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O prefeito Fernando Haddad (PT) sancionou nesta terça-feira (14) um projeto de lei que estabelece multa de R$ 1 mil para lava-rápidos de São Paulo que não utilizam sistemas de reúso de água. A nova lei tem 180 dias para entrar em vigor. Nesse período, o prefeito vai definir quem realizará a fiscalização da medida - hoje cerca de 7 mil estabelecimentos oferecem o serviço de lava-rápido na capital paulista.

A multa também poderá ser aplicada aos serviços de lava-rápido que funcionam dentro dos postos de combustíveis. Em caso de reincidência, o dono do estabelecimento infrator terá o alvará de licenciamento cassado.

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A multa para os lava-rápidos foi criada pela Câmara Municipal no início do ano. Em março, os vereadores também aprovaram o projeto que permite à Secretaria de Coordenação de Subprefeituras multar donos de residências flagrados desperdiçando água potável ou tratada da Sabesp. São três etapas de punição: advertência na primeira vez; multa de R$ 250 em caso de reincidência; e infração de R$ 500 no caso de o proprietário ser flagrado uma terceira vez.

Os vereadores reduziram o valor da multa previsto na proposta original, de R$ 1 mil. O próprio Haddad pediu a mudança ao considerar que a taxa seria uma medida muito impopular. Oficialmente, o governo municipal afirma que a multa da Sabesp para quem aumenta o consumo de água (medida válida para o comércio e residências)já cumpre o caráter educativo de combater o desperdício.

Donos de um lava-rápido localizado na Vila Mascote, zona sul de São Paulo, foram detidos ontem por furtar água em um sistema de "gato". A conta do imóvel estava cortada por falta de pagamento, mas as operações se mantiveram regulares. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) identificou o desvio de água no local e avisou à polícia, que prendeu em flagrante os empresários, que foram encaminhados ao 43º Distrito Policial (Cidade Ademar).

A companhia afirmou que vai cobrar os valores retroativos ao período de uso, mas não esclarece desde quando a conta estava em atraso. Os donos da empresa foram indiciados por furto, além de receber multa.

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Só no ano passado, a Sabesp informou que houve fraude em pelo menos 2,6 bilhões de litros, média de 42 casos por dia. O valor é suficiente para abastecer 260 mil pessoas durante todo o ano. Em 2014, a empresa cobrou R$ 17,4 milhões dos fraudadores pelas perdas, em um total de 15,6 mil fraudes identificadas - 13% a mais que em 2013. Os clientes mais comuns são de residências, galerias comerciais, salões de beleza, pensões, bares, lanchonetes e restaurantes. O crime pode ser denunciado por telefone 195 ou pelo Disque Denúncia, o 181.

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