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Emerson Fittipaldi foi bicampeão mundial, em 1972 e 74, e deu início à trajetória de títulos do Brasil na Fórmula 1. Nelson Piquet e Ayrton Senna, com três títulos cada, completam a lista dos brasileiros que já chegaram ao topo da principal categoria do automobilismo. A realidade atual é bem diferente e o País não consegue nem emplacar um único piloto no grid atual.

Ao Estado, o primeiro brasileiro campeão da F-1 lamenta a perda de protagonismo do País no esporte. A atual temporada começa neste fim de semana com o GP da Austrália e o Brasil tem apenas dois pilotos de testes na categoria: Pietro Fittipaldi (seu neto), pela Haas, e Sérgio Sette Câmara, na McLaren.

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Será o segundo ano seguido sem brasileiros no grid. Para Emerson, falta ao Brasil maior investimento, principalmente nas categorias menores. "Temos uma turma boa chegando, mas acho que falta apoio para os mais jovens. Empresários deveriam ajudar mais o automobilismo, pois poderíamos ser como é no futebol, em que há bons jogadores do Brasil em todo o mundo. Precisava criar uma fórmula de baixo custo brasileira para o menino que sai do kart", comentou o ex-piloto.

Ele lembra que existem diversos autódromos pelo Brasil e que poderiam utilizá-los para as competições, por meio de uma parceira público-privada. "Hoje o menino sai do kart e precisa ter dinheiro para tentar a sorte lá fora e manter o sonho de ser um piloto de alto nível. Por isso, alguns vão para a Stock Car, mas é uma competição completamente diferente."

O bicampeão citou a Petrobrás como exemplo de empresa que poderia dar maior apoio ao automobilismo nacional. "A Petrobrás patrocinou a Williams por anos e não colocou um piloto brasileiro para correr na F-1. Patrocinou a McLaren ano passado e aconteceu a mesma coisa. Nada. Qualquer estatal do mundo que patrocina uma equipe de F-1 dá um jeito de colocar piloto do seu país lá", diz, sem mencionar Sette Câmara no time britânico.

FINANÇAS - Emerson tem dado algumas explicações nos últimos anos por causa de problemas financeiros. Recentemente, ele teve suas contas e de sua empresa bloqueadas pela Justiça, em razão de uma dívida com o Banco do Brasil, mas não foi encontrado dinheiro nelas.

No mês passado, durante um evento em Mônaco, ele disse ao Estado que estava se recuperando financeiramente e não havia motivos para preocupações. "Fizeram isso (bloqueio de contas) para dar uma notícia ruim e eu não estou nem aí. Isso já está acontecendo há algum tempo. Estou me recuperando e, se Deus quiser, tenho patrimônio para pagar todo mundo. Estamos lutando para nos recuperarmos", contou o ex-piloto.

O alemão Mick Schumacher, filho do heptacampeão mundial de F1 Michael Schumacher, foi anunciado neste sábado (19) como o novo membro da academia de jovens pilotos da Ferrari, a Ferrari Driver Academy.

Aos 19 anos, o herdeiro de Schumi se destacou em categorias inferiores do automobilismo, principalmente após ter conquistado, em outubro, seu primeiro título na carreira em monopostos, o Campeonato Europeu de Fórmula 3. No final de 2018, ele foi anunciado pela equipe italiana Prema Powerteam para disputar a próxima temporada da Fórmula 2.

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"Estou muito feliz que a Ferrari tenha entrado em uma parceria comigo e meu próximo futuro no automobilismo será em vermelho, fazendo parte da academia de pilotos da Ferrari e também da Família Ferrari. Este é mais um passo em frente na direção certa, e eu só posso me beneficiar da imensa quantidade de conhecimento que existe lá", disse Schumacher.

De acordo com a Ferrari, o alemão já participará a partir da próxima semana da preparação da pré-temporada com os outros pilotos da acadêmia da escuderia italiana.

"Para alguém como eu que o conhece desde o nascimento, não há dúvida de que receber Mick na Ferrari tem um significado emocional especial, mas o escolhemos por seu talento e qualidades humanas e profissionais que ele já exibia apesar da sua pouca idade", explicou Mattia Binotto, novo chefe da Ferrari.

Além de Schumacher, a academia de jovens da equipe italiana também conta com os pilotos Giuliano Alesi e Callum Ilot, que disputarão a Fórmula 2, Marcus Armstrong e Robert Shwartzman, da Fórmula 3, Enzo Fittipaldi, da Fórmula Regional, e por fim, o brasileiro Gianluca Petecof, da Fórmula 4.

Na Ferrari, Mick tentará repetir os feitos do pai na equipe italiana, onde conquistou cinco campeonatos mundiais de Fórmula 1 (2000, 2001, 2002, 2003 e 2004).

Da Ansa

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