? Porque temos foco em modalidades de crédito com inadimplência baixa, como imobiliário e consignado".

Segundo ele, a Caixa está crescendo em ritmo acelerado há cinco anos. "Já era tempo de termos quebrado. Em 2008, tínhamos 6% do mercado. Hoje temos 14%. Naquela época, a inadimplência era de 2,74%. Hoje é de 2%. O lucro saiu de R$ 2 bilhões para R$ 5,2 bilhões em 2011. Portanto, não temos nenhum motivo para achar que estamos correndo riscos que não sejam calculados. Não temos nenhum motivo para não fazer o que estamos fazendo. Aliás, não fazer o que estamos fazendo seria de uma incompetência muito grande".

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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